Darwin e Deus https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br Um blog sobre teoria da evolução, ciência, religião e a terra de ninguém entre elas Mon, 15 Nov 2021 14:20:48 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Os grandes erros sobre as origens cristãs no best-seller O Código Da Vinci https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2021/05/17/os-grandes-erros-sobre-as-origens-cristas-no-best-seller-o-codigo-da-vinci/ https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2021/05/17/os-grandes-erros-sobre-as-origens-cristas-no-best-seller-o-codigo-da-vinci/#respond Mon, 17 May 2021 20:22:24 +0000 https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/Lisa-muito-Mona-320x213.jpg https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/?p=6618 Dan Brown, o romancista americano autor de “O Código Da Vinci” e outros sucessos, gosta de dizer que seus livros são escritos com base em minuciosa pesquisa histórica, mesmo sendo ficção.

Cascata pura, gentil leitor. No novo vídeo do canal do blog no YouTube, falo das principais viajadas do autor sobre o tema das origens cristãs. Resumindo, o romance é um festival de distorções e invencionices.

Meu guia para afirmar isso é o livro do historiador americano Bart D. Ehrman, especialista em antigos manuscritos cristãos, chamado “Verdade e Ficção em O Código Da Vinci”. Confira no vídeo abaixo:

Eis as cinco grandes bobagens derrubadas por Ehrman:

1)Não, o imperador Constantino não foi o responsável por definir que Jesus era divino — essa ideia estava circulando desde os princípios do cristianismo e já era dominante na época de Constantino;

2)Também não foi Constantino o responsável por estabelecer os livros que seriam aceitos pela Bíblia oficial. Essa lista demorou vários séculos para ser concluída;

3)Existiam, sim, judeus celibatários no tempo de Jesus, como os membros da comunidade monástica de Qumran, no mar Morto;

4)Falando em mar Morto, os manuscritos encontrados lá são 100% judaicos e não informam quase nada sobre a origem do cristianismo;

5)O chamado documento Q não está escondido no Vaticano, simplesmente porque nunca foi encontrado até hoje, embora se imagine que ele tenha servido de fonte para os Evangelhos de Mateus e Lucas.

Para mais detalhes, é só pegar a pipoca e assistir ao vídeo! E não se esqueça de fazer sua inscrição e ativar as notificações!

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Um guia para entender os misteriosos desenhos geométricos da Amazônia https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2021/05/15/um-guia-para-entender-os-misteriosos-desenhos-geometricos-da-amazonia/ https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2021/05/15/um-guia-para-entender-os-misteriosos-desenhos-geometricos-da-amazonia/#respond Sat, 15 May 2021 14:30:18 +0000 https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/livro-geoglifos-Alceu-320x213.jpg https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/?p=6614 E chegou por aqui um pequeno grande livro, como vocês podem ver na foto acima. O paleontólogo Alceu Ranzi, da Universidade Federal do Acre, é um dos principais responsáveis por trazer à tona o tesouro dos geoglifos: misteriosos desenhos geométricos de grande porte no solo amazônico, a maioria dos quais no território do Acre.

Tudo indica que os geoglifos delimitam antigas áreas rituais das populações pré-colombianas da Amazônia, sendo mais um indício da complexidade social da região antes de Cabral. O livro traz belas imagens (em preto e branco, o que paradoxalmente realça, na minha opinião, a força dos desenhos) e um breve histórico das descobertas.

É muito importante chamar a atenção para essa riqueza, também conectada a uma densa rede de estradas pré-cabralinas, porque volta e meia os sítios são ameaçados pelo avanço da agropecuária na região.

Aqui na Folha, já tive o prazer de escrever sobre os geoglifos diversas vezes. Eis algumas reportagens recentes sobre o tema de minha autoria:

Acre tinha rede densa de estradas entre aldeias antes da vinda de europeus

Geoglifos da Amazônia pré-histórica foram aterrados para plantio de milho e para pasto

Mistério de desenhos geométricos da Amazônia é decifrado

Parabéns ao professor Alceu pelo belo trabalho de décadas!

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A mitologia no mais espetacular mosaico já descoberto no Império Romano https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2021/05/13/a-mitologia-no-mais-espetacular-mosaico-ja-descoberto-no-imperio-romano/ https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2021/05/13/a-mitologia-no-mais-espetacular-mosaico-ja-descoberto-no-imperio-romano/#respond Thu, 13 May 2021 20:24:51 +0000 https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/Páris-320x213.jpg https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/?p=6610 Um tuíte de um arqueólogo que sigo acabou de me revelar a maravilha acima, que compartilho com vocês: um mosaico do século 4 d.C. achado em 2005 em Villa de Noheda, perto de Cuenca, região central da Espanha, que media um total de 300 metros quadrados (ou o dobro da minha casa).

Seu dono certamente era um bilionário do Império Romano tardio, que resolveu decorar o assoalho de sua sala de banquetes com cenas clássicas da mitologia grega. Acima temos a narrativa de Pélops, o herói que emprestou seu nome ao Peloponeso (sul da Grécia) e enfrentou o próprio futuro sogro numa corrida mortal de bigas.

Há também as tradicionais imagens da Guerra de Troia e ainda uma procissão do deus Dioniso/Baco, com direito à presença de centauros, sátiros e outros monstros fantásticos.

Depois de restaurado, o lugar está aberto à visitação desde 2019. Confiram mais imagens — vale a pena! — neste link

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A mitologia do roubo do fogo e a teoria da evolução numa só obra https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2021/05/04/a-mitologia-do-roubo-do-fogo-e-a-teoria-da-evolucao-numa-so-obra/ https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2021/05/04/a-mitologia-do-roubo-do-fogo-e-a-teoria-da-evolucao-numa-so-obra/#respond Tue, 04 May 2021 13:48:39 +0000 https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/alberto-mussa-320x213.jpg https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/?p=6601 Chegou por aqui um livro que tem tudo para ser uma das leituras mais instigantes que farei neste ano. O escritor Alberto Mussa gentilmente me enviou o exemplar acima de “A Origem da Espécie: O roubo do fogo e a noção de humanidade”.

Na maior parte do tempo, Mussa escreve ficção, mas eu já conhecia sua aguçada capacidade de transformar o conhecimento antropológico e etnográfico em algo gostoso de ler quando topei com “Meu Destino É Ser Onça”, sua recriação e análise da mitologia tupinambá.

No novo livro, o autor é ainda mais ambicioso: usa dados sobre a trajetória evolutiva humana e a mitologia comparativa das mais variadas regiões do planeta para analisar as histórias do roubo do fogo primordial. Aliás, ele recolheu centenas de histórias diferentes relativas a esse mitologema (como dizem os especialistas) numa das seções do livro.

Assim que terminar a leitura, conto mais aqui.

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Reis neandertais na Idade Média em livro de fantasia alternativa https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2021/01/11/reis-neandertais-na-idade-media-em-livro-de-fantasia-alternativa/ https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2021/01/11/reis-neandertais-na-idade-media-em-livro-de-fantasia-alternativa/#respond Mon, 11 Jan 2021 17:36:56 +0000 https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/files/2021/01/neanderthal-king-320x213.jpg https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/?p=6518 Por essa eu não esperava: guerreiros neandertais na Idade Média (?!).

Ao menos é o que diz o resumo do livro do escritor americano Matt Ward, batizado de “Neanderthal King” (“Rei Neandertal”):

“O ano é 1107, e o império neandertal, antes poderoso, agora não existe mais, destruído pelo sombrio rei sapien, Isaac, o mesmo bastardo que massacrou os jovens herdeiros da rainha thal. Um revés brutal do poder medieval, forjado em sangue e alimentado pela ingenuidade sap.

Mas um bebê escapou da ira do rei louco.

Criado como filho de um simples pastor thal, Maralek é um rapaz durão com o temperamento e orgulho ferozes de seu povo arruinado, um desprezo por regras e governantes, e menos do que um pouco de criatividade em seu crânio espesso. Numa palavra, o típico neandertal.”

Achei especialmente divertido o jeito como o autor usa versões curtas dos nomes de espécies — “sap” para “sapiens” (ou “sapien”, sem s — dica, o “s” aí não é plural), “thal” para neandertal e assim vai.

Não tem como esse negócio ser bom, certo? Mas parabéns ao autor pela coragem, pelo menos.

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Exposição virtual traz belos artefatos indígenas do século 18 https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2020/10/23/exposicao-virtual-traz-belos-artefatos-indigenas-do-seculo-18/ https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2020/10/23/exposicao-virtual-traz-belos-artefatos-indigenas-do-seculo-18/#respond Fri, 23 Oct 2020 20:12:18 +0000 https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/files/2020/10/indigenas-320x213.jpg https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/?p=6451 Vale aqui o clichê: visitar a exposição virtual da Viagem Filosófica de Alexandre Rodrigues Ferreira ao Brasil, organizada pela Academia das Ciências de Lisboa, é uma viagem no tempo. Em setembro de 1783, Rodrigues Ferreira, naturalista da rainha Dona Maria I, viajou para a Amazônia para uma expedição científica em que recolheu artefatos belíssimos fabricados por diferentes povos indígenas. O site português traz diversos exemplos do que ele encontrou por lá, com imagens em alta definição e boas explicações sobre os objetos e as matérias-primas deles. Recomendadíssimo.

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O escudo do Império Romano recriado com tecnologia do século 21 https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2020/10/20/o-escudo-do-imperio-romano-recriado-com-tecnologia-do-seculo-21/ https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2020/10/20/o-escudo-do-imperio-romano-recriado-com-tecnologia-do-seculo-21/#respond Tue, 20 Oct 2020 12:55:59 +0000 https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/files/2020/10/dura-europos-shield-320x213.jpg https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/?p=6428 Acho que todos podemos concordar que está faltando beleza no mundo neste momento, então aqui vai uma minúscula contribuição: a espetacular reconstrução de um escudo romano, fabricado originalmente por volta de 250 d.C., feito por pesquisadores da Universidade Yale (EUA). Não é uma lindeza?

O escudo vem de Dura-Europos, cidade que ficava à beira do rio Eufrates, onde hoje é o leste da Síria, e que vivia sendo disputada entre os romanos e seus vizinhos do leste, os partos e os persas (grupos de língua iraniana). O Império Persa acabou destruindo a cidade em 257 d.C., que ficou abandonada desde então. Dura-Europos virou uma espécie de cápsula do tempo, devidamente explorada por arqueólogos do presente, os quais descobriram ali, entre outras coisas fascinantes, o escudo reconstruído acima.

Usando análises de infravermelho e ultravioleta, os pesquisadores de Yale conseguiram enxergar com precisão as sutis camadas de tinta ainda presentes na madeira do artefato, o que permitiu a criação da réplica. Os personagens retratados no escudo são heróis gregos e as célebres Amazonas, as quais teriam enfrentado os guerreiros helênicos durante a mítica Guerra de Troia.

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Caverna no México pode ter ocupação humana mais antiga das Américas https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2020/07/22/caverna-no-mexico-pode-ter-ocupacao-humana-mais-antiga-das-americas/ https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2020/07/22/caverna-no-mexico-pode-ter-ocupacao-humana-mais-antiga-das-americas/#respond Wed, 22 Jul 2020 15:27:50 +0000 https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/files/2020/07/caverna-mexicana-320x213.jpg https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/?p=6331 Artefatos de pedra descobertos numa caverna do México sugerem que os seres humanos começaram a colonizar o continente americano há cerca de 30 mil anos, e não há apenas 15 milênios, como a maioria dos arqueólogos acredita hoje. Se os dados estiverem corretos, será preciso repensar quase todo o consenso construído ao longo das últimas décadas sobre a chegada do Homo sapiens às Américas.

Os instrumentos antigos foram encontrados na caverna de Chiquihuite (estado de Zacatecas, centro-norte do México). Trata-se de uma região montanhosa, quase 3.000 metros acima do nível do mar. As escavações e a análise dos artefatos, conduzidas por uma equipe internacional de cientistas, foram coordenadas por Ciprian Ardelean, da Universidade Autônoma de Zacatecas, e publicadas na revista científica Nature.

Também assinam o trabalho três pesquisadores da USP: Jennifer Watling, do Museu de Arqueologia e Etnologia da universidade brasileira, e Vanda de Medeiros e Paulo de Oliveira, do Instituto de Geociências. O trio foi responsável pela análise de vestígios vegetais presentes na caverna: fitólitos (grãozinhos de sílica produzidos pelas plantas) e pólen. Investigar esses restos ajudou a equipe a reconstruir o ambiente que circundava o abrigo rochoso há dezenas de milhares de anos.

A caverna tem sido estudada desde 2012, e dados preliminares obtidos naquela época já sugeriam que a presença humana ali poderia ser muito antiga. Depois disso, Ardelean e seus colegas exploraram sistematicamente uma área de 62 m2 (equivalente a um apartamento de dois quartos), com camadas de ocupação humana que alcançavam até 3 metros de profundidade. O trabalho permitiu que eles recuperassem quase 2.000 artefatos de pedra, que vão de pequenas lascas, resultantes do trabalho de quebra de seixos maiores, até instrumentos finalizados, como pontas de lança e lâminas.

Os pesquisadores usaram amostras de carvão, de ossos (de animais) e de sedimentos para datar as diferentes camadas do sítio arqueológico pelo método do carbono-14, o mais usado para estimar a idade de objetos que contêm matéria orgânica. As datações de carbono-14, em geral, confirmam o que indica a sucessão de camadas, ou seja, as mais profundas de fato são as mais antigas.

E as camadas mais antigas, de fato, superam em muito o que se esperava encontrar na região. Os cientistas calculam que a primeira fase de ocupação da caverna teria começado entre 33 mil e 31 mil anos atrás. Depois disso, as datações se estendem por cerca de 20 milênios, chegando a 13 mil anos antes do presente.

Se as datas mais recuadas estiverem corretas, o grande problema vai ser explicar como a ocupação do México em época tão remota se encaixa no cenário mais amplo da chegada do ser humano às Américas.

O que se sabe com base na maioria dos sítios arqueológicos, e também a partir da análise do DNA dos povos indígenas atuais e de antigos esqueletos, indica que os primeiros habitantes do continente vieram da Sibéria, possivelmente atravessando uma ponte de terra que existia entre a Ásia e o Alasca graças ao frio da Era do Gelo, que havia levado ao rebaixamento do nível do mar (pois boa parte da água do planeta estava “represada” em geleiras). Para se espalhar rumo ao sul, esses grupos siberianos talvez tivessem se aproveitado de uma abertura nas geleiras que então recobriam boa parte da América do Norte. Outra possibilidade é que esse avanço tivesse acontecido pela costa do Pacífico, o que permitiria uma migração relativamente rápida de norte a sul do continente.

Tudo isso deveria ter acontecido a partir de 16 mil anos atrás, segundo os modelos mais aceitos hoje. Mas há um punhado de sítios arqueológicos espalhados pelo continente com datas bem mais antigas. Alguns dos mais importantes estão no Brasil, na serra da Capivara (PI), com datas que também chegam a 30 mil anos, e em Santa Elina (MT), com cerca de 20 mil anos. Ambos os sítios ainda estão longe de ter suas datações amplamente aceitas pela comunidade científica internacional, em parte porque há questionamentos sobre os supostos artefatos de pedra achados neles, os quais, para alguns arqueólogos, poderiam ter sido alterados por causas naturais. Haveria razão para achar que a situação será dififerente no caso do sítio mexicano?

“Vai ser muito difícil que a maioria dos arqueólogos especializados na América antiga aceite essas datas”, alerta Ruth Grun, do Departamento de Antropologia da Universidade de Alberta, no Canadá, que comentou as novas pesquisas a pedido da “Nature”. Já André Menezes Strauss, pesquisador do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP que não participou do novo estudo, é mais otimista.

“A impressão que eu tenho é que ninguém vai discutir esses novos artefatos. Não só eles têm uma definição muito mais clara como eles são muito mais padronizados. E, como eles dizem, é uma indústria lítica [um estilo de produção de instrumentos] que a gente nunca viu na América antes. Então parece fazer sentido: uma coisa que é anterior com uma definição que a gente não conhecia antes. Claro que não vai convencer todo mundo, mas muda o cenário”, diz Strauss. “Agora, a grande questão que fica é: quem eram esses caras?”

A pergunta é especialmente intrigante porque, apesar de um esforço concentrado para tentar obter DNA humano na caverna, o grupo só conseguiu identificar material genético de diversos animais (como cavalos selvagens). Também não há ossos humanos no abrigo.

“Não podemos dizer se essas populações muito antigas sobreviveram por tempo suficiente para serem absorvidas pelos grupos que chegaram mais tarde. Se isso aconteceu, é provável que a contribuição delas tenha sido tão pequena que se tornou impossível de rastrear geneticamente”, diz Jennifer Watling, da USP.

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O Brasil antes dos portugueses: entrevista à rádio CBN https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2020/04/24/o-brasil-antes-dos-portugueses-entrevista-a-radio-cbn/ https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2020/04/24/o-brasil-antes-dos-portugueses-entrevista-a-radio-cbn/#respond Fri, 24 Apr 2020 19:57:55 +0000 https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/files/2017/10/guia-paia-180x108.jpg https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/?p=6207 Dei uma breve entrevista à rádio CBN no último dia 22 de abril, a data oficial da chegada dos europeus ao Brasil, sobre como era o nosso território antes dos portugueses. Foi a deixa, é claro, para abordar meu livro sobre a riquíssima pré-história brasileira, o pequeno mas amado “1499: O Brasil Antes de Cabral”. O leitor do blog pode ouvir a entrevista clicando aqui ou, se preferir, ler uma transcrição do papo neste link. Agradeço à CBN pelo convite.

Quem quiser saber mais sobre o livro e sobre arqueologia brasileira pode acessar uma playlist simpática no meu canal do YouTube, a começar pelo vídeo abaixo.

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Meu livro 1499: O Brasil Antes de Cabral indicado ao Prêmio Asimov! https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2020/04/21/meu-livro-1499-o-brasil-antes-de-cabral-indicado-ao-premio-asimov/ https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2020/04/21/meu-livro-1499-o-brasil-antes-de-cabral-indicado-ao-premio-asimov/#respond Tue, 21 Apr 2020 21:58:35 +0000 https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/files/2017/07/1499-capa-125x180.jpg https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/?p=6136 Com a enxurrada de notícias ruins dos últimos dois meses, não tive tempo de compartilhar com os insignes leitores do blog uma pequena notícia boa: meu livrinho “1499: O Brasil Antes de Cabral” é um dos cinco finalistas da edição brasileira do Prêmio Asimov.

A premiação destaca livros de divulgação científica que podem ser recomendados para alunos do ensino médio e já é tradicional na Itália. Por aqui, está sendo organizado pela Unicamp, com participação de estudantes do estado de São Paulo, que podem votar no seu livro predileto.

Os demais finalistas são:

– “O Andar do Bêbado: Como o acaso determina nossas vidas”, de Leonard Mlodinow (Editora Zahar);

– “As Cientistas: 50 mulheres que mudaram o mundo”, de Rachel Ignotofsky (Editora Blucher);

– “A Vantagem Humana: como nosso cérebro se tornou superpoderoso”, de Suzana Herculano-Houzel, minha colega colunista nesta Folha (Companhia das Letras);

– “Física em 12 lições fáceis e não tão fáceis”, de Richard P. Feynman (Editora Nova Fronteira).

O cronograma prevê a entrega do prêmio em setembro. Agradeço qualquer torcida.

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