Darwin e Deus https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br Um blog sobre teoria da evolução, ciência, religião e a terra de ninguém entre elas Mon, 15 Nov 2021 14:20:48 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Edições da Bíblia que ajudam a entender a história judaico-cristã https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2021/11/15/edicoes-da-biblia-que-ajudam-a-entender-a-historia-judaico-crista/ https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2021/11/15/edicoes-da-biblia-que-ajudam-a-entender-a-historia-judaico-crista/#respond Mon, 15 Nov 2021 14:20:48 +0000 https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/bíblia-armênia-320x213.jpg https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/?p=6679 Estamos de volta com um novo vídeo simples, porém eminentemente útil e prático: se você não está interessado no uso apenas devocional da Bíblia, mas quer usá-la para explorar os temas do blog, em especial a história do cristianismo e do judaísmo e os aspectos literários das Sagradas Escrituras, quais são as melhores edições por aí? Confira abaixo.

Listando rapidamente os exemplares comentados no vídeo:

1. Bíblia de Jerusalém, editora Paulus;

2. Bíblia Leitura Perfeita, Thomas Nelson Brasil;

3. Jewish Study Bible, Jewish Publication Society;

4. Jewish Annotated New Testament, Oxford University Press;

5. Os Evangelhos, trad. Marcelo Musa Cavallari, Ateliê Editorial;

6. Bíblia grega (três volumes por enquanto), trad. Frederico Lourenço, Companhia das Letras.

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Como surgiu o monoteísmo israelita? Eu explico em palestra https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2018/04/14/como-surgiu-o-monoteismo-israelita-eu-explico-em-palestra/ https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2018/04/14/como-surgiu-o-monoteismo-israelita-eu-explico-em-palestra/#respond Sat, 14 Apr 2018 12:31:38 +0000 https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/files/2018/04/estela-de-320x213.png http://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/?p=4995 Como os antigos israelitas se tornaram monoteístas, adorando a um único Deus? De maneira lenta, segura e gradual, resumindo. É o que explico na palestra deste vídeo no nosso canal do YouTube, que ministrei há algumas semanas na Igreja Presbiteriana do Butantã, em São Paulo, durante o evento Sexta Filosófica, a convite do meu amigo e leitor Wolfgang Fisher. Foi o Wolfgang, aliás, que gravou a bagaça (obrigado, mestre!).

Voce pode ler mais sobre a estela de Merneptah, a “certidão de nascimento” do povo de Israel, no meu antigo blog sobre arqueologia.

Muito mais sobre o tema no meu livro “Deus: Como Ele Nasceu”. 

E voltaremos com mais calma aos detalhes sobre a questão, que são muitos, em futuros posts.

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Resenha histórica do novo filme “Maria Madalena”, sem spoilers https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2018/04/09/resenha-historica-do-novo-filme-maria-madalena-sem-spoilers/ https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2018/04/09/resenha-historica-do-novo-filme-maria-madalena-sem-spoilers/#respond Mon, 09 Apr 2018 19:00:05 +0000 https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/files/2018/04/marymagdalene-poster-a-320x213.jpg http://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/?p=4986 E aí, vale a pena assistir ao novo filme “Maria Madalena”? Nesta pequena resenha praticamente sem spoilers, aponto alguns detalhes históricos ou ligados aos textos cristãos primitivos que foram bem abordados pela narrativa cinematográfica. Bônus: explico resumidamente por que não é absurdo presumir que Jesus foi mesmo celibatário. Confira o vídeo.

Eis os principais pontos abordados:

1)De fato, a participação de mulheres no movimento religioso de Jesus de Nazaré foi algo que destoou de quase todo o judaísmo do século 1 e era chocante, como foi retratado no filme;

2)A tensão e rivalidade incipiente entre Pedro e Maria Madalena reflete o que os textos apócrifos dizem sobre eles (embora esses textos não retratem fatos históricos, eles falam de tensões que existiam dentro de grupos da Igreja primitiva do século 2 em diante);

3)Não há relacionamento sexual entre Jesus e Maria Madalena, o que foi um grande acerto da produção;

4)Por ser um adepto do judaísmo apocalíptico, para o qual o fim dos tempos estava prestes a ocorrer, Jesus provavelmente não se importava com casamento e filhos mesmo.

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O veredicto final dos historiadores sobre a figura de Jesus https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2017/12/25/o-veredicto-final-dos-historiadores-sobre-a-figura-de-jesus/ https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2017/12/25/o-veredicto-final-dos-historiadores-sobre-a-figura-de-jesus/#respond Mon, 25 Dec 2017 21:15:21 +0000 https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/files/2017/12/860px-Andrea_del_Verrocchio_Leonardo_da_Vinci_-_Baptism_of_Christ_-_Uffizi-151x180.jpg http://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/?p=4714 Depois de meses de atraso e vídeos aparentemente intermináveis, estamos concluindo a nossa série sobre a existência histórica de Jesus. O veredicto: um punhado de detalhes-chave dos Evangelhos e de outras fontes — origem judaica em Nazaré da Galileia, batismo no rio Jordão e crucificação — só fazem sentido se forem históricos. Desculpaí, mas Jesus existiu.

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Prós e contras sobre a existência histórica do Êxodo https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2017/12/24/pros-e-contras-sobre-a-existencia-historica-do-exodo/ https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2017/12/24/pros-e-contras-sobre-a-existencia-historica-do-exodo/#respond Sun, 24 Dec 2017 04:33:32 +0000 https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/files/2017/12/Rembrandt_Harmensz._van_Rijn_079-e1514088649284-180x177.jpg http://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/?p=4710 Está saindo na edição de hoje desta Folha uma reportagem deste escriba sobre o livro “The Exodus”, mais recente obra do americano Richard Elliott Friedman, um dos maiores estudiosos das origens do Antigo Testamento na ativa hoje. Contrariando o que diz a maioria dos arqueólogos e dos historiadores, Friedman defende que há um considerável núcleo histórico por trás da narrativa bíblica do Êxodo, a jornada épica dos israelitas, liderados pelo profeta Moisés, da escravidão no Egito para a liberdade na Terra Prometida. O vídeo abaixo resume os prós e contras desse debate — com mais “contras” porque essa ainda é a opinião mais consensual entre os pesquisadores. Confira e não se esqueça de curtir o vídeo e de se inscrever no nosso canal no YouTube!

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Jesus existiu? As pistas das fontes cristãs https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2017/12/22/jesus-existiu-as-pistas-das-fontes-cristas/ https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2017/12/22/jesus-existiu-as-pistas-das-fontes-cristas/#respond Fri, 22 Dec 2017 15:14:22 +0000 https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/files/2017/12/montanha-1-160x180.jpg http://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/?p=4702 Um pouquinho atrasados, começamos os especiais natalinos do blog e do nosso canal no YouTube retomando uma discussão que deu pano pra manga meses atrás e agora será concluída: o que leva a esmagadora maioria dos historiadores a acreditar que Jesus de Nazaré realmente existiu? Hoje, vamos examinar as fontes cristãs do século 1º d.C., que estão contidas no Novo Testamento. Confira o vídeo abaixo. Ao longo do post, também disponibilizamos os vídeos anteriores da série.

Prêambulo sobre a questão da historicidade de Jesus

Um resumo extremamente veloz da discussão é o seguinte: sim, existem múltiplas fontes históricas independentes (no sentido de que uma não copiou a outra, não no sentido de “independência jornalística”, isenção ou objetividade, claro) atestando a existência histórica de Cristo no Novo Testamento.

Textos pagãos sobre Jesus foram forjados?

Essas fontes, é claro, foram escritas com objetivos teológicos e religiosos: seus autores queriam convencer seus leitores e ouvintes que Jesus de Nazaré era o Messias, o Filho de Deus. Mas isso não significa que elas não contenham informações históricas importantes, assim como outros textos da Antiguidade, apesar de incluírem crenças religiosas e no sobrenatural, também são fontes importantes sobre sua época (como as narrativas de Heródoto de Halicarnasso, historiador do século 5º a.C. que é a principal fonte sobre as grandes guerras entre gregos e persas).

Paulo criou o mito de Jesus?

A tensão entre unidade e diversidade fortalece a ideia de que os textos do Novo Testamento trazem informações sobre um personagem de carne e osso chamado Jesus. Ao mesmo tempo, há pontos importantíssimos em comum entre eles, como aspectos da pregação e da condenação à morte de Cristo, e aspectos muito diferentes, tanto literários quanto de conteúdo e teológicos, que dificilmente poderiam derivar de um único autor.

Faz muito mais sentido imaginar que eles são respostas diferentes, no tempo e no espaço, ao mesmo fenômeno: a criação de um movimento religioso judaico por Jesus e seus discípulos por volta do ano 30 d.C. e o avanço desse movimento pelas cidades do Império Romano ao longo das décadas seguintes.

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Jerusalém destruída https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2017/08/18/jerusalem-destruida/ https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2017/08/18/jerusalem-destruida/#respond Fri, 18 Aug 2017 19:35:16 +0000 https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/files/2017/08/DavidTower-e1503084272788-180x109.jpg http://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/?p=4466 O pessoal da IAA (Autoridade Israelense de Antiguidades, na sigla inglesa), que certamente é uma das equipes arqueológicas mais ocupadas do mundo ao lado de seus colegas egípcios, fez mais um anúncio relevante nos últimos dias: a descoberta de camadas de entulho queimado que parecem estar associadas à destruição de Jerusalém pelos babilônios do rei Nabucodonosor em 587 a.C.

Dá para ler mais detalhes do anúncio da descoberta no site oficial da IAA. Nos trabalhos de escavação na chamada Cidade de David, área que hoje fica próxima à muralha medieval de Jerusalém, eles identificaram uma típica camada de destruição, repleta de carvões de incêndio (daí a cor escura dos sedimentos), fragmentos de cerâmica e até restos de alimentos, como sementes de uva, escamas de peixe e ossos. Também foi encontrada uma pequena estatueta de marfim, retratando uma mulher nua com uma peruca em estilo egípcio.

As características da camada e os cacos cerâmicos associados a ela batem com o que se conhece a respeito do fim do século 6 a.C., justamente o período do ataque babilônico. No vídeo abaixo (infelizmente, em inglês), o arqueólogo Joe Uziel explica mais detalhes do trabalho — acredita-se que as construções escavadas ficassem fora das muralhas de Jerusalém propriamente dita, e ainda não se sabe para que elas serviam.

O achado é importante porque as crônicas babilônicas registram apenas o primeiro cerco de Jerusalém, que aconteceu dez anos antes da destruição definitiva da cidade (em 597 a.C., portanto). Por outro lado, há vários outros indícios arqueológicos do ataque babilônico espalhados pela Terra Santa.

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A cidade dos 3 apóstolos? https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2017/08/08/a-cidade-dos-3-apostolos/ https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2017/08/08/a-cidade-dos-3-apostolos/#respond Tue, 08 Aug 2017 14:29:49 +0000 https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/files/2017/08/betsdaida-180x88.jpg http://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/?p=4419 Betsaida, a antiga cidade judaica na qual teriam nascido três dos 12 apóstolos (Pedro, André e Filipe), perto de onde Jesus teria realizado o célebre milagre da multiplicação dos pães e dos peixes, foi identificada nas margens do mar da Galileia, segundo um grupo de arqueólogos israelenses liderados por Mordechai Aviam, da Faculdade Kinneret.

As informações são do jornal israelense “Haaretz”. Segundo Aviam, a peça do quebra-cabeças que faltava para identificar Betsaida acaba de ser desenterrada por sua equipe: restos de uma casa de banhos do período inicial do domínio do Império Romano na região (do século 1º ao século 3º d.C.), bem como cacos de cerâmica dessa época e algumas moedas, entre elas um denário de prata datado do reinado do imperador Nero (em torno do ano 65 d.C.). Ironicamente, a tradição cristã diz que Nero foi o responsável por ordenar a execução do próprio Pedro em Roma.

A informação de que Betsaida era a cidade natal dos irmãos Pedro e André e também do apóstolo Filipe vem do Evangelho de João; por outro lado, a associação entre o local e o milagre da multiplicação dos pães aparece de forma mais clara no Evangelho de Lucas.

Acredita-se que a cidade, originalmente um vilarejo de pescadores, teria ganhado obras públicas, como a casa de banhos, durante o governo de Filipe, filho do temido rei Herodes, o Grande. Para homenagear a esposa do imperador romano Augusto, Filipe teria rebatizado a cidade, dando-lhe o nome oficial de “Julias”.

A identificação do local com a Betsaida dos apóstolos só não é 100% segura porque há algumas divergências entre as informações do Novo Testamento e as trazidas pelo historiador judeu Flávio Josefo. É que os evangelistas da Bíblia localizam Betsaida na região da Galileia, terra onde Jesus cresceu, do lado oeste do mar, enquanto Josefo considera que a cidade pertencia à Gaulanítide, do lado leste do mar da Galileia. É concebível que existissem duas localidades com o nome de Betsaida naquela época.
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Paulo inventou o mito de Jesus? https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2017/04/16/paulo-inventou-o-mito-de-jesus/ https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2017/04/16/paulo-inventou-o-mito-de-jesus/#respond Sun, 16 Apr 2017 05:09:54 +0000 https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/files/2017/04/Bartolomeo_Montagna_-_Saint_Paul_-_Google_Art_Projectmio-e1492316943652-180x63.jpg http://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/?p=4201 Será que os textos mais antigos do Novo Testamento, como as cartas do apóstolo Paulo e o Evangelho de Marcos, indicam que Jesus não foi um ser humano real, mas simplesmente um mito criado pelos primeiros cristãos como base para uma nova seita mística? Essa, em resumo, é a tese do livro “Nailed” (um trocadilho com as palavras em inglês para “pregado” e “resolvido”), escrito pelo historiador e ativista ateu americano David Fitzgerald. Confira o vídeo sobre a obra.

A obra de Fitzgerald é a primeira da corrente miticista (ou seja, dos historiadores que defendem que Jesus não foi uma pessoa real, mas apenas uma figura mítica) a chegar ao Brasil. Uma reportagem minha na edição deste domingo de Páscoa da Folha aborda o livro. No vídeo, explico os principais argumentos de Fitzgerald e conto por que, embora o autor tenha tentado fazer um trabalho sério, a tese dele não se sustenta nem de longe, na minha opinião — e na opinião da imensa maioria dos historiadores do cristianismo primitivo.

Você pode saber mais sobre os temas discutidos no vídeo lendo o meu livro “Deus: Como Ele Nasceu”, cuja versão ebook custa apenas R$ 9,90 e está entre os mais vendidos da Amazon.

Para os que se interessaram pela versão brasileira do livro “Nailed”, de David Fitzgerald, basta clicar aqui para conferir o ebook.

Para quem não viu, esta é a parte 1 dos nossos vídeos especiais de Semana Santa:

E esta é a parte 2:

Este post mais antigo traz um resumão dos argumentos pró e contra a historicidade de Jesus Cristo numa série de textos do blog.

Em síntese, os principais argumentos de Fitzgerald para defender a tese do Cristo mítico são:

1)A falta de documentação sobre Jesus nos historiadores antigos não cristãos;

2)Contradições nos relatos cristãos dentro e fora do Novo Testamento;

3)O “silêncio de Paulo”, termo usado para designar o fato de que o apóstolo, autor dos mais antigos textos cristãos, não fala quase nada da vida e dos ensinamentos de Jesus, enfatizando apenas a crucificação e a ressurreição;

4)Elementos do Evangelho de Marcos, o mais antigo, que indicariam que ele seria uma alegoria baseada no Antigo Testamento.

Na verdade, nada disso é conclusivo, como explico no vídeo.

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Textos sobre Jesus foram forjados? https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2017/04/14/textos-sobre-jesus-foram-forjados/ https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2017/04/14/textos-sobre-jesus-foram-forjados/#respond Fri, 14 Apr 2017 09:49:43 +0000 https://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/files/2017/04/Nero_Agrippina_aureus_54-180x88.png http://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/?p=4193 Afinal, será que historiadores e cronistas não cristãos do século I d.C. chegaram a mencionar Jesus ou os textos que chegaram até nós são apenas fraude deslavada? No vídeo abaixo, o segundo de nossa minissérie da Semana Santa, vamos examinar em detalhes três exemplos dessas menções. O consenso entre os historiadores é que pelo menos duas delas são autênticas, o que indicaria que Jesus, embora não fosse nem de longe famoso ou importante naquele momento, era visto como um personagem real, e não como um simples mito. Confira.

Mais informações sobre o tema você encontra no meu livro “Deus: Como Ele Nasceu”, que custa apenas R$ 9,90 na versão ebook.

Você pode conferir também o primeiro vídeo da série abaixo.

Este post mais antigo do blog reúne boa parte dos temas que estamos abordando nos vídeos.

E, para finalizar, coloco abaixo os textos originais que estamos examinando nos vídeos.

O primeiro é uma passagem do livro “Antiguidades Judaicas”, de Flávio Josefo:

“Sendo portanto esse tipo de pessoa, Hananias, pensando ter uma oportunidade favorável, pois que Festo havia morrido e Albino ainda estava a caminho [ou seja, os governadores romanos estavam na fase de “troca de guarda” na Judeia], convocou uma assembleia de juízes e colocou diante dela o irmão de Jesus, o chamado Cristo, de nome Tiago. Acusou-o de ter transgredido a lei e o entregou para ser apedrejado.”

O segundo, também de “Antiguidades Judaicas”, primeiro na versão adulterada por cronistas cristãos, com trechos suspeitos marcados em negrito:

“Por esse tempo apareceu Jesus, um homem sábio — se na verdade se pode chamá-lo de homem. Pois ele foi o autor de feitos surpreendentes, um mestre de pessoas que recebem a verdade com prazer. E ele ganhou seguidores tanto entre muito judeus quanto entre muitos de origem grega. Ele era o Cristo. E quando Pilatos, por causa de uma acusação feita por nossos homens mais proeminentes, condenou-o à cruz, aqueles que o haviam amado antes não deixaram de amá-lo. Pois ele lhes apareceu no terceiro dia, novamente vivo, exatamente como os profetas divinos haviam falado deste e de incontáveis outros fatos assombrosos sobre ele. E até hoje a tribo dos cristãos, que deve esse nome a ele, não desapareceu.”

E finalmente a mesma passagem, na versão restaurada, que poderia ser a original:

“Por esse tempo apareceu Jesus, um homem sábio. Pois ele foi o autor de feitos surpreendentes, um mestre de pessoas que recebem a verdade com prazer. E ele ganhou seguidores tanto entre muito judeus quanto entre muitos de origem grega. E quando Pilatos, por causa de uma acusação feita por nossos homens mais proeminentes, condenou-o à cruz, aqueles que o haviam amado antes não deixaram de amá-lo. E até hoje a tribo dos cristãos, que deve esse nome a ele, não desapareceu.”

Temos ainda este texto do livro “Anais”, do historiador romano Tácito:

“Assim, para fazer calar o rumor [de que ele tinha mandado colocar fogo na cidade], Nero criou bodes expiatórios e expôs às torturas mais refinadas aqueles que o povo chamava de cristãos, um grupo odiado por seus crimes abomináveis. Seu nome deriva de Cristo, que, durante o reinado de Tibério, tinha sido executado pelo procurador Pôncio Pilatos. Sufocada por um tempo, a superstição mortal irrompeu novamente, não apenas na Judeia, terra onde se originou esse mal, mas também na cidade de Roma, onde todos os tipos de práticas horrendas e infames de todas as partes do mundo se concentram e são fervorosamente cultivadas.”

Analiso todos esses textos no vídeo mas, resumindo a ópera, a maioria dos especialistas hoje considera que pelo menos o texto mais curto de Josefo e o de Tácito podem ser usados como evidência histórica da existência de Jesus. Já o texto mais longo de Josefo em geral é visto como uma menção neutra, não elogiosa, à figura de Cristo, que teria sido adulterada por copistas cristãos mais tarde, embora uma minoria significativa de historiadores defenda que a passagem foi totalmente inventada desde o princípio.

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