Por que diabos juntar Darwin e Deus?

Reinaldo José Lopes

É um prazer estender o tapete vermelho e dar as boas-vindas a você, mui gentil leitor. Este é um blog que vai se dedicar a explorar a relação entre ciência e religião de modo geral, as conexões entre a teoria da evolução e a fé religiosa de modo mais específico, e — pelo bem da minha sanidade mental (hehehe) —, simplesmente celebrar a beleza e o poder explicativo da biologia evolutiva, às vezes (e espero que sejam muitas vezes).

Talvez você já tenha me visto enfiar a mão nessa cumbuca em outros carnavais. Quando era repórter do portal “G1”, eu tinha duas atribuições semanais (que pra mim eram complementares, mas talvez soassem contraditórias pra muita gente): mantinha o blog “Visões da Vida”, que acabaria dando origem ao meu livro, “Além de Darwin”, sobre evolução; e produzia reportagens para a seção “Ciência da Fé”, inventada por este seu criado e justamente destinada a lançar um olhar científico sobre o passado e o presente das religiões. Achei que estava na hora de juntar as coisas de forma mais coerente e, graças à boa vontade desta Folha, ei-las aqui — pra vocês verem que esse papo de “a vida ensina” nem sempre funciona.

Digo isso na base da brincadeira, assim como meus colegas da editoria de “Ciência+Saúde” brincaram dizendo que o presente blog ia virar o maior ímã de “hate mail” (e-mails raivosinhos e comentários vociferantes) da história do jornalismo científico brasileiro. Eu me acostumei a tomar muita porrada por lidar com esses temas no “G1”, e não vejo por que seria diferente aqui. As pessoas simplesmente não gostam de misturar essas estaçõesO que talvez seja a principal razão para misturá-las, diga-se de passagem.

OBJETIVIDADE?

Se existe alguma coisa a respeito da qual eu sou agnóstico tendendo a ateu, ela se chama objetividade jornalística. Não acho que seja possível assumir uma postura de distanciamento olímpico diante dos assuntos que realmente importam e, por isso, quero deixar meu ponto de vista claro antes de explicar por que diabos escolhi a temática desse blog. Tenha paciência comigo.

Sou católico, do tipo que só não entrou pro seminário porque queria ser marido e pai (beleza, ainda dá pra tentar ser diácono quando eu me aposentar). Minha compreensão dos artigos básicos da minha fé é basicamente ortodoxa. Ao mesmo tempo, desde que me entendo por gente, a complexidade e a beleza das coisas vivas e, em especial, da história delas, dos dinossauros aos australopitecos e neandertais, sempre me cativou. Cheguei a me matricular no curso de biologia da Universidade Federal de São Carlos antes de me decidir pelo jornalismo porque “dava mais dinheiro” (ingêêêênuo!).

Também sempre fui fascinado com o que a investigação científica independente era capaz de dizer sobre a história da minha religião e a de outras (embora, claro, ache escavações arqueológicas em Israel mais interessantes do que as que acontecem num antigo centro do budismo, digamos). Tive a sorte de ser criado numa tradição religiosa que — por mais problemas que tenha — nunca me pediu para escolher entre o “Livro de Deus” e o “Livro do Mundo”.

Mas uma série de outras tradições religiosas não são tão generosas (ou “permissivas”, “degeneradas” etc. dependendo da sua perspectiva), e esse é um problema que, na minha modesta opinião, tem de ser enfrentado o quanto antes. Deixe-me tentar explicar o porquê.

“A VERDADE VOS LIBERTARÁ”

Em primeiro lugar porque, deixando o tucanês de lado, a teoria da evolução é simplesmente… verdadeira. Tão apoiada em fatos e observações quanto a gravidade, embora não seja uma lei (nem poderia, já que descreve e explica fenômenos multifacetados demais para serem resumidos numa equação). Deal with it — chupa essa manga (sem conotações obscenas, por favor, este é um blog de família). Quem se nega a entender ao menos o mínimo da biologia evolutiva — pior, simplesmente cobre o canal auricular e fica dizendo “eu não estou ouvindo, eu não estou ouvindo” — está perdendo um pedaço crucial do quebra-cabeças do Cosmos por medo. Está se recusando a apreciar Mozart, ou os Beatles, ou Camões — porque poucas coisas são mais elegantes, mais ferozmente bonitas, na sinfonia da natureza, do que a evolução.

É preciso reconhecer, também, a seriedade do desafio trazido pela biologia evolutiva a algumas concepções religiosas tradicionais. Não dá para se agarrar a cada vírgula da Bíblia como a verdade literal (até aí, todos os pensadores mais sofisticados da história do cristianismo concordariam, isso desde os primeiros séculos, de Orígenes a Santo Agostinho). Não é sem alguma criatividade teológica que se consegue acomodar o acaso e o sofrimento inerentes à seleção natural com as visões tradicionais sobre a centralidade do homem na “Criação” ou o significado da morte e do mal no mundo. As respostas fáceis rareiam.

Ao mesmo tempo, toda vez que Darwin é representado popularmente como “o homem que matou Deus”, dá vontade de enfiar a cara numa almofada de tanta vergonha alheia. E não é nem porque esse assassinato por encomenda não estivesse nos planos do nosso ícone barbudo (não estava), mas porque, para quem acredita numa divindade transcendente, “além dos círculos do Mundo” (só para citar Tolkien), os mecanismos que regem a natureza  não revelam grande coisa a respeito de quem é, por definição, sobrenatural.

A última razão é pragmática, mas importante. Entre religiosos e não religiosos, devotos de Cristo ou sequazes de Darwin, é preciso achar um “modus vivendi” — ou, ao menos, um “modus non moriendi”, se não um jeito de viver juntos, ao menos um jeito de não morrer juntos.

Se continuar sendo honesta com os fatos, a ciência não vai abandonar a teoria da evolução. Ao mesmo tempo, a religião não vai ser varrida do mapa. Uma sociedade polarizada e incapaz de dialogar sobre os temas fundamentais é ruim para todo mundo. É melhor aprender a ouvir e, no mínimo, tentarmos nos concentrar no que nos une, e não no que nos separa.

PROGRAMA DE GOVERNO

Dito isso, nobre leitor, que temas você pode esperar encontrar neste blog?

1)Estudos sobre como a evolução moldou nossas propensões para a religião — ou mesmo para o ateísmo, por que não?

2)Estudos sobre arqueologia, história, psicologia, neurobiologia etc. das religiões e do fenômeno religioso;

3)A velha mas sempre atual discussão política sobre ensino de criacionismo nas escolas, diálogo entre cientistas e líderes religiosos, temas (como a bioética) que levantam reações acaloradas de ambas as partes etc.;

4)E pura e simplesmente o que há de melhor e mais atual na pesquisa sobre evolução.

E acho que já passou da hora de me despedir. Obrigado a quem chegou até aqui. Até breve,

Reinaldo.

Comentários

  1. Salve, Reynolds!

    Bem vindo de volta ao mundo dos blogues.

    Pelo jeito a vida é pacata o bastante em Sanca pra desejar cutucar as feras com a forquilha da ciência e fé.

    Os buldogues e as ovelhas rosnarão.

    []s,

    Roberto Takata

      1. Bem vindo Reinaldo!
        O sucesso do blog é garantido: a interface ciência x religião é dos assuntos que mais geram comentários nos posts da folha…
        Vou ler com curiosidade seu blog para entender como você chegou neste ponto (biógoco/católico), já que meu caminho foi o contrário: nasci muito católico e o contato intenso com a ciência tornou-me ateu…
        Espere de mim um debatedor dos mais encarniçados!
        Grande abraço,

        1. Lucio, que bacana cara! De catolico fervoroso a ateu convicto! E tudo gracas a biologia! Tu deves ser bem ” PE NO CHAAAO!!!! Olha!….ja to ate de fralda pros teus comentarios!!! Que medAAA!!!!……kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk…….

    1. É vero que ovelhas irão rosnar.. Adoro discussões sobre o tema!! Também venho de uma tradião familiar católica como disse o Lucio, porém, a curiosidade falou mais alto, me fez buscar conhecimentos em outros caminhos religiosos e científicos até que, mais uma vez, a ciência falou mais alto! Sendo assim, encontrei um caminho melhor, com explicações, digamos, mais sensatas sobre o tema. Enfim, durante todo esse percurso, o resultado não poderia ser outro, exceto o ateísmo! Espero que, com este blog, mais idéias sobre o assunto seja alocado ao meu cérebro cada vez mais voraz por conhecimento! Abraços.

      1. Que legal eim sr Kleber! Chegou no ateismo! Coisa dificiiiiiilima nos dias de hoje! P/ o sr ter uma ideia, agora vossa senhoria faz parte de mais de um trilhao de pessoas no mundo! E olha, a maioria delas sofre de depressao , angustia existencial, vicios de toda ordem, mas isso nao e nada! Tudo pelo ateismo!

  2. 1, 2 e 4, principalmente. No caso de 3, concentrar-se mais em “diálogo entre cientistas de líderes religiosos” e “temas (como a bioética) que levantam reações acaloradas de ambas as partes etc.”. Ainda no campo de animais, as pequenas sutilezas que por vezes são pouco notadas (poderíamos considerar que os leões do Savuti que caçam elefantes adultos e os do Tsavo, que enfrentam a água que teoricamente repeliriam, demonstrariam a criação de cultura fora do ambiente dos primetas? Afinal, aprenderam a fazer coisas que leões de outros lugares não fazem e as repassam para as gerações seguintes por aprendizado).

    1. Oi André, obrigado pelo comentário. Na verdade está bem estabelecido que a transmissão cultural acontece em espécies que não pertençam ao grupo dos primatas. Esse negócio de cultura é beeem mais espalhado pela árvore filogenética do que até os sonhos mais desvairados de Jane Goodall ousavam propor nos anos 1960 😉 abraço!

  3. Alô Reinaldo. Já discordei de você várias vezes, e até lutei junto aos editores da Folha para ‘demiti-lo’ do caderno Ciência, por achar que suas posições eram religiosas demais para um editor de ciência. Vou seguir atentamente o seu blog, mas já adianto que não consigo imaginar dois temas mais díspares e desconectados do que Darwin e Deus…. Mas vamos em frente, boa sorte!

    1. Olá, Paulo, tudo bem? Rapaz, não sabia dessa sua cruzada contra a minha gestão, não! Fiquei curioso, poderia me contar mais sobre ela? (sem ironia nenhuma, é que realmente queria entender!) Quando foi que, como editor, você acha que eu extrapolei e deixei minhas opiniões religiosas influenciarem a condução da editoria? Abraço!

      1. Olá Reinaldo,

        Não o conheço, cheguei por aqui agora. Mas estou perplexo com a possibilidade de você juntar Darwin e deus. Também não entendi qual sua situação, você diz ser católico e ao mesmo tempo agnóstico? Estou no mínimo curioso pra ler o que você tem pra escrever.

        1. Oi Marcus, bem-vindo e espero que volte sempre. Repare que eu disse ser agnóstico QUANTO À IMPARCIALIDADE JORNALÍSTICA. Não sou agnóstico quando a Deus, pelo contrário, embora entenda bem os que são 😉 Abraço!

          1. Para mim, Reinaldo foi “o cara” que teve coragem de abordar temas que certos fundamentalistas ateus não poderiam, justamente porque o fundamentalismo ou a agenda deles os impedia. Com sua religião “moderada” e pluralista, Reinaldo teve vantagens, nesse caso.

          2. Pois e sr rlopes, como alguns comentaristas sugeriram, esta sua “habilidade” de se posicionar entre uma agnose jornalistica e sua crenca em Deus, esta despertando muita curiosidade! Se o sr conseguir esta “proesa” vai merecer uma trofeu! Estar afinado ao cientificismo sem abdicar de sua crenca Divina, nao sei como fara isso! Na minha humilde opiniao pelo relativo conhecimento q tenho de ciencia, acho IMPOSSIVEL se aceitar a evolucao ALEATORIA de Darwin e manter-se fiel a crenca em Deus! Em todo caso lhe desejo sorte! Seria como juntar gregos e troiamos, arabes e judeus,………..Sucesso!

  4. Aguardo ansiosamente os artigos. Como já dito, bem-vindo de volta! Que este seja tão ou mais nteressante que o CCC14 (acabei de “criar”, mas imaginomque já tenha sido usado).

    Boa sorte com esses ditos pólos que não se misturam, também sou da opinião que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, mesmo não praticando uma religião.

  5. Adorei o tema do blog e espero acompanhar! Sou bióloga, professora e cristã! Em uma aula sobre evolução digo aos meus alunos que, se Moises foi inspirado por Deus para escrever os primeiros livros da bíblia, Deus sabia que ele não estava preparado para entender a evolução, então falou por metáforas: “vieste do pó e ao pó voltarás”. Esta frase pra mim é a síntese da origem da vida (e do seu fim!)!!

    1. A Frase do Pó vieste e ao pó voltará, vem da observação dos cadaveres em decomposição e não de inspiração divina.

      1. Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.
        Antoine Lavoisier

        1 Coríntios 15 versiculo 44
        Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual.
        (corpo material vira pó! do po vieste para o pó voltara)

  6. Fiquei curioso, em quais lacunas você coloca o deus que você acredita? Sabe que com a evolução Darwin não matou deus, mas lhe fechou uma lacuna para hipótese sobrenatural ao “não precisar” dele como explicação de como funciona a variedade da vida na terra (não falo do surgimento da “primeira” vida, pois estão pesquisando).

    Enfim em quais perguntas sem respostas comprovadas como é a da evolução. você coloca deus como resposta mesmo sem comprovação? Como é a dos criacionistas por exemplo.

    Pergunto só por curiosidade, achei uma bela ideia o blog!

    1. Excelente comentario Daniel! Comungo com suas ideias! Tambem achei que a ideia do blogg foi boa! Deu margm a observacoes como a sua por exemplo.

  7. Boa cara, ver você cair do muro da Teoria da Transubstanciação Darwiniana, ou do Ateísmo Bíblico Milenarista, para os braços do “Princípio Inteligente”, uma plataforma mais larga e espaçosa dos tempos modernos, que gentilmente coloca Darwin no Céu e Deus num laboratório de Tecnologia, tipo “DNA – Biônico”!

  8. Acho que o tema 3 é o mais interessante a ser discutido, já que ele influi no sistema educacional e no comportamento e crenças que um ser humano poderá ter no resto de sua vida. Penso que religião e ciência sejam assuntos inconciliáveis e imiscíveis, porque entusiastas da ciência argumentam pela razão enquanto religiosos adaptam a razão a sua fé. De qualquer forma, parabéns pela sua iniciativa, Reinaldo.

  9. Não existe qualquer evidência direta e inquestionável que um organismo A evolua para um organismo B, ou seja A se transforme em B, apenas conjecturas baseadas em observações indiretas de semelhanças entre A e B, o que é insuficiente para uma ciência verdadeira.
    Além da observação direta de A se transformando em B, deveria ser conhecido o que causaria essa transformação, e uma vez removido o agente causador, observar B se trasnformando em A novamente.
    Fora disso, é apenas pseudo-ciência

    1. Térsio, sua miopia, falta de imaginação e deficiência em interpretação de textos é tão grande que já virou piada. Todo biólogo sério constata a teoria da evolução nas suas pesquisas ao ponto dela estar virando lei. Só alguns poucos é que estão sendo influenciados por gente míope como você e perdem a credibilidade pois sempre se descobrem que eles estão sendo financiados por organizações fundamentalistas cristãs para divulgar pesquisas e escreverem livros desacreditando o que a maioria esmagadora dos cientistas verifica em suas pesquisas. É muita arrogância achar que tanta gente esteja tão errada e um sintoma de deficiência em interpretação de textos quando pessoas como você tentam “teorizar” sobre este assunto, levando ao pé da letra um livro que foi escrito a quase 2 mil anos atrás, num tempo em que ninguém tinha os conhecimentos e métodos científicos de hoje.

      1. Geraldo

        Ninguém disse aqui absolutamente nada de religião e sim de como deve ser feita uma abordagem verdadeiramente científica. Muita coisa em biologia é apenas empírica e baseada no achômetro. Ninguém poderá negar isso, a menos que me apresente uma equação ou algoritmo que possa prever que A se transorme em B ou em C, levadas em conta todas as possíveis variáveis

        1. Só quem não sabe como as pesquisas são feitas pode fazer uma afirmação dessas. Dá uma lida em livros sérios de biologia evolutiva. Na segunda página, você já estará convencido.

          1. Conheço muito bem a teoria evolutiva, já li e reli a origem das espécies e como sou um livre pensador, não me convenci de absolutamente nada. Se por acaso, aqui neste planeta só existisse uma única espécie biológica, digamos o próprio ser humano, qual seria então a teoria darwiniana para sua origem?

        2. Não existe “achômetro” no método científico usado em biologia e a evolução da espécies não é matemática pura, onde uma equação ou função transforma uma variável em outra os processos são aleatórios de longo ou curto prazo dependendo da complexidade da espécie. Você diz que seu comentário não tem nada de religião, mais seu questionamento é baseado naquilo que os criacionistas acreditam, conforme você sempre demonstrou em seus comentários neste jornal.

        3. Calma, amigo! Não confunda Jesus com Genésio! Comece pelos livros de Ciências, das primeiras séries dos Níveis Fundamentais de Ensino. Depois passe para os livros de Biologia do Ensino Médio, e depois faça leituras de maior fôlego. E jamais abdique da ajuda de bons professores. Faça o mesmo com outros livros. Diminua, um pouco, a arrogância! Você é só mais um, dentre milhões. Não pode exigir que alguém te prove alguma coisa utilizando algoritmos e coisas do gênero. Nem tudo se prova, assim. Há fatos que se explicam por serem óbvios. Embora, ao que parece, alguns não estejam prontos para enxergarem.

        4. Olá Tersio, como vai? Eu gostaria apenas de fazer algumas correções na sua interpretação da Teoria da Evolução. Um erro muito comum que as pessoas cometem é de acreditar que um organismo A se transformou em organismo B ou C. A Teoria da Evolução não diz isso em hipótese alguma. De fato, a Teoria conclui que os diferentes organismos que hoje habitam o planeta tiveram, em alguma momento da história geológica da Terra, um ancestral comum. Isso significa, por exemplo, que o homem e o chimpanzé tiveram um ancestral, e em um determinado momento ele originou estes 2 grupos. Se a explicação fosse aquela que vc colocou anteriormente, cada vez que surgisse um grupo (espécie), o grupo anterior simplesmente deixaria de existir. Desculpe-me se não fui muito claro, mas teria que escrever muuuito mais. É mais fácil explicar essa teoria pessoalmente. Grande abraço e aproveite o blog para discutir-mos os assuntos que serão aqui abordados.

        5. Senhor Tersio,
          Ernest Mayr nos ensinou, entre outros, sobre a especificidade da ciência biológica, cujo método ‘narrativo’ a faz diversa das ciências físicas tradicionais, mas não menos científica. Aliás, alguém já retirou a força da gravidade para provar que na sua ausência os corpos retornariam ao seu estado inicial de repouso?

      2. Cara, só uma coisa: concordo em gênero, número e grau com o seu comentário. Ao ler o comentário anterior, que deu origem ao seu, fiquei pasmo ao constatar quanta gente leva consigo idéias, interpretações e teorias tão tacanhas.

  10. Acho a proposta do blog interessantíssima. Só espero mesmo a imparcialidade. Principalmente quando se chegar a assuntos tão poucos conhecidos pelo público e um tanto quanto complicado, como a Física Quântica. Onde muita gente aproveita para ver misticismo.

    1. Oi Danielle, obrigado! Como a minha especialidade é a biologia, provavelmente vou mexer pouco com a física quântica por aqui, pra sorte de todos nós 😉

      1. Puxa R.Lopes
        Vc pretende mexer com Física Quantica? Dificil…nem R.P.Feynman achava que entendia direito essa teoria, além do que não é Física, pois é área muito ampla….é MECÂNICA QUANTICA…..ok….e isso sem argumentos….é o que é

  11. As descobertas da Ciência ao invés de negarem a existência de Deus, do Criador, da Inteligência Suprema, ou seja lá que nome se queira dar, cada vez mais comprovam que a perfeição existente em todo o Universo não poderia ser obra do acaso.

    Essas descobertas unicamente destroem o que os homens e as religiões edificaram sobre as falsas idéias que formaram de Deus.

    Enquanto a ciência cuida de compreender o mundo, a espiritualidade trata de dar sentido à vida.

    Uma complementa a outra e, um dia, caminharão juntas.

    1. Plenamente de acordo. E digo, ainda, que a espiritualidade, também, possibilita a compreensão da realidade. A Doutrina Espírita, em seu tríplice aspecto – Ciência-Filosofia-Religião, cumpre a proposta de fazer com que cheguemos à compreensão da realidade, em sua acepção única. Não existem duas realidades. Mas uma só. Embora essa única realidade se manifeste, de várias formas. A pretensa separação entre matéria e espírito, é decorrente de falsos pressupostos, e de interesses dos mais diversos. A essência é uma só: energia, em infinitos níveis de vibração. Abraços fraternos!

    2. “A perfeicao de todo universo nao poderia ser obra do acaso” E porque nao? Sera que Deus precisaria de calculos , mensuracoes, reflexoes e esperar como um mero observador o desnrolar de toda uma evolucaoate chegara a especie humana como a como e conhecida hoje? Essa e uma ideia que so cabe em nossa mente restrita, pois quando achamos que tudo o que existe ou que ocorre deve ter uma explicacao que possamos entender e aceitar, mais distantes ficamos da real VERDADE, porque a condicionamos a nossa visao, entendimento e criterio, que diga-se de passagem , sao muito restritos quando comparados a mente Divina. Muitos AINDA dizem ser a Biblia um livro de mais de 2000 anos……..Argumento, po sinal assaz cansativo, desbotado e bem proprio de quem nao tem argumentos! No entanto, foi lendo suas passagens que pude constatar uma frase, que a meu ver se mantem acima dos limites de espaco e tempo e qque me bateu na mente como ” eureka “: ” Deus criou todas coisas por um ATO DE VONTADE “. Bem, o que eu entendo por ato de vontade, e um ato SIMPLES da vontade, nao exige calculo,nem reflexoes, voce simplesmente faz! Ex: quero tomar cafe….vc vai e toma o cafe porque esta com vontade e sabe como fazer isso. Nao vai preceder em indagacoes como: sera que devo toma-lo, sera que esta bom, como sera que foi preparado?….Estas indagacoes nao existirao se vc tem o dominio das coisas! Nao precisaria esperar tanto para tomar o seu cafe! Tb Deus nao precisaria esperar milenios de evolucao para ter seus atos de vontade! Sinceramente, nao sei comosurgiram o homem e a natureza ,mas, certamente, nao o foi atraves de mutacoes aleatorias, continuas , atraves de milenios a fio, tendo como unico espectador o proprio Deus!

    3. Senhor Eduardo,
      Que capacidade incrível de enxergar só um lado vc tem. E as destruições em massa? As extinções? Os massacres de espécies? O que há de perfeito nisso?
      Concordo que a espiritualidade procura dar sentido à vida, mas não é preciso mistificar, a arte dá sentido à vida, a solidariedade dá sentido à vida, sem precisar de um fantasminha nos espionando e nos julgando.

  12. Ótima iniciativa, Reinaldo! Concordo contigo que ciência e religião não são temas inconciliáveis – os pesquisadores do Vaticano e os fiéis da Royal Society que o digam! –, mas, na prática, quem dita as relações entre esses dois campos é a própria sociedade. Espero que seu blog consiga abrir a cabeça das pessoas e aproximar essa dupla instigante. Boa sorte!

  13. Mistura de assuntos explosiva e por isso mesmo deliciosa e cativante. Me permite uma sugestão de tema a abordar: a entrevista do Mafalaia à Gabi. Ele disse um monte de coisas, descaracterizando conduta sexual de fatos biologicos. Logo na sequencia, um estudande de doutorado de Londres ou Paris, não lembro, postou um video do YouTube afirmando desfazer os argumentos do Malafaia e mostrou um monte de tabelas e dados que, na prática, quem não é do meio não tem a menor condição de interpretar. Creio que você é uma pessoa qualificada para analisar o que um disse, o que o outro rebateu e, salomonicamente, apontar onde um e onde o outro tem razão. Topa o desafio? Abraço

    1. Boa dica, Tales! Estou chegando meio atrasado a esse bafafá, mas vou tentar meter minha colher torta na história. Abraço e obrigado!

        1. Obrigado, Reinaldo…vou acompanhar bem de perto seu blog. E agradeço também ao Michelson. Eu não tinha acompanhado os novos capitulos que ele reuniu no blog dele. Mas, em resumo, o que poderia ser uma bela discussão técnica-cientifica-religiosa, virou uma coleção de chumbo trocado, onde ninguém ouve ninguém. Uma pena. Obrigado.

  14. Bom dia. Parabéns Reinaldo! A proposta e os conceitos são extremamente interessantes! Estarei seguindo suas publicações! Ciência, polêmica e muito sucesso para você!

  15. Boa Reynolds!!

    Vamos lê-lo com atenção. Acho mesmo que essa lacuna é faltante. Gostei da “criatividade teológica” sobre o acaso, hehe. É isso. A ciência precisa ouvir e a religião, evoluir.

    Vida longa e que Elen síla lumenn’omentielvo

  16. Bom ver que temas como religião e Deus não foram esquecidos também no campo da ciência, chegará um momento que dois temas aparentemente distantes conversaram e caminharam juntos para uma evolução íntima do ser humano, mas primeirante será preciso o esclarecimento para muitos que ainda não conseguem enxergar a verdade e precisam de algo mais palpável, aí então entra a ciência. Uma ótima iniciativa Reinaldo, desejo sabedoria e esclarecimento para que possa iluminar a mente de muitas pessoas. Que Deus te abençoe e que faça sua carreira sempre espelhando no exemplo máximo que foi nosso mestre Jesus. Muita luz pra você!

  17. Boa noticia este blog, especialmente em respeito a Darwin, que nao somente nao matou Deus, como era um homem religioso. Aqui na Inglaterra (por isso a falta de acentuacao e cedilhas) outro ingles quer sim matar Deus. Richard Dawkins faz um proselitismo ateista (proselitismo e algo que consigo ate entender quando parte de religiosos, mas nao de ateus!), mas curiosamente evita ferir sentimentos nao ocidentais:
    http://www.thejc.com/comment-and-debate/comment/102653/facing-uncomfortable-truths

    1. Oi Maurício, obrigado pela visita, mas preciso fazer uma ressalva: Darwin começou como religioso, mas foi perdendo progressivamente a fé. Acho que o correto seria descrevê-lo como agnóstico (com algumas recaídas para o deísmo, no máximo). Abraço!

  18. Reinaldo, estou rindo até às orelhas e de satisfação por essa iniciativa sua. Para mim Dawin é fundamental e Jesus de Nazaré, o filho do homem, também. Se resgatarmos JdeN, até hoje refém da religião, ambos se completam à luz da evolução. Para mim, Darwin mostra o que somos: reféns da lei da vida e JdeN, espécime perfeitamente cabível dentro da riquíssima diversidade biológica, numa intuição genial e anterior a Darwin, abreagiu a lei da vida com o quiasma do “Ama teu próximo” e de que deu extremo exemplo, recordado agora na Semana Santa, embora ainda sob toneladas de ganga clerical. Pode ?

  19. Reinaldo,

    Adorei a sacada desse blog. Serei um leitor contumaz. Confesso que sou mais chegado em Darwin do que em Deus, mas a ideia de uni-los em um blog, discutir o que os aproxima e afasta, é genial. É um bom exercício de tolerância para os dois lados desse front. Tenho uma sugestão para futuros posts: como a igreja católica lidou com a teoria da evolução através dos tempos. Darwin foi aceito de alguma maneira? E o próprio Darwin, ele próprio um cristão, como lidou com essa ambiguidade?

    Abraço!

    1. Marcelo, acho q esta equivocado. Darwin a epoca da ” teorias da origem fas especies ” ja se achava ha anos luz do cristianismo! Era um ateu! Na melhor das hipoteses, um agnostico, o que nao melhora muito as coisas, visto que este ja tem um pe no ateismo. Pretender agora” encaixar” na teoria de Darwin uma fe que ele nao tinha com o objetivo de lhe conferir um” ar sobrenatural”, como alguns estao tentando fazer agora e ridiculo. E tambem um acinte a todos nos, ja que pretendem com isso manipular a opiniao alheia!

  20. Eu li os posts na ordem em que apareceram e não percebi que você já seguiu minha sugestão antes mesmo de conhecê-la. Bacana!

  21. Eu quero apenas questionar como milhões de espécies todas diferentes surgiram do acaso e evoluíram separadamente e paralelamente os seus aparelhos reprodutores para se completarem mutuamente? E como o ser humano conseguiu evoluir e incorporar o prazer sexual? E qual o papel do prazer sexual na evolução? E se tem algum objetivo, foi acaso também.

  22. Muito boa esta iniciativa de discussão deste assunto, pois aqui no Brasil falta alguém que diga que tanto a Bíblia, como a teoria de Darwin não são incompatíveis entre si e que interpretar o livro sagrado dos cristãos ao pé da letra é, no mínimo, demonstração de ignorância. Penso que esta resistência a teoria da evolução em alguns meios religiosos tem um fundo preconceituoso e de alienação e é sintoma das deficiências em educação científica no ensino básico. Tomara que as discussões suscitadas por este blog não sejam dominadas pelos fundamentalistas e seus assemelhados, pois eles são de uma teimosia incrível.

  23. Olá Reinaldo!
    Como biólogo, achei fascinante ver Darwin entre Deus e o diabo (Por que diabos juntar Darwin e Deus?) rsrsr. Ansioso pelos textos e pelas discussões advindas!

  24. Parabéns pela iniciativa, como sugestão para o debate, a leitura do Livro Perdido de Enki, encontrado na Biblioteca de Nippur.

  25. Sugiro textos que expliquem como diabos ocorreram milhares de mutações benéficas simultâneas em determinados curtos espaços de tempo, falta de esqueletos intermediários para que um pássaro evolua para um cavalo, etc, como o nada explode e vira tudo … esse tipo de coisa básica defendida pelos evolucionistas (hehehe)….. Agora que fique bem claro que seleção natural de modo algum contraria a deidade! Abraço

  26. Olá, Reinaldo. Parabéns pela iniciativa (parabéns à Folha também). Tenho amigos biólogos, e até hoje não sei como parte deles não são ateus. É tudo tão claro, com tantas evidências… Realmente o gene da religião (associado à criação individual) é um fator muito forte nessa direção.
    Boa sorte no blog! E paciência nos comentários enfurecidos.

    1. Oi Fernando, obrigado! É complicado falar em “gene da religião”, embora certamente deva haver predisposição genética para ela. Abraço!

  27. Quero questionar tbém como é possível, em não havendo uma inteligência criadora, que de apenas 4 ou 5 moléculas(bases hidrogenadas) advenham todas as espécies de seres vivos que existem. E mais, como é que sem inteligência alguma todos os bilhões de seres vivos conseguiram evoluir, aprendendo a produzir milhões e milhões de substâncias diferentes e todas com funções definidas? E como seres diferentes entre si conseguem produzir substâncias iguais? Tudo isso é extremamente incrível vindo do acaso.

  28. Parabéns pela iniciativa!
    Aproveito para indicar minha preferência pelo tema 1)
    “Estudos sobre como a evolução moldou nossas propensões para a religião — ou mesmo para o ateísmo, por que não?”
    O uso da crença em deuses e o medo do sobrenatural não teriam sido importantes ferramentas das precárias lideranças humanas daqueles primeiros grupos sociais nômades e pouco coesos?
    O fato de ter fé e “seguir o líder” não ajudou definitivamente a sobrevivência humana, e esses “fiéis” foram mais eficientes na perpetuação de seus genes?
    Se sim, a evolução humana foi marcada em boa medida pela religiosidade dos povos e esse blog faz todo o sentido!

  29. Boa ideia Reinaldo!

    Fica uma dica sobre o fato da evolução vs a “teoria da origem das especies”

    A maioria dos casos em que “os crentes em Deus” não crê em evolução, rejeitam tal tese, é porque a maioria da massa pensa que evolução significa necessariamente “a origem através de uma unica especie”.

    Digo isto porque a evolução das especies realmente é FATO. Já a Teoria da Origem das especies não, passa bem longe de ser fato. O próprio Darwin escreve em seu livro, que sem um Elo em comum seria impossível provar.

    Aproveito para parabenizar sua iniciativa. É uma boa ideia, eu mesmo penso bem semelhante a você. Ciência e Religião mesmo que separados, caminham lado-a-lado, paralelamente. Um estuda e teoriza as verdades materiais (físicas), a outra estuda e teoriza as verdades espirituais (o alem do pó).

    1. sim, claro! até porque todos os blogs da Folha, pelo que sei, têm essa cor. O do Rafa, Teoria de Tudo, é igual.

  30. Oi Reinaldo, sou biólogo e também educado sob a ótica do cristianismo, mas pelo que pesquisei, com propensão ao deísmo.. enfim.

    Vou acompanhar sua coluna e desejo boa sorte, principalmente depois de ler alguns comentários já feitos (você nem colocou direito a mão na massa e já tem críticos) e ter percebido o óbvio: é muito complicado abordar temas em que muitos leitores não são familiarizados com assuntos que remetem desde a química da vida até ecologia de populações (esclarecendo que é população que evolui, e não a espécie), etc.. Ainda mais com sua ambição nobre em propor esse diálogo que é, sim, viável e plausível, afinal, o comportamento animal é um das áreas do estudo da biologia. Mas você não poderá fugir da física/astronomia quando precisar abordar o surgimento e formação do universo.
    Espero que tenha também muita paciência com os ignorantes/arrogantes.

    Abraço.

  31. Caro Reinaldo. Gosttei tanto do tema do blog como a maneira como você coloca as idéias. E também me identifiquei muito com sua apresentação :-), pois pareçe ser minha hehehe. Eu também só não levei à frente minha intenção em entrar para o seminário, em grande parte pela vontade de ter uma família regular. Hoje, compenso um pouco disso no meu serviço nas pastorais da Igreja e no serviço no altar como ministro. Procuro me atualizar sempre nesse tema, pois nosso filho é extremamente crítico, e esse é o tipo mais ferrenho de “adversário ideológico, teológico” que encontramos no mundo – aquele que quer de toda maneira te colocar contra a parede. Mas temos caminhado muito bem assim, e esperamos assim permanecer. Abraço.

  32. Não conhecia vc mas parabéns pelo blog! O tema parece ser bastante interessante. Espero poder participar e deixar a minha modesta opinião.

  33. Não acho a ideia de evolução totalmente incompatível com a imagem de deus, apenas acho que a primeira torna a presença do segundo menos necessária. Porém acho bastante incompatível a idéia de evolução com o cristianismo. Tudo o que descobrimos em termos de biologia nos últimos 150 anos enfraquece bastante a versão da Bíblia. O catolicismo aceita a evolução interpretando a Bíblia de maneira metafórica (aí tudo fica possível). Mas o fato é que se aceitando a evolução, a imagem de um ser humano original (Adão) e à imagem de deus não existem em termos evolucionários. Consequentemente o mito do pecado original também fica muito mais improvável. Se tudo isso é verdade então por que motivo Jesus Cristo morreu na cruz? Acho que é esse tipo de raciocínio simples que faz com que os cristãos evangélicos abominem tanto o conceito de evolução. Historicamente eles rejeitaram toda a tradição da igreja e se apegaram fielmente a palavra escrita na Bíblia. Se eles descobrirem agora que ela está errada não vai sobrar nada pra eles.

    1. Oscar Carvalho, na síntese que faço da articulação entre JdeNazaré e Darwin justifico “…por que motivo Jesus Cristo morreu na cruz.” Ele foi condenado a isso, quando então sofreu os seguintes lances, como se recorda em cada missa ou como agora no fim deste mês, dia 29, sexta feira santa: foi vendido numa traição e abandonado pelos seus; foi vestido como um demente; foi reconhecido publicamente como inocente pela autoridade romana, mas assim meso foi surrado nu até sangrar; coroado com espinhos foi humilhado pelos guardas como rei; o povo pediu sua morte, preferindo em seu lugar um bandido que foi solto; condenado, não se defendeu; no trajeto para a execução, carregou a trave dos braços da cruz sob chicotadas, até cair exausto e ser ajudado; no lugar da execução, abriram-se os ferimentos da surra que levou, retirando-se-lhe as vestes; deitado sobre a cruz no chão, atravessaram seus punhos e seus pés com pregos enormes que o fixaram; depois ergueram a cruz com ele, para jogá-los num buraco que manteve a cruz em pé, entre dois outros condenados, também crucificados. Era meio dia. Teve sede. Despediu-se da mãe e do primo João que mais tarde escreverá que Deus é Amor (1ª Jo, 4,16). Fragilizado pela brutalidade da execução, clamando por que Deus o tinha abandonado, foi a óbito 3:00h da tarde, tendo sido assim absolutamente coerente com o teor de sua mensagem: “Ama teu próximo”. Oscar Carvalho. Talvez ele apenas tenha sido vítima dos acontecimentos, mantendo contudo, neles, total coerência com o que ensinou. Acho que ele desconhecia que a maldade humana e violenta de que ele foi vitima, está na raiz de cada ser humano que a recolheu na dura evolução de 6 milhões de anos que marcam a existência humana no planeta. É como podemos ver hoje o sentido da morte de JdeN, sem as ambiguidades de floreios teológicos. Mas precisava chegar a esse ponto ? Não foi ele que chegou, e, sim a velha maldade humana. E parece que os evangelistas perceberam como ele e seu “Ama teu próximo”, foram superiores. E já atravessaram 20 séculos, chegando até nós, meio esquecidos é certo, na velha algibeira das igrejas cristãs, mas bem pertinentes e atuais, posto que bem humanos: JdeN e sua mensagem.

  34. Creio que seja louvável sua iniciativa, no entanto, já alerto para uma possível polarização entre os ateístas avessos a religião e os defensores da teoria do design inteligente, sem considerar os crentes malas que defendem a Bíblia de forma literal.
    Os blogs americanos que tratam dessa relação entre evolução e religião são um bom exemplo disso, é um loop infinito de chatisse.

  35. Espero sinceramente bases científicas para suas postagem, quando abordar fatos descritos na literatura. Não podemos nem devemos usar conjecturas secundárias para fatos científicos..

    Abraço

  36. Gostaria de incluir na seu longo e lindo trabalho de aproximar Darwin e Deus o fenômeno do Big Bang e sua evolução bem como a idéia da Lei Moral (Kant) e do livre arbítrio, como rastros de uma sabedoria que deu o ponta-pé inicial e nos deixou a participar da saga da humanidade.

  37. Parabens à Folha pela iniciativa.
    Sugiro a leitura de dois livros que tratam de forma magistral o tema:
    – Criação e Evolução: Deus, o acaso e a necessidade, de Newton Freire-Maia (Ed. Vozes)
    – A Linguagem de Deus, de Francis Collins, diretor do Projeto Genoma, norte-americano

  38. Prezado Reinaldo, sinto não acreditar nas possíveis maravilhas que possa postar aqui, por um motivo muito simples, é católico. Não que preferia que fosse ateu, muito pelo contrário. Por que a Igreja foi montada por interesses e sua unica função foi preservar os ensinamentos de Jesus. A Igreja é uma Nação cujo seu domínio era a Europa e o oriente através de Constantinopla. E isso altera toda a compreensão de religiosidade, mas como as suas derivações, surgir de forma nações como a Judaica e Muçulmana. O Judaísmo surge dos Egípcios ou de sua Religião, o povo judaico são os povos egípcios da região do Egito que forma dominados pelos que se auto denominaram Egípcios. Moisés como fundador da religião tinha informações como príncipe, da religião dos Faraós e estes conheciam o Deus Único a grande revolução Judaica como religião. E ao analisarmos a Religião Muçulmano notamos que ela revive a religião Judaica em todas as suas características. Agora como Moisés poderia dar uma base solida para um povo e formá-lo? Com um conto de fadas e a explicação de quem eles eram, nunca que derivavam de gorilas e que o chimpanzé era sua sequência já que vieram depois do homem. Mas de um pseudo Adão que migrou do Eden celestial e aportou em uma Terra com filhos machos e que os gnósticos inventaram o Set e uma filha, que não recordo o nome e uma mulher antes de Eva, mais radical que Adão abandonou ou foi abandonado(é tanta besteira que não vale a pena perder em detalhes) negando ser o primeiro homem já que homem não procria tendo outros que já viviam aqui, ou que se reproduziu com os gorilas da região. Quer dizer, a própria estória tem muitas contradição pela lógica, muito mais pela possibilidade de Maria ser auto fecundada por um anjo, já que ela só poderia ter uma mulher como prole como também outra contradição nascendo um homem. Seria mais ou menos que as frases do Lulla começadas com Nunca dantes nesse país…. a conclusão seria… se roubou tanto nesse país. Uma adendo sou religioso. Um abraço.

  39. Ciência e religião só convivem num mesmo cérebro quando a pessoa deliberadamente recusa acreditar em determinados pontos de uma dessas convicções. Ou seja, a pessoa tem que ser religiosa até quando a ciência não confronta a religião, ou tem que ser cética até o ponto em que a religião não confronta a ciência…. e isso pra mim tem nome: hipocrisia.

    1. Concordo com vc Joao Rafael. Ou se abacara uma e se desprezara a outra ou o discurso ficara hipocrita, porque vai chegar o momento das duas baterem de frente e ai como e que fica? A iniciativa do blog, entretanto , foi boa como provocacao.

  40. Parabéns pela coragem de tocar de forma tão aberta a questão Evolução e Religião.

    Eu não acredito na Macro-evolução, mas sei que existem muitos pontos ainda ocultos para entendermos totalmente. Por anos tentei entender melhor a teoria da evolução e pra mim, não passa de argumentos fundamentados em conclusões pessoais e muita filosofia. Embora, conclusões pessoas e filosofia sejam atrelados justamente a religião e a fé em deidade como sabemos.

    Vejo uma luta entre egos, os que não aceitam ser confrontados em seus “intelectos”. É como dizem, numa discussão, existem 3 verdades: a minha verdade, a sua verdade e a verdade.

    Em minha opinião, a evolução não é provada, é no mínimo coerente com alguns fatos oriundos de experimentos, achados, etc. Digo isto, baseado em muitas pesquisas e de tanta mentira envolvendo tais achados e métodos falhos na experimentação das argumentações e evidências.

    Para mim, a teoria da evolução não é mais do que uma opinião que se tornou tão grande e tomou proporções tão gigantescas que agora não se pode voltar atrás. Assim como no caso do cristianismo, que em algumas doutrinas, mesmo sabendo de suas interpretações e costumes contrários, ainda continuam a utilizar-se da opinião formada com medo de perder fiéis.

    Grande abraço.

  41. É tema envolto em batalha inclemente, com posições inóspitas que divergem e raramente convergem para pontos pacíficos. Meter-se nessas sendas é para poucos intelectos e apreciarei o desenrolar da rocambolesca toada. Criação divina, do pó para o pó, ou evolução humanoide? Ficarei atento aos próximos capítulos. Boa sorte Reinaldo.

  42. Sugiro a voces a leitura de Fenótipo Estendido e “Deus um Delírio”de Richard Dawkins o resto é ilusão e balela.

  43. Bem Reinaldo o que caminho que se propôs é bem longo e tortuoso. Aqui, com toda certeza, comentarão dois tipos de pessoas, três em alguns casos: os que aceitam os postulados da evolução, os que não aceitam e os que a aceitam, mas de um ponto de vista teísta ou deísta.
    Os primeiros, no qual me incluo, com pendores para o atéismo, que se limitam aos processos que a causam e aos materiais e disciplinas que a corroboram. Sem propósito ou finalidade.
    Os segundos que a rejeitam totalmente por discordar do literalismo biblico e dispensar um demiurgo.
    E raras exceções, os que a aceitam, desde que seja dirigida e manipulada por uma entidade sobrenatural. Talvez inclua-se ai os adeptos do DI, que gostam de usar o jargão científico e insinuam, apelando para a complexidade irredutível de Behe, uma força sobrenatural agindo sobre ela. Será dificil conciliar visões tão dispares, já que no meu entender não há nada que de suporte a uma intervenção sobrenatural, que inclusive foge à metodologia cientifica. Boa sorte.

  44. Reinaldo:

    Parabéns pela iniciativa. Tenho certeza que blog será um grande fórum.
    Acho que ainda temos muito que aprender sobre Teologia e Biologia, e tratar sobre o que une ambas é uma discussão fascinante.

    Gostaria de trazer um texto pequeno para colocar uma pouco mais de lenha na fogueira:

    “Na primeira edição da Origem das espécies, Darwin não menciona a expressão “teoria da evolução”, e não se refere também ao surgimento primitivo dos seres, chegando mesmo a dizer, que não pretendia “tratar da origem da vida” . Utiliza poucas vezes o verbo “evoluir”, e sempre que se refere à sua teoria, no livro, chama-a de “teoria da seleção natural”, ou “teoria da descendência com modificações” . E mesmo que a crença evolucionista já existisse antes dele, como escreve em sua autobiografia ; ou que a hipótese da origem espontânea da vida, como aprendemos na escola, tenha se incorporado mais tarde ao evolucionismo, e bem depois dele, o tempo, infelizmente, acabou fazendo com que as expressões “teoria da evolução”, “darwinismo” e “seleção natural” se tornassem como sinônimos da obra de Darwin”.

    Grande abraço.

  45. Gostaria que alguém me mostrasse um exemplo, apenas UM, que uma espécie evoluiu para outro ser diferente, com mudança nos planos corporais (macroevolução).

    1. Cícero, fácil, hein? Terópodes para aves. Hominídeos para humanos modernos. A lista é interminável.

      1. Lamento, mas segundo a ciência não há a menor ligação entre esses grupos:
        Gostam de citar o archaeopterix como um suposto transicional mas, o archaeopteryx não passa de uma ave terrestre parecida com avestruz com garras nas asas.
        O famoso ornitologista, Alan Feduccia, afirma que o Archaeopteryx é um pássaro, e nada de “elo”.
        “Os paleontologistas têm tentado transformar o Archaeopteryx num dinossauro com penas.” diz Feduccia . “Mas não é. É um pássaro, um pássaro empoleirado.E nenhuma quantidade de Paleobabble vai mudar isso”.Science 259(5096):764–65, 5 February 1993.

        E não há ligação entre os supostos hominídeos:
        Erectus e Lucy com grandes lacunas:
        “The earliest fossils of Homo, Homo rudolfensis and Homo erectus, are separated from Australopithecus (Lucy) by a large, unbridged gap. How can we explain this seeming saltation? Not having any fossils that can serve as missing links, we have to fall back on the time-honored method of historical science, the construction of a historical narrative.” http://www.evolutionnews.org/2009/04/texas_hold_em_part_ii_calling_1019221.html#more

        Na verdade, os hominídeos do passado mantinham relações sexuais entre si, erectus, habilis, neanderthals com evidente troca de genes. Logo, não há ancestrais dos seres humanos. Nós somos assim desde o início. Cfe. estudos indicam: http://www.pnas.org/content/early/2011/08/29/1109300108.

        Neandertais e Sapiens possuem DNA 99,99% IGUAIS!
        E muitos evolucionistas concordam que muitos destes hominídeos não passam de símios extintos.

        Abçs.

        1. Estou vendo que vou precisar de vários posts imensos para mostrar por que o que você está dizendo não se sustenta. Tenha paciência, por favor. Mas você não tinha nada mais atual para citar do que uma aspa do Feduccia — que ninguém mais leva a sério — de 1993?

          Outro detalhe, intercruzamento envolvendo espécies diferentes, inclusive com híbridos férteis, acontece o tempo todo nas espécies atuais.

          1. Prezado,

            Feduccia, é um ornitólogo de renome, fala abertamente em “Trends in Ecology and Evolution, 2003” sobre a incrível explosão no surgimento das aves. Ele também discute exemplos onde as predições evolutivas moleculares não correspondem com o registro fóssil.
            E onde ele foi excluído da comunidade científica? se é citado na Wiki.

            Além disso a estrutura dental do Archaeopteryx e de outras aves com dentes é bastante diferente dos dinossauros.
            Mas a fé naturalista dos crentes Darwinistas acredita que terópodes viraram colibris, pardais e andorinhas! e estes viraram águias e condores um dia!!
            Este estudo porém, diz que a pena e outras estruturas do Archaeopteryx é idêntica ao das aves modernas: sciencedaily.com/releases/2012 /01/120124113036.htm – “Winged Dinosaur Archaeopteryx Dressed for Flight”

            A crença naturalista no transformismo darwinista também aceita que um animal marinho transformou-se em terrestre, ou um não-mamífero virou mamífero. E que mamíferos terrestres viraram baleias! e que no início, o poderoso e sofisticado DNA criou-se a si mesmo! mesmo indo contra toda a lógica, razão e bom senso.

            Hibridação e especiação nada mais são que um remanejamento dos genes para novas situações ou ambientes; ou seja – ADAPTAÇÃO – mas adaptação de forma alguma seria evolução como insistem em afirmar, pois o ser não terá NOVAS estruturas, NOVAS funções, NOVO DNA transformando-se em NOVO SER diferente.
            Ou mestre-me algum caso de mudança na escala TAXONÔMICA com novos Gêneros, Famílias, Ordens formando um NOVO ser.

            As espécies continuam no mesmo Gênero ou Família na classificação. Tentilhões sempre foram tentilhões. Lagartos sempre foram lagartos, bactérias sempre foram bactérias…

    2. Pra vermos A virando B precisaríamos viver alguns milhões de anos, meu caro Cícero. É como pedir pra ver a deriva continental… Ou seja, só em timelapse.

      Mas existe um jeito simples, muito simples e rápido, basta comparar o desenvolvimento embrionário dos vertebrados e você enxergará alguns passos desse processo.

      O desenvolvimento embrionário mostra as provas da ligação ancestral dos grupos.

      Nos primeiros estágios, o embrião humano possui resquícios de fendas branquiais e até de uma cauda !

      O embrião do cavalo possui mais de um dedo em que, ao longo da gestação, alguns regridem restando apenas um dedo e seu casco (unha) respectivo.

      E vários exemplos suportados através dos fósseis. Entretanto, se fosse fácil dar o exemplo o termo “elo perdido” não faria sentido, justamente pelas falhas no registro fóssil. Ainda assim sua questão já foi respondida.

      Abraço.

      1. Ivan,
        Se vc se refere aos embriões de Haeckel, saiba que J. WELLS, biólogo molecular, afirma que ele exagerou fraudulentamente a evidência para a ancestralidade comum e que esses desenhos forjados ainda são reproduzidos em livros didáticos modernos de Biologia.

        Também o famoso paleontólogo, Steve GOULD menciona que tais desenhos há muito tempo têm sido reconhecidos como sendo exageradamente inexatos. Ele critica o uso amplo desses desenhos como prova da evolução.

        Abçs.

        1. Não Cícero, dei esses exemplos porque são os mais abordados e no que tange à essa discussão acho que já é uma das provas mais convincentes, com estudos mais atuais que deram sequência.
          http://embryology.med.unsw.edu.au/Medicine/BGDlabembryo_ref.htm

          Mas existem estudos com outras classes e ordens de vertebrados e ainda com estudo de genes hox, principalmente feitos com mosca da fruta (que é um invertebrado), tem mostrado a existência desse desenvolvimento corpóreo que segue um padrão compartilhado.

          Através da comparação, você observa que todos os seres vivos multicelulares compartilham os mesmos mecanismos fisiológicos para sobrevivência, claro que com as adaptações aos ambientes próprios… mas todos respiram, excretam, se reproduzem, são necessidades básicas que demonstram essa ligação. Uma das maiores, a meu ver, é a simetria bilateral, que encontramos a partir dos platelmintos e em fases larvais de outros grupos.

          É o compartilhamento desses padrões que demonstram a ancestralidade comum, e vc pode regredir no tempo até constatar que todos compartilham o mesmo mecanismo da vida, a estrutura do DNA com funcionamento e codificação iguais, baseado apenas em A, T, C e G.. que se estende para o RNA com a base U. É igual para todos, seja bactérias, fungos, plantas ou animais.

          Respeito sua posição e não sei qual sua formação, mas quem estuda tudo isso está diante de provas incontestáveis seguindo o raciocínio lógico, mas cabe à cada um decidir vedar os próprios olhos ou contemplar, ao menos por um instante, o que nossa capacidade permite elucidar sobre o mecanismo natural da vida, já que somos árbitros livres.
          Isso também é uma demonstração de humildade diante de quem quer que tenha planejado para que fosse assim.

          1. Me perdoem a minha ignorância, mas utilizar o compartilhamento de características comuns, para apoiar a teoria da evolução, me parece tão consistente quanto acreditar que os carros evoluem das motocicletas, e os caminhões, ônibus ou aviões descendem dos carros, porque todos eles compartilham de simetrias, sistemas elétricos, motores a combustão etc.!

          2. Jorge, sua analogia estaria correta se a semelhança fosse apenas na parte funcional. Acontece que a “sujeira” do genoma — cadáveres de vírus que se integraram ali, pseudogenes — velhos genes que não são mais funcionais — e muitas outras coisas também são compartilhadas. E aí? São duas coisas bem diferentes.

          3. Oi, Reinaldo. Prazersão falar com você. São diferentes, mas nem tanto, se entendemos que o fenótipo (as características funcionais) resulta do genoma. Quanto aos “velhos genes que não são mais funcionais” tenho minhas dúvidas, porque no pensamento evolucionista, se alguma coisa foi preservada é justamente porque tem utilidade, senão não teria sido preservada na transmissão de uma de uma geração a outra. Até onde eu sei, o genoma não envelhece, ao contrário dos seres (fenótipos) que envelhecem e morrem na dura tarefa de guardarem em segurança o genoma

          4. Oi Jorge, então, isso é uma certa caricatura do pensamento evolucionista. Nem tudo tem uma função. Características neutras podem simplesmente se perpetuar pelo acaso se o custo de mantê-las não for pesado para o organismo. E isso é especialmente verdade para o genoma — o custo de replicar um pedacinho de sequência de DNA é infimo para o organismo. Quando digo “velhos genes”, quero dizer velhos EVOLUTIVAMENTE. Quando se compara a sequência de nucleotídeos desses pseudogenes com genes “de verdade”, ainda funcionais, vê-se semelhanças que indicam fortemente que um dia eles foram funcionais, mas um “pau” na maquinaria do núcleo os inutilizou. Mesmo assim, continuam sendo replicados e, veja só, ocorrem do mesmo jeito em duas espécies diferentes. Difícil explicar isso sem recorrer à ideia de ascendência comum.

          5. Ivan,
            A tal “ancestralidade comum” e tudo que englobam as similaridades (órgãos, genética etc); não provam evolução alguma ou descendência de uma espécie vinculada a outra. A prova é o conceito de evolução convergente – espécies sem origem comum.
            E ainda, isso em nada desaprovaria o criacionismo/DI; sendo tal modelo plenamente aceitável por ele; já que um Criador em comum as criou com caracteristicas em comum para viverem em ambientes semelhantes – em comum.
            Em que ajuda o desenvolvimento natural do embrião humano em defesa da ancestralidade?
            É notório as inúmeras declarações de conceituados cientistas da área em expor as inconsistências dessa ancestralidade. Ex:

            “A maioria dos filos animais representados no registro fóssil aparecem primeiro, ‘plenamente formados,’ no Cambriano alguns 550 milhões de anos atrás. … O registro fóssil é, portanto, de nenhuma ajuda no que diz respeito à origem e à primeira diversificação dos diversos filos animais.”
            R.S.K. Barnes, P. Calow and P.J.W. Olive, The Invertebrates: A New Synthesis, pp. 9–10 (3rd ed., Blackwell Sci. Publications, 2001)

            Incongruências filogenéticas podem ser vistos por toda parte na árvore universal, desde sua origem até os ramos mais importantes dentro e entre as várias taxa até à composição dos grupos primários próprios.” (Woese C., The universal ancestor, Proceedings of the National Academy of Sciences USA, Vol. 95: 6854-6859).
            Woese, um renomado especialista na área declara que ele próprio não tem certeza de nada! (tradução livre google).
            “No entanto, o ancestral totipotente também falha: não pode explicar o modo de evolução do ancestral, ou seja, como ela se tornou tão milagrosamente complexo em um tempo tão curto”
            “Assim, ficamos com nenhuma imagem coerente e satisfatória do ancestral universal. É hora de questionar pressupostos subjacentes.”
            http://www.pnas.org/content/95/12/6854.long#sec-12

            Também o eminente biólogo molecular evolucionista Doolittle, W.F. afirma que no máximo são alegações, confusões e hipóteses. Nada comprovado.
            “Some biologists find these notions confusing and discouraging. It is as if we have failed at the task that Darwin set for us: delineating the unique structure of the tree of life…” – Uprooting the tree of life p. 97.
            E ainda…!
            “Molecular phylogenists will have failed to find the ‘true tree,’ not because their methods are inadequate or because they have chosen the wrong genes, but because the history of life cannot properly be represented as a tree.” Phylogenetic Classification and the Universal Tree, Science, Vol. 284:2124-2128.

            Até o famoso paleontólogo Stephen Gould diz que as espécies surgem de repente e completamente formadas, e funcionais (como vemos) e ainda:
            “A extrema raridade de formas transicionais persiste. As árvores evolutivas só tem dados nas pontas e nós de seus galhos; o resto é DEDUÇÃO, POR MAIS RAZOÁVEL que seja, NÃO evidência de fósseis” (Evolution’s erratic pace p.14)

            Sobre o DNA, me perdõe, mas só mesmo os crentes naturalistas darwinistas pra acreditarem que tal sistema de informação em código muitíssimo melhor que os nossos, ter surgido por forças cegas do acaso não dirigidas, não intencionais, não ordenadas, não pessoais, não inteligentes.
            Como o sistema de registro em código mais sofisticado do universo, agindo nas cópias (“letras” da fita trocadas, apagadas ou acrescentadas, duplicação de genes, inversão cromossómica, etc) geram os enormes volumes de informação de DNA nos sistemas biológicos? E segundo o Projeto Genoma o “lixo” genético não é considerado mais lixo, tudo tem função.

            Como é que tais acidentes aleatórios cegos não dirigidos, não inteligentes poderiam gerar 3 bilhões de letras de informação de modo a TRANSFORMAR um verme num infectologista?! As combinações não só constroem proteínas; mas também controlam o seu uso pela quantidade e posição das letras, sem admitir erros.
            Nada feito pelos seres humanos se aproxima desta notável eficiência biológica!

          6. Ok, Ivan. Você falou bem. Mas discordo de quase tudo, ou tudo, o que disse.

            Comento o seu post de 10/03/13, as 9:34h, depois, portanto, do comentário do Cícero (11/03/13; 11:08h), que já adiantou alguma coisa da minha exposição.

            Você disse que “considera mudanças durante a criação”. Mas o que eu disse foi que existiram mudanças DEPOIS que a obra da criação estava pronta.

            Que o relato da criação admite mudanças progressivas no cenário em formação, isso é explícito no texto. O que nem sempre atentamos são para as mudanças que vieram depois que a criação já havia sido finalizada, quando tudo estava “muito bom”, conforme diz o Criador no sexto dia (diferentemente do que vemos agora, na vigência da dor, da senilidade e da morte, quando nem tudo encontra-se “muito bom”).

            Dizer que os seres primitivos precisavam de água é uma coisa, e dizer que necessitavam do ciclo da chuva é outra. Como salientou o Cícero acima, o texto passa a ideia de que a movimentação das águas, naquela época, era diferente do que é hoje.

            E sobre isso gostaria de lembrar que os próprios evolucionistas admitem que muito provavelmente as condições da terra, no surgimento dos primeiros seres, eram diferentes das condições que operam atualmente na atmosfera.

            E isto é interessante: ao evolucionismo é permitido imaginar um ambiente atmosférico diferente no surgimento da vida, mas isso não pode ser admitido no relato bíblico porque “a narrativa bíblica é inexata e parece até não cronológica em alguns pontos, porque descrever o passo a passo não era o objetivo naquele momento e para as pessoas daquele tempo”.

            Não consigo entender poque a história descrita na bíblia seja “superficial”. Posso até entender que ela seja densa, compacta e extremamente curta. Diria que superficial é a maneira como temos lido e interpretado estes primeiros capítulos que tratam dos primórdios da criação.

            Não diria ser uma afirmação superficial, p. ex., quando lemos que “tanto o sistema ósseo quanto o sistema nervoso são constituídos de células”. Isto é uma verdade profunda, que demorou muito para chegarmos a ela. Se quisermos entender, entretanto, como um tecido de grande dureza – como o osso, pode ser comparado a um tecido sem nenhuma dureza, mas com uma eficiência elétrica inigualável – como são os neurônios, é preciso conhecer mais sobre o conceito “célula”. Ou seja, como dizer em poucas palavras, que coisas tão diferentes possam ser compostas pela mesma unidade formadora? Acredito ser isto o que nos tem faltado, com relação ao texto bíblico: entender melhor os conceitos ali iniciados. Assim, o desenvolvimento da história da criação não poderia ser lido de maneira literal, e muito menos mítica ou simbólica, mas conceitual, sem deixar de ser, acima de tudo, cronológica: ela existe e se desenvolve no tempo, e nela o próprio tempo é criado.

            Sobre não existir pecado em “acreditar que somos parentes dos outros seres”, é a própria Bíblia quem diz, em Romanos 8:22 e 23, que “a criação inteira geme e sofre as dores de parto até o presente. E não somente ela, mas também nós…” (Bíblia de Jerusalém).

            Ok, concordo que a Bíblia mostre uma sequência progressiva no surgimento dos seres na primeira semana. Mas isto não tem nada a ver com evolução, pois a teoria da evolução pressupõe, necessariamente, o papel fundamental da morte. Sem a morte não há como pensar em teoria da evolução, conforme ela nos tem sido ensinada. Diria até, que, biblicamente, vivemos uma involução, se considerarmos que a morte não existia e passou a existir, dentro de um cenário inicialmente paradisíaco.

            Quando você diz que “o homem representa a imagem e semelhança de Deus”, referindo-se ao homem de hoje, vale lembrar que em Gênesis 6: 5 se diz que “a maldade do homem era grande sobre a terra, e que era continuamente mal todo o desígnio de seu coração”.

            Ou seja, de alguma forma, a “imagem e semelhança” referidas no início da criação sofreu mudanças – na vigência da morte, ainda que se mantivessem no homem (macho e fêmea), até os dias de hoje, fragmentos dessa imagem e semelhança inaugurais.

            Finalmente você disse que “nisso a relatividade cabe”. Pelo que eu entendo, se tem uma coisa que a relatividade não cabe é justamente nisso. Quando disse relatividade, me referi a física de campos, conforme foi desenvolvida por Einstein. Pode ser até que haja um certo relativismo, que eu também não concordo.

            Parando por aqui, gostaria de citar um refrão, difícil de esquecer: “minha dor é perceber, que apesar de tudo, tudo, o que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais”.

            Abração

          7. Reinaldo: Peço desculpas por não ter me apresentado. Sou médico, cirurgião, e pós graduando em Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas ‘a Assistência de Saúde.

            Conheci o seu trabalho quando estava no G1, através da matéria ” Bíblia abriga duas versões contraditórias da criação do mundo”.

            Abração

          8. Cícero, nesses links acima, as imagens valem mais que qualquer palavra.

            Você tem que entender que o termo espécie teve vários conceitos e o mais usado agora é o biológico. Mas na verdade ele vale apenas pra classificarmos o que vemos numa determinada época, é um corte temporal das linhagens que não param de mudar. Se você considerar essa dinâmica, as espécies não existem.

            Você está certo em dizer que o genoma é único de cada espécie ou linhagem, da forma que entendemos a entidade “espécie” no conceito biológico entre seres que se reconhecem, intercruzam e têm descendentes férteis e formam uma população. É essa população que evolui. Ainda assim existe possibilidade de intercruzamento de espécies diferentes na natureza.

            Mas o que você pensa sobre o grupo dos mamíferos monotremados (ornitorrinco e equidina)? O ornitorrinco já teve parte senão todo seu genoma sequenciado e constataram a presença de genes compartilhados de aves, répteis e mamíferos, tudo em um só animal.

            Quero saber como você explica, especificamente, o caso do ornitorrinco. Sendo o genoma único, como pode existir esse compartilhamento de genes e características fenotípicas (bota ovo, têm bico inclusive com carúnculo pro filhote quebrar a casca, o filhote mama)?

        2. Não acredito que seja uma caricatura, mas um “anti-evolucionismo” mesmo: não faz sentido carregar por tanto tempo, em tantos seres, com tanto custo, um material que não tem serventia.

          Pode ser que ainda não tenhamos compreendido bem qual o papel deste material genético “atípico”.

          Entendo que, provavelmente, tenhamos um “genoma comum” a toda a vida, sem que isto implique necessariamente numa mesma ancestralidade, ou que só possa ter sido constituído pela via evolutiva.

          1. Então, o que acabo de ressaltar é que o custo é baixo. E, sobre carregar coisas sem utilidade por muito tempo, gostaria de mencionar a existência dos mamilos masculinos 😛 Abraço!

        3. É baixo para um organismo. A evolução agiria em multidões de populações, numa multidão de tempo, resultando num custo total que é desproporcionalmente maior.

          Sobre os mamilos masculinos, a ideia seria a mesma: evitar o mamilo poderia ser mais dispendioso do que preservá-lo anatomicamente na espécie (homem e mulher), pronto para se desenvolver funcionalmente apenas na mulher.

        4. Eu também vejo assim, mas desde o “Gene egoísta” de Richard Dawkins, me parece que a biologia tem entendido que vivemos em função do gene. Ou seja, não são os genes que existem para nos formar, mas, pelo contrário, os organismos existem para perpetuar o genoma…

        5. Nem sei se consigo desenraizar suas ideias que parecem crescidas em meio ao concreto, mas vamos lá.

          Opa, já achei uma incongruência no discurso: então a similaridade é produto de evolução convergente?
          É interessante que seus argumentos e citações baseiam-se no conhecimento adquirido justamente pelo estudo biológico evolucionista e você usa trechos convenientes ao discurso que você imagina. E ainda usa de forma deturpada porque os órgãos com suas funções respectivas e todos os sistemas (sensorial, locomotivo, reprodutivo, etc) não surgem por evolução convergente, sem a mínima chance disso. Leia mais sobre órgãos e estruturas análogas e homólogas. Isso é o que a embriologia mostra e sustenta a favor da ligação entre os grupos.

          As falhas no registro fóssil não são um demérito capaz de desmontar o conceito e a teoria evolutiva.
          Todas as fases onde se observam “explosões” de vida, como a do Cambriano, são subsequentes a extinções em massa, quando então a oferta de espaço e nichos permite essa expansão rápida, pra você ver o quão rápida pode ser a regeneração de um ecossistema dada a constância da evolução dos organismos, considerando pouco tempo na escala geológica. Sempre que ocorre uma extinção grande, o espaço deixado por eles é ocupado com competição e é o que favorece o surgimento das linhagens novas. Existe um erro de interpretação dos fatos em relação ao “surgimento” dos filos novos. O que foi preservado muito provavelmente representa um mínimo do que existia na época, e nada justifica acreditar que antes da diversificação, promovida pela extinção em massa, esses filos não estariam já evoluindo de forma gradual e não como o registro fóssil apresenta “de repente”.

          O nicho vago é um conceito ecológico observado, em parte, no lixo da sua casa. Se você acumulá-lo durante um tempo permitirá o surgimento de cepas novas de bactérias. Você quer evidência mais palpável do que a gripe? O mesmo vírus sofre mutações e todos os anos pessoas são pegas de surpresa pelas linhagens que o sistema imune não reconhece de imediato. Eleve esse tempo misturando pressão seletiva do meio e você obterá linhagens diferentes.

          Me explique como uma bactéria extremófila Bacillus infernus, que vive dentro da rocha a 3 km de profundidade, na ausência de luz e oxigênio e sob pressão e temperatura alta, comendo a rocha, pode ter chegado e sido planejada para aquele ambiente, qual a função dela ali? Ou então a famosa Thermus aquacticus, que habita fontes hidrotermais a temperaturas altíssimas, perto do ponto de ebulição da água. Com certeza elas não foram projetadas para o mesmo ambiente em que nós vivemos e ainda assim compartilham o mesmo mecanismo de DNA, inclusive a T. aquacticus fornece a enzima responsável pela replicação de amostras de TODOS os seres vivos nas pesquisas genéticas durante a PCR. Se raspar a sua pele e entregar pra essa enzima (da bactéria), ela consegue aumentar o número de cópias do seu DNA (do Cícero) pra fazer um teste de paternidade.

          Então, você percebe que não é uma similaridade simples, às vezes é igualdade.

          Da mesma forma os melanossomos das penas das aves atuais são os mesmos em estrutura dos dinossauros emplumados, e não estou citando o Archaeopteryx, mas sim os vários terópodes emplumados.
          http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u685865.shtml
          http://news.nationalgeographic.com/news/2010/01/100127-dinosaur-feathers-colors-nature/
          http://www.calacademy.org/exhibits/dinos/liaoning.php
          http://www.nhm.ac.uk/nature-online/life/dinosaurs-other-extinct-creatures/dino-directory/sinornithosaurus.html
          http://gwawinapterus.wordpress.com/2011/10/12/velociraptors-on-air-analysis-of-deinonychosaur-clades/

          Com certeza, concordo com você, qualquer tentativa de se chegar ao ancestral universal não passa de especulação, simplesmente porque não há registros, nosso planeta não se ocupou da função de registrar tudo, pelo contrário, os processos geológicos e as intempéries tendem a apagar e destruir. Somos privilegiados em poder achar e termos tecnologia pra desvendar o passado. É algo para ser comemorado e contemplado.

          O surgimento da codificação em DNA bem como seu autocontrole para a formação do primeiro ser vivo ainda não foi elucidado. Mas sobre o acaso, você já considerou que pode fazer parte do plano?
          Sem interferência, sem sobrenatural, mas apenas, quem sabe, algo já previsto e planejado assim?
          Aí já entramos no campo da fé. Mas que não deve ser necessariamente cega diante das evidências.

          Abraço.

          1. Corrigindo, a diversificação do Cambriano ocorreu sem que tenha tido um evento catastrófico aparente, mas o registro fóssil e disponibilidade de nicho atuaram da mesma forma como sempre.

          2. Ivan,
            A evolução convergente é aceita pelos evolucionistas e não pelos criacionistas. Mas o próprio conceito de evolução convergente quebra a idéia da ancestralidade comum.

            Estruturas análogas e homólogas estão presentes em todas as espécies. Mas similaridades tecnicamente não provam nada. Dizem que o homem e bananas tem mais de 50% de semelhanças genéticas! Se é assim, os olhos do homem são quase iguais aos polvos, o coração do homem muito semelhante ao dos porcos, a hemoglobina da lampreia, que é um peixe, é muito parecida com a humana. O mesmo se observa em relação à clorofila de plantas e à nossa hemoglobina. Ora, espécies que não deveriam mais apresentar semelhança protéica, devido à suposta distância evolutiva, as apresentam. Isso nos remete a um Criador em comum usando partes semelhantes em criaturas distintas.
            Pode-se usar as mesmas peças ou semelhantes pra construir carros, caminhões, onibus, tratores, porém com um Agente Externo Inteligente pra montá-los e diferenciá-los. Mas o que vale mesmo é o genoma específico e distinto para cada espécie, sendo intransferível, como mostram as pesquisas.

            “quão rápida pode ser a regeneração de um ecossistema dada a constância da evolução dos organismos,”

            Mas que constância?
            A diversidade de seres já aconteceu no tal período cambriano, sendo extraordinariamente moderno c/muitas espécies multicelulares sem antepassados transitórios e espantosamente similares às de hoje. Até seres vertebrados já existiam naquele período, como peixes, assim como seres complexos e completos.

            A explosão cambriana na verdade, é um embaraço para a fé darwinista. Os organismos já surgiram de forma complexa e não simples; como os polvos e moluscos em pleno cambriano com poderosos e sofisticados olhos tipo câmera e percepção extra-sensorial bem melhores que os nossos!… mas não somos considerados o top da “evolução”??? Na verdade, uma simples célula e seus processos e mecanismos altamente sofisticados e complexos comprovam um DI.

            “Temos que admitir que atualmente não existe nenhuma explicação darwiniana em torno da evolução de qualquer sistema bioquímico ou celular – apenas uma variedade de especulações esperançosas.
            (Harold, Franklin M. (Prof. Emeritus Biochemistry, Colorado State University) The way of the cell: molecules, organisms and the order of life, Oxford University Press, New York, 2001, p. 205.)

            Os vírus da gripe por seleção natural, se remanejam, se adaptam a novos ataques do homem, …mas sempres serão vírus, nada mais que vírus…

            As células extremófilas são próprias e desenhadas pelo Criador para tais ambientes hostis (Ele gosta de diversidade!). Mas quais as provas que elas evoluíram para outras formas comuns que vemos?

            E por que os animais mostrados em seus links não poderiam ser aves extintas? Qual o critério em achar que eram dinos? se possuíam traços cardinais que definem as aves: penas para voar, asas, pés próprios para aterrar e osso esternal.
            O fato de alguns dinos até poderem ter penas; não significa que iriam se transformar em colibris, pardais etc. Avestruzes também tem garras nas asas e nem por isso deixam de ser aves… ademais os terópodes tinham um pélvis parecido com o dos lagartos que era distinto da estrutura das aves.

            A ciência desmente o sequência dinos-para-aves:
            “a descoberta significa que é improvável que as aves descendem de qualquer dinossauros terópodes conhecidos.” -http://www.sciencedaily.com/releases/2009/06/090609092055.htm

            “você já considerou que pode fazer parte do plano? Sem interferência, sem sobrenatural, mas apenas, quem sabe, algo já previsto e planejado assim?”

            Certamente não somos obra do acaso e acidentes estocásticos. Se dependêssemos da acaso e sorte, jamais estaríamos aqui. Sim, somos parte de um Plano Planejado com Inteligência como bem demonstra a Escritura (Bíblia).
            Ou sua crença (fé) naturalista está em que LAMA de um ambiente estéril e hostil formou amebas e estas em milhões de anos viraram camelos e GENTE?!

            Abraço.

          3. Cícero, similaridades não provam nada?
            O que seria do casamento se as feições dos filhos não comprovassem a paternidade, hein? rs

            Sobre a radiação da vida complexa, ela não aconteceu de repente. Os fósseis das primeiras células datam de 3,5 bi de anos, ou seja, depois de +/- 1 bi que o planeta havia se formado. E pode ter sido antes disso porque o registro fóssil como vc sabe é falho. Essas células procariontes permaneceram assim por muito tempo, testemunharam períodos e eras conturbadas com erupções vulcânicas intensas que modificavam a atmosfera e sua composição química, períodos glaciais, bombardeamento intenso de asteroides. Muitas crateras na nossa companheira Lua são testemunhas desse período, porque na terra a erosão destruiu a maior parte desse registro.

            Enfim, a vida complexa teve espaço para evoluir somente mais tarde em um período relativamente mais calmo mas não livre dessas ameaças. Só depois que as células englobaram mitocôndrias aumentando consideravelmente a eficiência na obtenção de energia (teoria da endossimbiose) quando provavelmente já estavam organizadas e compartimentalizadas (eucariontes) e o aumento do nível do oxigênio na atmosfera, proporcionado pelas cianobactérias, favoreceu os seres que passaram a respirá-lo. Até então não existia O2, era tóxico. Essa evidência está nas formações de ferro bandado, quando começaram a se formar depósitos de ferro oxidado.

            Vemos que são passos graduais que permitiram a evolução em um contexto mutável, o território muda e a vida acompanha essa mudança contínua.

            Sobre a narrativa bíblica, sobretudo em Gênesis, acredito que muitas coisas não se pode ter uma interpretação ao pé da letra, mas em certos casos as ideias até se “casam”, como nessa passagem: do pó veio e ao pó voltará. Simples. Então sim, isso mesmo, o homem foi formado do pó, da lama. Ou em Gênesis não tem essa passagem mais?
            Porém, lá não explica o mecanismo usado pra se fabricar um homem ou qualquer outro ser vivo. 😉

            Uma das coisas que acho impossível ser interpretada literalmente é a passagem em que fala do surgimento do arco íris no céu, somente depois do dilúvio. Sendo que é um fenômeno físico resultado inexorável da decomposição da luz nas gotículas da nuvem. Então até aquele momento nunca teria chovido pra formar arco íris? Me parece mais fruto de uma explicação mística que era repassada entre os povos na tentativa de explicar os fenômenos naturais em uma fase infantil do conhecimento humano, da mesma forma que outras crenças pagãs faziam naquele período. Não é de se espantar que certas ideias estejam mescladas e com isso compromete-se muita coisa da história a partir daí.

            Finalizando, grande parte dos debates acirram-se desnecessariamente devido à interpretação de partes que, em suma, só estão escritas ali tentando explicar superficialmente e não esclarecem nada à luz do conhecimento atual, pois parece que nem têm esse propósito já naquela época. Ao passo que a metodologia científica requer evidências e raciocínio lógico objetivo, e tem cumprido bem a tarefa desde o renascimento. Hoje ninguém duvida que a Terra orbita o Sol, mas na mentalidade medieval isso era contestado e por religiosos que meteram o bedelho em um assunto que nem está tratado biblicamente.
            Prevejo o mesmo acontecer em breve com a questão da evolução dos seres vivos.

          4. Mais uma coisa Cícero, se os criacionistas acreditam que todas as espécies foram desenvolvidas e planejadas de forma fixa e sem mutabilidade – ou seja, se apregoam que elas apareceram de forma independente uma das outras – então qual a razão para acreditar, dentro desse cenário criacionista, que foram surgindo na sequência gradual comprovada pelo registro fóssil, que mostra claramente o aparecimento dos organismos com sistemas mais simples para os complexos?
            Por que não surgiram ao mesmo tempo já que, nesse discurso, o Criador “gosta de diversidade”, por que não criou todas ao mesmo tempo?

            Por mais que a montagem da árvore filogenética enfrente dificuldades determinadas pela falha do registro fóssil, mesmo uma criança é capaz de compreender que os grupos surgiram em épocas diferentes seguindo o curso da dinâmica do nosso planeta e obedecendo os limites que ela determina.

            Por exemplo, a vida animal complexa surgiu no mar e não foi possível esses seres aquáticos colonizarem a terra firme antes que houvesse esse nicho para ser ocupado, que foi preparado e estabelecido pelos vegetais (não é coincidência que estes formam a base da cadeia alimentar). Ao mesmo tempo em que os seres vivos só puderam se espalhar e diversificar devido a sua resposta fisiológica que apresenta capacidade de evolução (entenda-se mudança) pelas adaptações.

          5. Ivan:

            Você foi direto ao ponto: a questão da interpretação literal ou simbólica dos primeiros capítulos do Gênesis. O problema é que nem uma e nem outra forma de interpretar favorece o entendimento satisfatório das primeiras narrativas bíblicas.

            Temos trabalhado com uma outra forma de interpretar, lendo conceitualmente as narrativas (Cf. “Deus, um delírio: de Darwin ‘a loucura”, Ed. Allprint, 2011): os resultados podem ser melhores.

            As coisas estão mudando e o método de estudo científico tem sido de grande auxílio na interpretação desses conteúdos.

            Veja o que Einsten diz p. ex., em 1938 (“The Evolution of Physics):

            “A luta entre os pontos de vista de Ptolomeu e Copérnico, tão violenta nos primórdios da ciência, seria então [com a relatividade] bastante destituída de sentido. (…) As duas sentenças ‘o sol está em repouso e a terra se move’ ou ‘o sol se move e a terra está em repouso’ significariam simplesmente duas convenções concernentes a dois SC [sistemas coordenados] diferentes”.

            Mas aí temos um segundo problema: não sei o porquê, mas a teoria da relatividade não é ensinada em nossas escolas com a mesma ênfase que a física clássica, “bitolando-nos” na visão absolutista de Newton, o que tem limitado, em muito, o aprimoramento destas discussões, privando as mestes mais jovens de participar delas.

          6. Ivan:

            Estamos habituados a entender o episódio da criação conforme a interpretação criacionista, que sustenta, por exemplo, que o mundo fora criado da maneira como o conhecemos hoje (com a aparência de “velho”), o que não se sustenta pelo relato bíblico. E sua citação da chuva e do arco-íris pode mostrar isso.

            Em Gênesis 1 e 2 se diz exatamente que a chuva não fora criada na primeira semana (e por isso não havia também o arco-íris). O texto passa a idéia de uma atmosfera em transformação, desde que fora concluída a obra de criar -no sétimo dia, até o dilúvio – quando emerge o cenário que conhecemos hoje, com nuvens, chuva e arco-íris. Ou seja, a criação sofreu mudanças, que se iniciaram depois de terminada a obra de criar.

          7. Sim Jorge, o que está narrado considera mudanças durante a criação, mas pelo que sabemos a atmosfera se formou consecutivamente ao planeta em um cenário sem vida alguma, com chuvas já nesse período. O seres vivos só puderam surgir devido à constância e manutenção do ciclo da água. Nesse contexto os primeiros seres já dependiam da chuva. Por isso que se busca ambientes parecidos com a Terra pelo espaço, com água líquida.

            A narrativa bíblica é inexata e parece até não cronológica em alguns pontos, porque descrever o passo a passo não era o objetivo naquele momento e para as pessoas daquele tempo.

            Mas isso precisa ser deixado de lado no discurso, pois a bíblia não trata de narrar o mecanismo do surgimento da vida, nesse ponto a história descrita nela é superficial.

            Quem faz isso satisfatoriamente é a teoria da evolução e não existe pecado em acreditar que somos parentes dos outros seres, pois seguindo o próprio raciocínio da criação divina, também somos meras criaturas.

            Aliás, o ponto a favor da teoria da evolução, contido na própria bíblia, é que o ser humano aparece na história só depois das plantas e outros animais. Na bíblia já está prevista essa sequência!

            Se o homem representa a imagem e semelhança de Deus, nada impede de entendermos que é apenas a capacidade de compreensão, autoconhecimento e reconhecimento do outro que está sendo caracterizada.
            Nisso a relatividade cabe.

          8. Ivan,
            A paternidade apenas prova descendência dessa espécie. “Os descendentes de indivíduos de uma espécie pertencem SEMPRE a essa MESMA espécie.” (wikipédia).

            Sobre a origem da vida; o problema é acreditar que todos esses processos e mecanismos delicados e finos que vc mencionou terem surgido pelo acaso, regido por forças cegas, em inúmeras etapas que não admitiriam erros para as estruturas formadas.
            As condições pré-bióticas na terra primitiva eram extremamente hostis e estéreis. A radiação cósmica e do Sol, e mesmo o pouco oxigênio destruíriam as próprias substâncias geradas.

            “It is extremely improbable that proteins and nucleic acids, both of which are structurally complex, arose spontaneously in the same place at the same time. Yet it also seems impossible to have one without the other. And so, at first glance, one might have to conclude that life could never, in fact, have originated by chemical means.”
            Leslie E. Orgel, “The Origin of Life on Earth”, Scientific American, vol. 271p. 78.
            O evolucionista Paul Davies admitiu:
            Ninguém sabe como é que uma mistura de químicos sem vida espontaneamente se organizou de modo a gerar a primeira célula.
            (Davies, Paul, Australian Centre for Astrobiology, Sydney, New Scientist 179(2403):32, 2003

            Num simples site de biologia vê-se as suposições, alegações, conjecturas, incertezas sobre as eucariontes vindo das procariontes. Esta é a base do mito. http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/biocelulas.php

            É altamente provável que estas células tenham surgido por um processo de aperfeiçoamento contínuo das células procariontes.
            Não é possível avaliar com precisão quanto tempo a célula “primitiva” levou para sofrer aperfeiçoamentos na sua estrutura até originar o modelo que hoje se repete na imensa maioria das células, mas é provável que tenha demorado muitos milhões de anos. Acredita-se que a célula “primitiva” tivesse sido bem pequena e para que sua fisiologia estivesse melhor adequada à relação tamanho × funcionamento era necessário que crescesse.
            Acredita-se que a membrana da célula “primitiva” tenha emitido internamente prolongamentos ou invaginações da sua superfície, os quais se multiplicaram,…

            Porém, lá não explica o mecanismo usado pra se fabricar um homem ou qualquer outro ser vivo.

            Os elementos químicos do corpo humano são os mesmos encontrados na terra como diz a ciência, e também a Bíblia em Gn 2.7. A formação do homem assim como de todos os seres vivos certamente implica uma Intervenção Divina na matéria, sendo a criação um ato instântaneo Sobrenatural.

            Sim, não havia chovido ainda. Na atmosfera pré-diluviana havia uma proteção atmosférica, “um vapor, porém, subia da terra, e regava toda a face da terra”. Gn 2, sendo bem diferente de hoje as condições climáticas.

            Ao passo que a metodologia científica requer evidências e raciocínio lógico objetivo, e tem cumprido bem a tarefa desde o renascimento.

            Concordo, pois desde 1859 a mitologia transformista darwinista tem manchado a ciência sem nenhuma prova e evidência empírica, heurística que corrobore no contexto da justificação teórica científica conforme vários cientistas atestam:
            “O neodarwinismo está morto”.
            Eric Davidson – geneticista – autor de livro didático: California Institute of Technology-2000.

            “A evolução acabou de receber o seu golpe mortal. Após ler o livro Origins of Life [Origem da Vida] com a minha formação em química e física, é claro que a evolução [biológica] não poderia ter ocorrido”.
            Richard Smalley, Ph.D., prêmio Nobel em Química de 1996.

            então qual a razão para acreditar, dentro desse cenário criacionista, que foram surgindo na sequência gradual comprovada pelo registro fóssil, que mostra claramente o aparecimento dos organismos com sistemas mais simples para os complexos?

            Mostra claramente? onde?
            Como explicar que vários fósseis atravessam diferentes camadas sedimentares tendo seres mais complexos embaixo e menos complexos em todas as camadas?

            E o que fazem 20 mil fósseis JUNTOS de vários tipos, numa montanha da China? eles encontram-se excepcionalmente bem preservados e mais da metade intactos com tecidos moles preservados (logo, não poderiam ter milhões de anos!). E há um talatossauro e um ictiossauro, veja:
            http://www.livescience.com/9187-cache-chinese-mountain-reveals-20-000-prehistoric-fossils.html

            E o que dizer das árvores e florestas inteiras soterradas na vertical, cortando varias camadas geológicas! (chamados de fósseis poliestráticos):
            http://www.earthage.org/polystrate/Fossil_Trees_of_Nova_Scotia.htm

            Na verdade, as crianças são enganadas desde o colegial sobre o mito evolucionista. Este site mostra bem as maluquices fantasiosas da tal ancestralidade comum:
            http://darwins-god.blogspot.com.br/2011/02/this-just-in-plants-have.html.

            Os processos de como animais aquaticos viraram terrestres e de como lobos viraram baleias! são totalmente desconhecidos com o agravante da ausência total de fósseis transitórios dessas macromudanças, assim como dinos virarem pássaros! É apenas a CRENÇA na fé darwinista que insiste nesta ideologia falaciosa.
            Ou como o poderoso e sofisticado cérebro humano atual (sapiens) surgiu em apenas milhares de anos!

          9. Oi Cícero, apesar de discordarmos quanto à interferência sobrenatural no processo de evolução, também não vislumbro algo que exista sem um propósito, mas essa ideia abrange a existência de todo o universo desde sua origem.

            Sendo o Criador onipotente, imagino que já tenha feito o tudo com todo seu mecanismo pré determinado, desde a interação da matéria até o papel do acaso na evolução da vida. Acredito que o Criador não faria algo e depois tivesse que ficar interferindo na sua criação, como se trabalhasse por tentativa e erro. Por isso, é muito provável que a vida seja algo comum no universo e passível dos mesmos processos que ocorrem na Terra. Se existem estrelas e planetas organizados em sistemas semelhantes (praticamente iguais), compostos dos mesmos elementos químicos e que apresentam o mesmo comportamento sob as mesmas condições, e se a vida faz parte disso e é o que a sustenta, então ela está presente em várias partes do cosmo, podendo também existir seres inusitados além do que conhecemos, basta olharmos nos ambientes extremos aqui da Terra e constatamos como os seres podem adaptar-se e evoluir em lugares aparentemente inabitáveis.

            Sobre a origem da vida; o problema é acreditar que todos esses processos e mecanismos delicados e finos que vc mencionou terem surgido pelo acaso, regido por forças cegas, em inúmeras etapas que não admitiriam erros para as estruturas formadas.

            Não,o problema é que não temos noção de tempo geológico e por isso tendemos a imaginar que o mecanismo da vida, tão complexo, surgiu pronto e ajustado finamente. Saiba que o DNA que conhecemos hoje pode não ser o mesmo de quando surgiu, ou seja, ele mesmo pode ter sofrido evolução até se estabelecer. Além da hipótese do RNA ter surgido primeiro, pois reúne várias características que o DNA não possui, também existe a possibilidade de que, no início, cadeias de aminoácidos desempenharam a função estrutural do fosfato e do açúcar, não precisando de enzimas autorreguladoras devido as suas ligações mais fracas. Então as enzimas teriam surgido depois com o conjunto (RNA + enzimas + DNA) estando sob seleção. Essa é outra questão muito mais complexa e com estudos incipientes, mas que faz todo o sentido com a premissa de algo simples tornando-se complexo. E você pergunta: mas seria possível algo existir sem sistema autorregulador? Os vírus estão aí, talvez sejam remanescentes desse período.

            O acaso é o responsável pelas mutações e seu efeito é aleatório, mas a seleção feita pela autorregulação da célula e pelo meio ambiente não é aleatória. Então, depois de estabelecido esse padrão, o resultado produzido não é cego e dessa forma que se evita erros. Entretanto, o sistema não está a salvo dos problemas que ocorrem em vários pontos no desenvolvimento de um organismo. Observamos o acaso atuar com a mesma aleatoriedade (que vc teima em duvidar) produzindo doenças genéticas e hereditárias, erros cromossômicos, malformações congênitas… enfim, uma cartela de possibilidades que ocorrem naturalmente e que o meio seleciona. Os humanos são os únicos que podem tentar driblar a seleção do meio, por isso ultrapassamos a marca dos 7 bilhões. Mas nem sempre foi assim. As síndromes foram encaradas como maus presságios e muitas crianças foram mortas por apresentarem tais problemas, os relatos são da Grécia antiga e dos índios primitivos. Alguns chegaram ao ponto de matar um dos gêmeos pois não aceitavam que uma alma pudesse pertencer a dois corpos. Imagine o que fariam no caso de um corpo c/ 2 cabeças: http://www.youtube.com/watch?v=mEuU-s3bIvk , e tem casos mais graves.
            Em certa religião ainda é visto como um presente dos deuses como reencarnação daquele deus cheio de membros.

            Não se apoie na ideia que isso é resultado do pecado original porque observamos em praticamente todo o reino animal, mais em anfíbios, répteis e mamíferos (vacas, cavalos…), todos estão sujeitos às mutações e tais erros. O sistema não tem 100% de perfeição. Temos que encarar os fatos sem o viés da interpretação que outros fizeram conforme crenças antiquadas e sem base para afirmações coerentes. Hoje temos esses exemplos palpáveis e isso desfaz as incongruências entre o que idealizaram e o que é real.

            As condições pré-bióticas na terra primitiva eram extremamente hostis e estéreis. A radiação cósmica e do Sol, e mesmo o pouco oxigênio destruiriam as próprias substâncias geradas.

            Você esqueceu que nosso planeta obteve, depois do processo da sua formação, todas as condições favoráveis à vida, uma das principais é o campo eletromagnético que protege de tudo isso que citou. Apesar disso, são os fatores conturbadores desse sistema que acabam interferindo e podem mudar a direção da evolução.
            Marte e Vênus, apesar de estarem próximos e em algum momento terem sido todos parecidos, até com água líquida, são peculiares e seguiram outros caminhos.

            Num simples site de biologia vê-se as suposições, alegações, conjecturas, incertezas sobre as eucariontes vindo das procariontes. Esta é a base do mito.

            Por favor, não podemos nos basear em sites simplistas que podem conter erros por tentarem simplificar um assunto tão complexo, ainda mais no território da internet.

            … sendo a criação um ato instântaneo Sobrenatural.

            Tão instantâneo que levou alguns “dias” e Deus ficou cansado.

            Sim, não havia chovido ainda. Na atmosfera pré-diluviana havia uma proteção atmosférica, “um vapor, porém, subia da terra, e regava toda a face da terra”. Gn 2, sendo bem diferente de hoje as condições climáticas.

            Então não existiam cursos d’água e tudo o que o ciclo da água produz: erosão, nascentes, rios, lagos, água para lavoura, pra animais beberem, as plantas acumulavam poeira nas folhas… Parece muito harmonioso.

            com a minha formação em química e física, é claro que a evolução [biológica] não poderia ter ocorrido”.
            Richard Smalley, Ph.D., prêmio Nobel em Química de 1996

            Com certeza o Nobel não foi por essa afirmação. Mas parabéns pra ele, que só entende de química.

            Como explicar que vários fósseis atravessam diferentes camadas sedimentares tendo seres mais complexos embaixo e menos complexos em todas as camadas?

            A complexidade não é o objetivo da evolução, aliás, sabemos que não é direcionada. Se fosse influenciada por algo sobrenatural, então por que interromper linhagens provocando extinções em massa? Organismos complexos já existiam no passado remoto desde a explosão cambriana, mas se limitaram ao ambiente marinho. E tudo isso é relativo conforme a adaptação: répteis, aves e mamíferos não respiram na água, porém o peixe o faz e muito bem – qual é o mais complexo? A seleção natural não estabelece que o grau de complexidade dos organismos seja o objetivo a ser alcançado (um ápice), como se existisse uma corrida nessa direção. A complexidade das interações e interdependência dos seres vivos necessita que existam seres biologicamente mais simples que, entretanto, desempenham funções essenciais para manutenção de ecossistemas. Assim, sempre existirão fósseis deles contemporâneos aos de seres “complexos”.

            E o que dizer das árvores e florestas inteiras soterradas na vertical, cortando varias camadas geológicas! (chamados de fósseis poliestráticos)

            Já ouviu falar de tempestades de areia que cobrem florestas inteiras? Há pouco tempo acharam um caso semelhante na Turquia, vários troncos de ciprestes com 8 milhões de anos, que estavam em pé e desintegrando devido às condições que não permitiram sua fossilização sob areia pura. Muitas excepcionalidades acontecem.

            …ausência total de fósseis transitórios dessas macromudanças, assim como dinos virarem pássaros! É apenas a CRENÇA na fé darwinista que insiste nesta ideologia falaciosa.

            O lance da transitoriedade é relativo à escala que você usa. Imagine comparar duas fotos da mesma pessoa, uma de quando era bebê e outra aos 80 anos. Como explicar que são a mesma pessoa se não tiver fotos transitórias? Por isso o registro fóssil não nos ajuda na maioria dos casos, pois faltam as fotos intermediárias.
            Mas as evidências vivas que ocorrem ininterruptamente, como revelam a embriologia e genética, são os indicativos mais fortes da ligação entre as espécies, são provas definitivas pra quem as percebem.

            como o poderoso e sofisticado cérebro humano atual (sapiens) surgiu em apenas milhares de anos!

            Não foram em apenas milhares de anos se você considerar todo o potencial acumulado até então. O gatilho sim, ocorreu de forma relativamente rápida, que foi o domínio de ferramentas e do fogo, que permitiu a absorção dos nutrientes dos alimentos cozidos de forma mais eficiente. Isso favoreceu a tendência, já instalada e atuante, do aumento contínuo do córtex cerebral, o que influenciou tudo a partir daí: linguagem e comportamento (sociabilidade, guerra, cultura, religião).

          10. Caro Ivan,
            também não vislumbro algo que exista sem um propósito, mas essa ideia abrange a existência de todo o universo desde sua origem.

            Exato. Os fortes princípios antrópicos, com as mais de 100 constantes físicas em harmonia exigem uma Causa Inteligente pra sua origem, pois do nada/acaso não advém nada, pois nem existe…

            Por isso, é muito provável que a vida seja algo comum no universo e passível dos mesmos processos que ocorrem na Terra…

            OK! dizem que há mais planetas no Universo do que todos os grãos de areia de todas as praias da Terra. Então pergunto: será possível achar um grão de açúcar nesses grãos de areia sem um Agente Externo Intencional Inteligente?

            Além da hipótese do RNA ter surgido primeiro, pois reúne várias características que o DNA não possui, também existe a possibilidade de que, no início, cadeias de aminoácidos desempenharam a função estrutural do fosfato e do açúcar, não precisando de enzimas autorreguladoras devido as suas ligações mais fracas…

            O pilar da abiogênese por geração espontânea, é uma hipótese ACIENTÍFICA, pois fere a LEI Científica da Biogênesis.
            Já foram feitas experiências nesse sentido e todas fracassaram; nenhuma célula foi gerada. E como incluir o RNA dentro da 1ª célula viva.
            Isso exigiria outra série totalmente distinta de condições e sem erros! E qual mecanismo seria capaz de captar energia para fazer todo esse trabalho de selecionar aminoácidos e determinar qual deles construirá cada gene da célula?

            Supondo que haveria energia; os únicos sistemas que podem captar energia para fazer esse trabalho são ou vivos ou inteligentes.
            Um aminoácido não passa de um componente químico, contudo, não está vivo. Falta o ingrediente completo e principal – o DNA – que requer organização e informação inteligente especificada. Lembrando ainda; que elementos químicos não tem vida em si mesmos. São amorais, impessoais, irracionais, incogniscíveis, sem intenção e direção.

            Ainda assim, digamos que por um incrível milagre fosse produzido uma célula que é uma verdadeira mega-cidade altamente organizada e complexa.
            Como este organismo ou alguns deles, se reproduziriam e sobreviveriam só; visto que na natureza as espécies se interagem entre si pra sobrevivência.

            Não se apoie na ideia que isso é resultado do pecado original porque observamos em praticamente todo o reino animal, mais em anfíbios, répteis e mamíferos (vacas, cavalos…), todos estão sujeitos às mutações e tais erros. O sistema não tem 100% de perfeição…

            Não descarto a Queda do homem e todas as consequências nocivas ao reino animal que produziram. A entropia genética é um fato, aliado as inúmeras poluições e contaminações diversas do homem ao meio ambiente. Porém, ainda assim, o Criador dotou os seres com um poderoso mecanismo reparador genético, manifestado na seleção natural em ADAPTAR/AJUSTAR os seres a novas situações.

            Você esqueceu que nosso planeta obteve, depois do processo da sua formação, todas as condições favoráveis à vida, uma das principais é o campo eletromagnético que protege de tudo isso que citou. Apesar disso, são os fatores conturbadores desse sistema que acabam interferindo e podem mudar a direção da evolução.

            A formação desse campo no passado é incerta visto seu decaimento estar rápido demais e seu comportamenteo é complexo. E por que será que justamente na Terra esse campo magnético é finamente ajustado pra propiciar a vida complexa, diversificada e abundante com elementos pesados? se os outros três planetas próximos do sol também são sólidos, mas sem o menor sinal de vida?

            Por favor, não podemos nos basear em sites simplistas que podem conter erros por tentarem simplificar um assunto tão complexo, ainda mais no território da internet.
            Mas é o que ensinam nas escolas não é? sem nenhuma comprovação empírica factual. Isso é ciência – ou pura especulação?

            Tão instantâneo que levou alguns “dias” e Deus ficou cansado.

            Instantâneo para CADA dia. E alguns dias é bem diferente dos supostos 13,7 bilhões de anos. O “cansaço” é linguagem antropomórfica para ensino didático sobre a necessidade do descanso ao homem.

            Então não existiam cursos d’água e tudo o que o ciclo da água produz: erosão, nascentes, rios, lagos, água para lavoura, pra animais beberem, as plantas acumulavam poeira nas folhas… Parece muito harmonioso.

            Para haver isso; não é necessário haver chuva.

            então por que interromper linhagens provocando extinções em massa?

            Extinções sempre ocorreram; inclusive hoje temos isso.

            Organismos complexos já existiam no passado remoto desde a explosão cambriana, mas se limitaram ao ambiente marinho. E tudo isso é relativo conforme a adaptação: répteis, aves e mamíferos não respiram na água, porém o peixe o faz e muito bem – qual é o mais complexo?

            O problema é como explicar e evidenciar e provar (de preferencia c/fósseis) que tais seres marinhos; por alguma razão e intenção! de repente resolveram ir pra Terra. Os peixes disseram: “bem rapazes, vamos explorar a terra agora!” e aí viraram tetrápodes! com profundas mudanças estruturais morfológicas a OUTRO meio DIFERENTE!
            contrariando toda a Lei Natural da descendência da espécie. Poderias dizer – mutações – mas sabemos que mutações são degenerativas; e a estabilização dos genes impediriam macromutações.

            Me desculpe, mas somente a fé gigante irracional e ilógica dos crentes darwinistas pra crer que peixes virem camelos, elefantes e humanos um dia!

            Já ouviu falar de tempestades de areia que cobrem florestas inteiras? Há pouco tempo acharam um caso semelhante na Turquia, vários troncos de ciprestes com 8 milhões de anos

            Na verdade, tais árvores evidenciam uma grande inundação – Dilúvio – sendo as camadas geológicas formadas por catastrofismo pois são regulares e planas. Se tivessem milhões de anos de formação, mostrariam sinais de intemperismo, falhas, erosões, contaminações, infiltrações devido ao tempo de exposição.
            http://www.earthage.org/polystrate/Fossil_Trees_of_Nova_Scotia.htm

            Por isso o registro fóssil não nos ajuda na maioria dos casos, pois faltam as fotos intermediárias.
            Mas as evidências vivas que ocorrem ininterruptamente, como revelam a embriologia e genética, são os indicativos mais fortes da ligação entre as espécies,…

            Se a evolução fosse lenta, gradual, cumulativa como pregam, então justamente, deveriam haver trilhões de fósseis em transição; mas só vemos fósseis inteiros, completos e funcionais sem estruturas em formação/desenvolvimento pra geração de novos seres.

            A embriologia é bem diferente; (exceto os embriões de Hackel fraudados!). O código genético é específico e intransferível pra cada espécie como mostra o Projeto Genoma. Há estudos que mostram que entre humanos e chimpanzés a semelhança genética seria menor que 70%! devido ao “lixo” ainda em estudo. E mesmo que fosse 1% seria relevante.
            Se eu tomar um copo de leite com 1% de estricnina será letal. Se a Terra fosse 1% mais longe ou perto do Sol, nem existiríamos!

            Isso favoreceu a tendência, já instalada e atuante, do aumento contínuo do córtex cerebral, o que influenciou tudo a partir daí: linguagem e comportamento (sociabilidade, guerra, cultura, religião).

            Interessante o que diz Bill Bryson, jornalista evolucionista, em Mother Tongue, diz sobre a origem das línguas:
            “Um dos grandes mistérios da pré-história está relacionado com o fato de pessoas de lugares muito afastados terem desenvolvido subita e espontaneamente, praticamente ao mesmo tempo, a capacidade da linguagem. Foi como se as pessoas transportassem nas suas cabeças um alarme genético que, subitamente, despertou em todo o mundo e fez com que diferentes grupos espalhados em todos os continentes criassem línguas.”

            Como explicar então, que o homo sapiens vivendo há cerca de 200.000 anos, ficou só caçando, pintando e dormindo esse tempo todo? e só há cerca de 5.000 anos criaram cidades, monumentos, estruturas socias e ordens complexas e línguas diversas ao mesmo tempo e em lugares diferentes? o evento de Babel me parece óbvio e natural.

          11. Cícero, nesses links acima, as imagens valem mais que qualquer palavra.

            Você tem que entender que o termo espécie teve vários conceitos e o mais usado agora é o biológico. Mas na verdade ele vale apenas pra classificarmos o que vemos numa determinada época, é um corte temporal das linhagens que não param de mudar. Se você considerar essa dinâmica, as espécies não existem.

            Você está certo em dizer que o genoma é único de cada espécie ou linhagem, da forma que entendemos a entidade “espécie” no conceito biológico entre seres que se reconhecem, intercruzam e têm descendentes férteis e formam uma população. É essa população que evolui. Ainda assim existe possibilidade de intercruzamento de espécies diferentes na natureza.

            Mas o que você pensa sobre o grupo dos mamíferos monotremados (ornitorrinco e equidina)? O ornitorrinco já teve parte senão todo seu genoma sequenciado e constataram a presença de genes compartilhados de aves, répteis e mamíferos, tudo em um só animal.

            Quero saber como você explica, especificamente, o caso do ornitorrinco. Sendo o genoma único, como pode existir esse compartilhamento de genes e características fenotípicas (bota ovo, têm bico inclusive com carúnculo pro filhote quebrar a casca, o filhote mama)?

          12. Ivan,
            Os casos de cauda em humanos, são anomalias genéticas. É notório que a entropia genética está atuando desde o primórdio da humanidade quando da Queda do homem em desobedecer a Deus, e mais tarde começou a poluir e contaminar o mundo causando toda espécie de males, inclusive genéticos.

            Ainda assim existe possibilidade de intercruzamento de espécies diferentes na natureza.

            Ainda que fosse possível em alguns casos; não haveria evolução. Note que o cruzamento entre cavalo e o jumento gera um animail estéril – mula/burro – sendo do mesmo Gênero Equus.

            O ornitorrinco é um animal fascinante. Mas o que os crentes darwinistas não conseguem explicar é:
            Como é que este animal evoluiu? Quais e Quantas mutações foram precisas para o ornitorrinco acabar com este formato esquisito? Como é que elas aconteceram? (sabendo que macromutações não vemos e seriam degenerativas) Onde estão os fósseis transitórios? Por que é que partilha características genéticas com aves, répteis e mamíferos?

          13. Sim, anomalia genética. Se vc acessou e leu os links entendeu direitinho o que ocorre. No início da gestação o natural é que a cauda seja consumida pelo próprio organismo, assim como a cauda do girino no processo de virar sapo. Ela se desenvolve em todos os vertebrados porque é o padrão ancestral, assim como temos quatro membros e cinco dedos, desde a conquista do ambiente terrestre.

            Mas você tem que ler mais sobre como funciona a especiação em textos sérios, os conceitos e fatos que corroboram toda a teoria e entender que não é baseada só em fósseis mas tem exemplos vivos bem monitorados. Por exemplo, as espécies em anel, onde os indivíduos de uma população depois de um tempo separados passam a não se reconhecer e formam linhagens distintas.. até o ponto de acumularem tantas mudanças que seu cruzamento leva a híbridos inviáveis ou inférteis, o que caracteriza um tipo de bloqueio da procriação perpetuada e pode levar à especiação. A incompatibilidade é resultado dessa separação de linhagens e acúmulo de alterações no organismo, com base na genética e seleção do meio.

            No caso dos híbridos, ainda assim nasce um indivíduo saudável, em termos (cavalo x zebra, leão x tigre, lobo x cachorro, camelo x lhama…) Nesses casos é claro que só poderia nascer um animal da mesma família ou gênero.

            A teoria da evolução não diz que é o cruzamento entre espécies que geram outros tipos, ainda bem que vc reconhece isso.
            Os tipos novos são derivados de um ancestral comum e depois que já estão separados não podem mais se relacionar.

            E, sim, mutações na maior parte das vezes têm efeito negativo, um exemplo disso é que nós humanos e todos os primatas perdemos uma enzima durante a evolução e não sintetizamos a vitamina C, precisamos ingeri-la.

            Mas a teoria diz que é o acúmulo de mutações vantajosas que produzem alterações fisiológicas e morfológicas e o meio ambiente seleciona os adaptados, não é um processo cego porque só os adaptados permanecem, ou seja, a seleção natural estabelece o limite e controla. Entretanto, ela não é uma entidade, é só um mecanismo.

            O ornitorrinco é muito bem compreendido dentro da evolução, é descendente dos primeiros seres que estavam no processo de transição para mamíferos, tanto é que não têm placenta. Não foram mutações que produziram esse animal, mas sim a manutenção de características do mesmo ancestral dos outros grupos, é uma ramo daquela época que não foi cortado.
            E se ele existisse apenas em registro fóssil, nunca saberíamos que ele bota ovo e produz leite.

          14. Ivan,
            Ela se desenvolve em todos os vertebrados porque é o padrão ancestral, assim como temos quatro membros e cinco dedos, desde a conquista do ambiente terrestre.
            O tal padrão ancestral é pura conjectura, suposição, dedução sem nenhuma evidência empírica científica como mostram outros estudos:

            “Darwin afirmou que um padrão único inclusivamente hierárquico de relações entre todos os organismos baseado nas suas semelhanças e diferenças [a Árvore da Vida] era um fato da natureza, para o qual a evolução, e em particular o processo de ramificação de descendência com modificação era a explicação. Todavia, não há nenhuma evidência independente de que a ordem natural seja uma hierarquia inclusiva, e a incorporação dos procariotos na Árvore da Vida é especialmente problemática. As únicas séries de dados das quais nós podemos construir uma hierarquia universal incluindo os procariotos, as seqüências dos genes, freqüentemente discordam e raramente podem provar concordância. A estrutura hierárquica pode sempre ser imposta ou extraída de tais séries de dados por algoritmos planejados para assim fazerem, mas na sua base a Árvore da Vida universal repousa numa pressuposição não provada sobre o padrão que, dado o que nós sabemos sobre o processo, é improvável que seja amplamente verdade…”
            http://www.pnas.org/content/104/7/2043.abstract

            E a tal “conquista” do ambiente terrestre é mais utópica ainda, restrita ao campo filosófico, imaginativo dos crentes naturalistas. Ciência e fantasia Harry Potter não se misturam.

            as espécies em anel, onde os indivíduos de uma população depois de um tempo separados passam a não se reconhecer e formam linhagens distintas…

            Não nego especiações e hibridações como já vi em pássaros, rãs e lagartos. Porém, tais mecanismos ADAPTATIVOS, não geram NOVOS seres, com NOVAS estruturas morfológicas com NOVAS funções com NOVOS DNAs (macroevolução). Note que as espécies nem mudam de Gênero na escala taxonômica.

            um exemplo disso é que nós humanos e todos os primatas perdemos uma enzima durante a evolução e não sintetizamos a vitamina C,

            Como assim, não entendi. Então nosso corpo não absorve das frutas e vegetais esta vitamina que comemos?

            Mas a teoria diz que é o acúmulo de mutações vantajosas que produzem alterações fisiológicas e morfológicas

            Mostre-me alguma mutação benéfica que produza macroevolução.
            Pelo contrário, as mutações não criam nada novo e só destrói o que já existe. São nada mais e nada menos que erros genéticos. As mutações são responsáveis por mais de 1200 doenças existente hoje, segundo estudos.

            LIFE, Enciclopédia Britânica, 2002 diz:
            “A maioria das mutações, entretanto, acabam sendo eliminativas e frequentemente levam a algum enfraquecimento ou à morte do organismo [perca de informação]. Para ilustrar, é improvável que alguém possa melhorar o funcionamento de um relógio bem feito ao jogá-lo do alto de um edifício. O relógio pode até funcionar melhor, mas é muito improvável. Organismos são muito mais complexos do que o mais avançado relógio e qualquer mudança aleatória tem muito maior probabilidade de ser eliminativa.”

            O ornitorrinco é muito bem compreendido dentro da evolução,…

            E quais animais transitórios se tornaram mamíferos? que linhagem originou este animal vindo de aves, mamiferos e répteis? Por que não vemos outros seres mantendo as mesmas características do mesmo “ancestral” dos outros grupos? se isso é vantagem?
            Na verdade é um animal peculiar; tipo mosaico; assim como o archaeoptérix.
            Quanto a idade dele; há grandes divergências, em relação a rápida “evolução” de outros mamíferos, colocando ele junto aos dinossauros!
            http://www.pnas.org/content/105/4/1238.abstract
            http://www.nature.com/news/2008/080121/full/news.2008.517.html

          15. Cícero, percebo cada vez mais que quem não aceita a teoria da evolução é porque não a entendeu ainda e também não procura entendê-la da forma correta. Faltam conhecimentos básicos e todas as pessoas que são contra as ideias, se estudassem biologia a sério, abstraindo conceitos prévios, a aceitariam numa boa. Quem não vê a relação de parentesco evolutivo pelo compartilhamento de padrões não está querendo perceber o óbvio.

            Até agora você argumentou com trechos baseados em pontos delicados (falha do registro fóssil, erros em datações, etc..), coisas problemáticas para os próprios cientistas.

            Lamento, mas esse trabalho que vc indicou (http://www.pnas.org/content/104/7/2043.abstract) só propõe outro método pra entendimento da evolução além daquele que unifica todos os seres em padrão de árvore (previsto pelo mecanismo de descendência por modificações). Ele supõe que esse processo pode não ser o único que explica a evolução e propõe um “padrão pluralista”, que seria um jeito de resolver questões que são difíceis quando tratadas apenas pela descendência por modificações, como no caso de tentar juntar os procariotos e eucariotos. E isso não é contra a evolução, na continuação ele afirma:
            …Isto não quer dizer que as semelhanças e as diferenças entre os organismos não possam ser explicadas por mecanismos evolutivos, mas a descendência com modificação é apenas um desses mecanismos, e um padrão único parecido com árvore não é necessariamente o resultado (ou esperado) da sua operação coletiva.

            …………
            E quais animais transitórios se tornaram mamíferos? que linhagem originou este animal vindo de aves, mamiferos e répteis?

            Ele é o animal descendente de uma das linhagens de transição. Não significa que a linhagem dele foi a que evoluiu para mamíferos, ele só representa outro grupo que é remanescente daquela época junto com a equidna que também bota ovo.

            Por que não vemos outros seres mantendo as mesmas características do mesmo “ancestral” dos outros grupos?
            Porque a maioria foi extinta! Por sorte temos esses exemplos vivos. Outra linhagem primitiva são os marsupiais.

            ..há grandes divergências, em relação a rápida “evolução” de outros mamíferos, colocando ele junto aos dinossauros!

            Isso, eles começaram a evoluir ainda no Cretáceo, na era Mesozoica, conviveram com os répteis gigantes e quando estes sumiram encontraram o nicho vago, que explica a diversificação rápida. Não existem fósseis de mamíferos diversos antes desse evento, essa é a evidência.

            As vezes a falta de grupos distintos e variados é explicada pelo processo de anagênese (em que a mesma linhagem vai sofrendo modificações e não se divide em clados). Isso também dificulta o entendimento da evolução porque pode não produzir vários grupos que poderiam conservar as características intermediárias. Mesmo assim os fósseis em escala macro evolutiva mostram as diferenças, como no caso dos hominídeos que basicamente só mudaram estruturas do crânio, dos pés e pelo aumento de tamanho.

            ..Mostre-me alguma mutação benéfica que produza macroevolução.

            Isso sim seria coisa de Harry Potter, porque não é de uma mutação que surge macroevolução. Então você nunca terá esse exemplo porque não é assim que funciona. Como disse, é o acúmulo de adaptações provocadas por mutações benéficas que geram a macroevolução e assim um mesmo conjunto de genes atua na formação de nadadeiras, de asas ou de braços e pernas. Embriologia e expressão gênica mostram isso. Procure saber o que são genes hox e você entende tudo.

            O negócio da vit. C é só pra citar que as mutações podem não ser tão destrutivas ou fatais como se pensa. Muitos animais conseguem fabricá-la nos próprios rins ou no fígado, porque têm o gene da enzima que a produz. Nós, primatas, e outros mamíferos perdemos essa enzima por mutação nesse gene e por isso precisamos ingerir ela pronta.
            http://en.wikipedia.org/wiki/Vitamin_C#Evolution

            Abraço.

  46. Recomendo a todos interessados no assunto religião a leitura dos livros de Karen Armstrong, assim como de Joseph Campbell.

    1. Principalmente, Uma História de Deus, da Karen Armstrong, onde ela define Javé, como ciumento, vingativo e assassino. Muito esclarecedor sobre o Politeísmo e a disputa divina por Canaã.

  47. Salvei nos favoritos do web browser, vou acompanhar.
    Além dos textos, a discussão que seguirá. E entender se caminhamos para a evolução da nossa espécie ou voltamos aos tempos das cavernas.

  48. Rapaz, tai uma coisa que gostei, vc é polêmico. Também sou católico e gosto do desafio inteligível de aos olhos dos outros desafiar Deus tendo como base a certeza que sou intimo d’Ele. Boa sorte e acompanharei o blog.

  49. Religioso e darwinista?? mas um blog inútil para a sociedade.. só vai agradar àqueles que acreditam em contos de fada, mas se sentem meio mal por saber que a hipótese de deus meio absurda…

    não tenho nada contra religiosos.. mas sinceramente, sinto ódio de quem fala do “design inteligente”…

  50. Ola, Reynaldo,

    Tenho que lhe confessar minha decepcao, nao por nao encontrar o que esperava, mas pela concituacao rasa dum tema tao transcendental.
    Por exemplo, nenhuma referencia ao elo perdido ou especulacoes sobre o mesmo.
    Por exemplo, o Wallace, colaborador do Darwin e ensombrecido pelo mesmo, propos 3 ocasioes de intervencao “espiritual” na teoria da evolucao das especies que sao muito pertinentes a discussao. Da mesma forma, a validade das propostas de Crick- premio Nobel na descoberta do DNA-ou a evidencia da criacao fornecida pelos registros dos sumerios, entre outros aspectos.
    Um abraco

  51. Caro Reinaldo,
    Pretendo acompanhar os trabalhos blog.
    Peço uma gentileza de sua parte: tenha piedade conosco, leigos em biologia… (quando possível, explicar os conceitos). Do restante (deuses e diabos, todos achamos que entendemos, embora isso não necessariamente corresponda à realidade. Bom trabalho e parabéns pela idéia….

  52. Parabéns pela iniciativa.
    Acho triste que a nossa finitude e necessidade de transcendência da morte gerem tamanho anseio por um “Pai” que nos proteja e resolva as dificuldades desta e da “outra vida”, levando alguns a abandonar a própria racionalidade. Como é difícil sofrer e tomar as decisões morais por conta própria, sem um tutor, deixar a infância em direção à vida adulta e ao verdadeiro livre arbítrio.
    Para não passar por isso nego a minha racionalidade e a dos outros também, se possível proíbo que divulguem idéias perturbadoras do meu sossego “espiritual”.

  53. Sempre que possível passarei por este belo sítio, tão vital. Só que Darwin não pensa e não usa a noção de evolução em A Origem das Espécies [1859]: ele nos fala de uma teoria do transformismo das espécies – baseada em evidencias geológicas, fósseis, morfológicas e embriológicas – de forte inspiração Lamarquiana.
    A “marca” Teoria da Evolução foi cunhada por Herbert Spencer em 1852. Nada mais diferente que um do outro… Resgatar Darwin do “darwinismo oficial” (spenceriano em seu corpo e alma) é uma tarefa que me estimula a trabalhar.
    E que todas as entidades sociais nomeadas no título desta sua postagem nos estimulem e protejam…

    1. Ok, Mônica, concordo com você.

      “Desconheço alguém que tenha descrito melhor que Darwin, os mecanismos de preservação da vida e os fatores que regulam a interação dos seres vivos, entre si e com o meio ambiente, mostrando que as espécies não são fixas, e sim mutáveis, por que se encontram sujeitas ao crivo da seleção natural. Ou ainda, que tenha sido mais didático, na apresentação das adversidades que atingem todos os seres vivos, acrescentando vida e descendência àqueles que melhor se adaptam ao meio ambiente, e interrompido a existência, ou privando de descendência, aqueles com menor sucesso adaptativo” (extraído de um texto que aguarda publicação: “A herança de Darwin e a biologia em Levítico e Romanos”)

      O evolucionismo parece ter se apossado da obra de Darwin, como a sua melhor “marca”, o que, além de um equívoco (intencional ?!) chega ser injusto com ele, porque diminui a grandiosidade de sua obra.

  54. Bem escrito, interessante, mas parece-me “em cima do muro”, apesar de dizer que não está. Não existe possiblidade de se dizer católico sem acreditar na virgindade de Maria, mas não existe possibilidade biológica de um homem nascer sem espermatozóides, que carreguem gametas masculinos (se Jesus fosse mulher, bem, poderíamos dizer que é um clone raro de Maria, mas dizem que ele era macho). Além disso, não existem possibilidades do “espírito humano”, da “mente humana” sobreviverem à morte dos neurônios, de origem puramente biológica. Resumindo, ou você acredita nos dogmas, ou duvida deles. Ficar sobre o muro não dá.

    1. Oi Radoico, a questão são as suas premissas. É claro que biologicamente o nascimento de Jesus é impossível; não se enxerga nele uma intervenção divina direta à toa, uai 😛 De novo, impossível de provar cientificamente, claro. Questão de fé. E não sei se a associação entre espírito e mente é tão clara assim. A mente perece com os neurônios, concordo; a alma, se for entendida simplesmente como a essência divinamente herdada daquela pessoa, não necessariamente. Ou dá para pensar num modelo não dualista, do tipo da Bíblia hebraica, em que realmente só há a carne — mas aí de fato a gente sai da teologia católica ortodoxa.

      1. Reinaldo, você repete: “De novo, impossível de provar cientificamente, claro. Questão de fé”. Na Igreja Católica, a fé é a intância suprema ? Não existe outra instânciaa que lhe seja superior ? A fé é que vem travando o dialogo com a ciência huje. No passado, a fé é que levou Galileu a ser julgado e quase condenado à fogueira da Inquisição.

      2. Bom, então é isso, você acredita nos dogmas… Ciência é ciência, a dúvida impera; fé é fé, já tem respostas para tudo, absolutas, inquestionáveis. Não dá para unir ambas.

  55. A grande sacada de Darwin talvez tenha sido imaginar um “ancestral comum” na origem das variações DENTRO DE UMA MESMA ESPÉCIE, o que, de fato, parece difícil de contestar.

    Entendo que o problema começa quando se quer aplicar esta ideia na origem primitiva de todas as espécies.

    O que me intriga em Darwin é o seguinte: “O título inicial da obra foi ‘SOBRE A ORIGEM DAS ESPÉCIES Através da Seleção Natural’ . Pois bem, se a seleção natural, como Darwin a descreveu, é tão responsável pelo extermínio das espécies como pela origem delas , se poderia questionar: porque excluiu do título da obra o papel desempenhado pelo ‘extermínio das espécies’? E mais: porque colocar a ‘origem das espécies’ antes da ‘seleção natural’, como se a origem das espécies fosse mais importante, ou viesse primeiro, que a seleção natural? E se isso não fosse o bastante, depois de algumas edições, a obra passou a chamar-se, apenas, ‘Origem das espécies’!”.

    1. A “grande sacada” na verdade foi que ele estabeleceu um paralelo entre a seleção artificial feita pelo homem, nos seres e plantas domesticados, com o processo natural que ocorre sem intervenção planejada, mas sim determinado pela condição de variabilidade intrínseca dos seres (que, à época, ele não soube elucidar e nem tinha como o fazer, antes da genética) e a interação desses seres com o meio ambiente.

      Ele primeiro visualizou que, de fato, existe uma variabilidade natural e toda geração descendente difere da anterior, e depois fez a ligação do que observou com o mecanismo selecionador que chamou de seleção natural.

      Sobre o título, qualquer escritor deseja chamar a atenção do leitor e impactar através dele. Mas o que o corre é que a existência dos seres em determinada época é resultado também da extinção de outros. É só um corte temporal na história evolutiva.

  56. Ok, Ivan. Concordo que a seleção artificial teve um papel importante. Mas isso não foi exatamente uma novidade darwiniana. É o próprio Darwin quem diz, na Origem das espécies, que, conforme se relata no livro bíblico do Gênesis, os antigos cultivavam a seleção artificial, apreendida com a seleção natural que já conheciam.

  57. Caro Reinaldo,

    Foi por acaso que encontrei esse blog e fico realmente satisfeito que ainda há pessoas dispostas a dialogar sobre esse tema polêmico (sem perder as estribeiras). Ateu que sou, sempre achei complexa a discussão, mas muito necessária devido a forte influência nos costumes e nas próprias leis do país (apesar de laico).
    Aguardo o lançamento de novas publicações. Um abraço

  58. …sobre Darwin… e todo aquele conflito do filme “Criação”? Pura ficção? Pensei mesmo que tivesse havido uma “perseguição”da igreja católica, quase como a Galileu

    1. Elen, você tem de lembrar que quem pegou no pé de Darwin inicialmente foi a Igreja Anglicana, dominante na Inglaterra. O catolicismo não apitava nada no Reino Unido à época de Darwin (bem, continua apitando muito pouco).

  59. É um fato que enquanto a caminhada darwiniana tem uma estrada ilimitada à frente, o percurso da religião estancou há muito.

  60. 1) Não concordo com o que você na primeira alternativa. A religião está no sangue do ser humano, da mesma forma que acontece com a comunicação por exemplo. Pesquise e veja que em todo canto da terra ou do universo onde existam seres inteligentes eles estão sempre se comunicando e buscando uma religação com um algo maior… Tudo que Chomsky diz sobre a origem da linguagem também é perfeitamente válido para religião ou para a espiritualidade.

    Mas, claro, a comunicação vem se desenvolvendo muito ao longo dos tempos, a religião não, está estagnada… Jung teve perfeita consciência desse fenômeno. E se a natureza teve uma razão para criar a comunicação, também deve ter tido alguma para criar a religião, como disse Jesus: “até os seus fios de cabelo são contados.”

    Duvida de mim? Me diga então, porque motivo lógico alguma criatura inteligente iria perder tempo se preocupando com algo que NÃO existe? Por que os ateus tem sempre um tão imenso problema com deus? Deus não existe! se preocupar com algo que não é existe é desperdício de energia, sinceramente! Se existe algo ligado a deus, e que atrapalhe a sociedade, no caso, a religião, aí sim, vou me preocupar com esse algo… mas veja que não é o caso dos ateus, a palavra não é “irreligiosidade” mas “ateísmo”. Eles são quase velhas encalhadas que ficam virando o santo de ponta cabeça até que ele atenda o seu pedido de casamento.

    Pretendem ficar lutando contra deus todos os dias de suas vida até que ele venha e se revele pro mundo. É mais do que simples ceticismo, um verdadeiro cético jamais acreditaria em TUDO quanto é oferecido pela ciência ou pela religião, o certo é sempre se utilizar a sua capacidade de discernimento. Acreditar em tudo é tão estúpido quanto duvidar de tudo, de qualquer forma a necessidade de pensar é dispensada. E fora que é perfeitamente possível se usar a ciência pra mentir, Hitler usou e abusou desse poder.

    1. A “sorte” de Deus foi que Jesus o salvou. Não fosse o Salvador, teríamos que pensar em Deus como uma ” teoria”.

      1. Será que Jesus foi visitar os povos indígenas da austrália e da áfrica também? E existe uma tribo na amazônia que até hoje jamais ouviu falar do homem branco, não teve qualquer contato com os homens civilizados mesmo nos dias de hoje, é a única tribo no mundo nessa condição… mas, será que Jesus foi lá reavivar a fé deles também?

        Religião é igual a comunicação, só muda o lado do cérebro em que cada processo ocorre. E não limite seu ateísmo apenas a deus não, o mundo espiritual em que nós acreditamos é bem mais amplo do que só isso.

  61. Ok. Quando digo Deus, Jesus e Salvador, me refiro a um segmento da religiosidade e não a ela como um todo.

    E, se a pergunta for, como este segmento trata o todo (?), talvez a melhor reposta seja a de que o Salvador atribua esta tarefa ao homem: a de compartilhar o conteúdo que apresenta a todos os povos.

    Não haveria sentido qualquer comunicação de religiosidade se quem ouve não tivesse propensão para entender aquele que fala. E se Deus fala ao homem é porque ele (o homem) sabe do que Ele (Deus) quer falar.

  62. Cientistas ainda vão pesquisar por muito tempo a hipotese da evolução. Ainda vão esculpir muitos elos perdidos, vão datar muitos fosseis baseados em rochas em rochas que são datadas pelos fosseis que são encontradas nelas, muita mas muitas histórias serão escritas.

    Mas a verdade é que Darwin está errado desde o princípio quando ele disse que o registro fossil mostraria a evolução. Não mostra, ja sabemos disso.

    Alem disso, meu cerebro não consegue acreditar em:
    NADA + TEMPO + ACASO = TUDO QUE EXISTE!

    Um dia o design inteligente de todo universo vai mostrar a eles que nada existiu, existe ou existirá sem um proposito. Leis e ordem dependem de intelecto, que não pode surgir expontaneamente.

  63. Seja bem vindo, boa sorte! Não é todos os dias que se vê jornalista metendo a mão nesse vespeiro(rs). Como ateu cético vejo com bons olhos essa empreitada, acho muito válido trazer a polêmica à baila. Alea jacta est!

  64. Reynaldo, não acredito que exista pessoas ateus, porque se voce perceber a inteligencia do universo , ou o proprio sistema imunologico, é adimiravel, o difiçil é voce acreditar em um Deus prescrito na Biblia, é substimar a vossa inteligencia !!!! se o universo fosse criacionista seria estatico parado!! sem movimentos, e tudo que anda desenvolve, e ainda esta em expassão o universo, pois é infinito< nunca chegaremos onde termina o universo, vc andara milhoes de anos luz, e não andara sequer nada !!! não sou ateu sou universalista!!!! com tendenccia espirita !!!

  65. Conheci hoje o blog e gostei muito, parabéns! Vou segui-lo. Só não concebo como alguém tão bem versado em evolucionismo e religiosidade (dois assuntos que também me fascinam) consegue ser cristão (!?). Aqui não há uma incongruência? Isso porque o pretenso semideus dessa seita judaica se dizia FILHO de um dos inúmeros deuses do deserto do Sinai. Ele, que seria filho de YHVH, e na doutrina católica é uno com o pai, senta ao lado dele como Hércules senta ao lado de Zeus, estava errado ou enganando o populacho? Em todo caso, o comportamento não é nada divino e, portanto, não há que se falar em religião desse ser mitológico juntamente com fatos científicos.

    1. Não há encadeamento lógico algum explícito aqui:
      1. Em todo caso, o comportamento não é nada divino e,
      portanto,
      2. não há que se falar em religião desse ser mitológico juntamente com fatos científicos.

      i. Jesus não é mito, portanto é não-mitológico. Vide Bart Ehrman.
      ii. Se o comportamento fosse julgado divino por sabe-se lá qual critério usado no post acima, então concluir-se-ia haver que se falar em religiáo e fatos científicos juntamente?
      iii. Por qual motivo razoável não se poderia falar de religião, ainda que fosse mitológica, com fatos científicos?

      Politely deemed sheer nonsense.

  66. Na falta de ciência mais profunda aí vai a minha brincadeira na manhã de sábado.

    Uma brinc-adeir-a repentista
    E o peixe faminto de novidade engole Darwin

    O peixe faminto engole Darwin
    cria pernas e dana andar
    na cabeça do pobre diabo de olho travado
    ouvido entupido de rasas lições
    – medonhos ditos, falácias
    enganosas andejas – nas cavernosas patenas
    do sacro ofício alheio dos sangrentos rituais
    de cordeiros, óstias e bestas
    tudo aromátizado na letra de muito incenso.
    O peixe sabido engole Darwin
    cria pés e dana andar – e perna para quem tem
    na cabeça ora pensante
    que duma tacada só
    vai pôr no mesmo balaio sem fundo
    palavras enigmáticas
    escrituras impositivas,
    histórias do arco-da-velha
    com tramas de santidade
    justificadas nas guerras
    – insanas desde a origem.

    Impositivas tramóias eternas
    forjadoras de reis e reinados
    de súditos já calejados
    – obedientes revoltados
    na luta do sobreviver
    assim ou assado .

    E o milagre acontece:

    Terra e Mar de mãos dadas
    debaixo de raivosos ventos
    de nuvens turbilhonantes
    regidos na maestria
    da luminária de quinta – categoria do Sol
    – comandante amoroso
    faz rolar manto de nuvens
    no compasso destemidas
    trombam em muitos raios
    estrondos de acordar
    multidão cega e surda
    amontoada em cavernas, sítios e cidades
    fincadas de qualquer jeito
    sobre áreas movediças
    réplicas de mentes afoitas
    apregoadas suportes
    doadoras do passaporte
    de livre penetração
    no reino do bem viver.

    Sai pra lá satanás
    enganador de inocentes
    de pobres desavisados
    metidos em tantos coitos
    – coitados de vez e de fato
    nesse mundo de Deus.

    Falta pro peixe de pernas
    um detalhezinho maneiro
    – um par de asas bem fortes
    dinâmicas e libertárias.

    E o peixinho dançante
    sai do abismo, avista o sol
    deita na praia quente
    já com o rabo quarado
    ardente e fogoso sai
    busca sombra disparado
    nas florestas do mundo.

    O resto da história sobrou pra Darwin:
    adentrar nos detalhes
    da correntes de mil enígmas
    nos filos de toda espécie.

    O novo barbudo emplumado
    mira-se no seu espelho
    entra de cara na audácia
    no pensar que seu escrito fecha
    toda e qualquer questão nascida
    nesse mundo aonde, ele, Darwin ,
    se elege
    ser único e o próprio autor.

    E o milagre acontece ?
    ou vai nessa lenga-lenga arrebanhar mais guerreiros
    sedentos da vera verdade?

    Ade

    1. Radeir, bem evolucionária sua brincadeira de
      sábado. Já li 4 vezes, mas para mim continua indecifrável e verdadeira. Como Darwin.

  67. Boa sorte! – vc vai precisar rsrsrs. Sou agnóstica, mas acho a discussão interessante e ouso dizer necessária. A idéia de primo da semana é ótima.

  68. Reinaldo,

    Conhecí o seu blog hoje e o considerei valioso.
    Parabéns por abraçar em sua carreira de jornalista temas científicos e religiosos, aparentemente tão díspares.
    Faço votos que persista nesta tarefa e que amplie o seu número de leitores e seguidores.
    Eu sei que vou me tornar um deles.
    Sucesso e parabéns.

    Manoel Lorfenzo

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