Primo da Semana: sifaka-de-coquerel
A semana tecnicamente acabou e começou de novo, mas não consegui fazer um novo post do nosso Primo da Semana antes deste domingo, principalmente porque fui quase totalmente absorvido pela cobertura da escolha do novo papa (confira o que andei escrevendo sobre o tema nesta Folha aqui, aqui, aqui e aqui, por exemplo). Ah, e ainda tivemos as aves de “quatro asas” do Cretáceo da China, que eu tive o prazer e a alegria de cobrir para meus amigos da editoria de “Ciência+Saúde”.
Mas antes tarde do que nunca, e é com prazer que volto ao blog com o simpático sifaka-de-coquerel (Propithecus coquereli). Ou Zoboomafoo, para os íntimos.
Uma versão fantoche desse primata do noroeste de Madagáscar, parente dos lêmures, chegou a estrelar um programa infantil sobre vida selvagem americano que passou por vários anos aqui no Brasil. (Quem não se lembra do refrão do Zoboomafoo, “Eu estava lá na Zoboolândia saltando e pulando, pulando e saltando…”). Na vida real, a criatura come todo tipo de material vegetal, de flores a cascas de árvore, nas florestas decíduas (ou seja, com folhas que caem na estação seca) que habita.
São bichos arbóreos relativamente parrudos, medindo cerca de meio metro (cerca de 1 m se somarmos a cauda) e pesando uns 4 kg. Apesar dos olhões amarelos, um tanto felinos, trata-se de um animal diurno.
A marca registrada dos sifakas (sim, existem várias espécies) é o seu singular estilo de locomoção bípede quando eles estão no solo. Algumas espécies, nessa situação, parecem um ser humano tentando andar dando pulinhos de lado. O sifaka-de-coquerel é um pouquinho menos amalucado, saltando mais como um canguru.
Último factoide interessante (como diria Sheldon Cooper): o nome popular “sifaka” na verdade é uma onomatopeia, derivada do som — algo como “shifak! shifak!” — que o bicho faz quando tenta assustar quem se aproxima dele. (Tente imaginar a criatura soltando esse som enquanto joga a cabeça para trás repetidas vezes rapidamente. Medo.)
Agradecimentos por esses dados fascinantes ao guia de campo “Lemurs of Madagascar”, da ONG de pesquisa Conservação Internacional.
GOSTARIA de saber se o blog — q começou bem — se tornará apenas ENCICLOPÉDICO — ou voltará a expor temas polemicos e instigantes como me pareceu inicialmente — sim pq o mundo está um caos e tanto a ciencia quanto a religião tem culpa no cartório..
O mundo não estaria um caos se os princípios básicos de qualquer religião fossem postos em prática, qual seja, o do respeito ao semelhante. Toda liberdade de alguém termina exatamente onde começa a do outro. Limites existem, e é preciso conhecê-los, independente de qualquer crença
Gilberto Galo, pensei a mesma coisa enquanto estava lendo sobre o macaco-prego nordestino, em fim, continei lendo na esperança de encontrar algum comentário relacionado e, guess what? nothing!. Li este outro artigo e, na real, me senti passeando em algum zoo… Ei RLopes, de início achei interessante teu blog, mas cá entre nós, joga algo polêmico na rede para que possamos nos sentir mais entretido com os assuntos, e continuarmos nossa recente amizade entre escritor/leitor…
Como disse que gosta de ser ‘brincalhão’ em seus textos, também me sentirei à vontade com meu humor ácido. Abraços.
Olha, tenho que dizer que ainda estou rindo com o comentário ‘enciclopédico’ do Gilberto, ao menos irei me deitar feliz, rindo…
p.s. Rindo ainda.. (amanhã volto pra ver como anda a máquina de fresar pensamentos do RLopes)
O sistema da Folha não permite programar postagens? Aí os posts periódicos como “Primo da Semana” poderiam ser gravados e publicados automaticamente.
[]s,
Roberto Takata
Isso só faria alguma diferença se eu tivesse TEMPO de programar as postagens, Takata 😉