Agradeça ao bumbum
Sejamos gratos pelo bumbum, irmãos.
E não estou falando aqui do inegável apelo, erm, romântico do músculo tecnicamente conhecido como “gluteus maximus”, destacado em azul na imagem ao lado.
Não é só por razões estéticas e carnavalescas que ele é o maior músculo do corpo humano. Na verdade, trata-se de uma das mais importantes adaptações que permitem que bípedes como nós consigam correr a velocidades razoáveis sem se esborrachar no chão.
Faça o teste, colocando as mãos em cima dele (de preferência sem ninguém por perto para não passar vergonha, claro). Ao caminhar, seu bumbum quase não se contrai. Basta começar a correr, no entanto, para que o bicho comece a se contrair. A ação do “gluteus maximus” impede que seu tronco penda para a frente durante a corrida, evitando assim uma desagradável quebra de seus dentes da frente.
Chimpanzés praticamente não têm bumbum carnudo, e as evidências fósseis sugerem que os primeiros ancestrais da nossa linhagem também eram, bem, desbundados. Só com o Homo erectus, há menos de 2 milhões de anos, é que surge essa primorosa invenção da seleção natural. Pense nisso da próxima vez que der um sprint para pegar o metrô que está quase fechando as portas.