Dawkins e Deus fazem as pazes
Bem, ao menos na prateleira da minha biblioteca. Sim, eu sou um fotógrafo tão bom que daguerreótipos de 1850 têm um visual melhor e muito mais foco do que as fotos que eu tiro. Mea culpa, mea maxima culpa. Ver abaixo.
Pior que eu juro que essa foto não foi montada, dileto leitor. Quando a gente se mudou pra cá no fim de 2012 e, alguns meses depois, conseguimos mandar fazer prateleiras pro escritório/biblioteca da casa, havia uma pilha homérica de caixas de livros que tinham ido parar no limbo do quartinho de despejo da chácara da minha sogra entre deixarmos São Paulo e voltarmos pra São Carlos.
Nisso, na hora de tirar tudo da caixa, meio que aleatoriamente, minhas Bíblias de reserva (tem também as titulares, uma hebraica e outra católica, que ficam no criado-mudo) viraram vizinhas de porta do nosso amigo Richard Dawkins. No lugar de honra, no ponto mais alto da prateleira, acessível apenas por escada, é bom que se diga. Só hoje de manhã me ocorreu o casamento bibliófilo inusitado que eu tinha promovido.
Só pra não perder o hábito de atribuir significado existencial a situações totalmente casuais (hehehe), isso pode querer dizer duas coisas:
1)Algumas pessoas (tipo manés como eu) são capazes de acreditar em coisas totalmente contraditórias sem que seus neurônios sejam autoflambados, ou;
2)O mundo é um lugar complicado e multifacetado, e algumas contradições estão mais na aparência do que na essência.
Bom final de semana pra todo mundo!
——
Quer saber quem sou? Confira meu currículo Lattes
Siga-me no Twitter ou no Facebook
Conheça “Além de Darwin”, meu primeiro livro de divulgação científica