“Não é humano”
“Certa noite, bem tarde, em 1996, quando eu tinha acabado de pegar no sono, meu telefone tocou. Do outro lado da linha estava Matthias Krings, aluno de pós-graduação do meu laboratório no Instituto Zoológico da Universidade de Munique. Quando atendi, ele se limitou a dizer: ‘Não é humano’.
‘Estou indo’, resmunguei. Troquei de roupa às pressas e cruzei a cidade de carro, a caminho do laboratório.”
Assim começa “Neanderthal Man: In Search of Lost Genomes” (“Homem de Neandertal: Em Busca de Genomas Perdidos”), do cientista sueco Svante Pääbo. De fato, não era DNA humano — era DNA de neandertal que a equipe de Pääbo havia obtido pela primeira vez a partir dos ossos de um dos nossos parentes extintos mais famosos. Pääbo acabaria se tornando responsável por demonstrar a mestiçagem entre essa espécie e a nossa, não sem antes passar uma década dizendo que esse cruzamento não tinha acontecido.
O resto é história — contada em detalhes por Pääbo no livro. Ficadica pras editoras nacionais: vale traduzir a obra.
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