Aquele tal de Clóvis
Pra você ver como é o futebol. Eu nunca tinha me perguntado sobre a origem do nome da hipótese que até pouco tempo atrás era a única explicação aceita para a chegada do ser humano às Américas, a hipótese “Clovis First” (Clovis primeiro). Segundo essa ideia, alguns dos mais antigos sítios arqueológicos dos EUA, com uns 12 mil anos de idade e habitados por caçadores de mamutes e outros grandes mamíferos, seriam ligados ao primeiro povo a colocar os pés no nosso continente.
O nome da hipótese vem do sítio arqueológico identificado em Clovis, no Estado do Novo México, nos anos 1930. Eu sempre assumi que o nome devia ser de algum mexicano que tinha morado no local quando a região ainda não pertencia aos EUA. Nada disso: como conta o simpático livro “Os Primeiros Americanos”, de J.M. Adovasio e Jake Page, o lugar foi batizado quando construíram uma linha de trem por lá no começo do século 20. Acontece que a filha do administrador da linha de trem estava estudando na escola a conversão do bárbaro Clóvis, rei dos francos (466-511 d.C.), ao cristianismo, e resolveu sugerir o nome. O velho Clóvis, pra quem não sabe, é considerado o fundador da França como país independente.
Às vezes o óbvio é tão óbvio que a gente não enxerga o danado, minha gente.
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