Cabeça de bagre

Reinaldo José Lopes

Durante muito tempo, houve cientistas que não acreditavam que os peixes tinham alguma forma de consciência de si mesmos e do mundo, ou mesmo que eles eram capazes de sentir dor, por causa da relativa simplicidade de seus cérebros e a ausência de estruturas similares ao nosso neocórtex, a camada mais externa da “cebola cerebral” de humanos e outros mamíferos. A neurocientista americana Lori Marino tem um recadinho pra esse povo:

“Existem muitas maneiras de se chegar a uma consciência complexa do mundo ao seu redor. Sugerir que peixes não sentem dor porque eles não possuem neuroanatomia suficiente [para ter consciência da dor] é como argumentar que balões são incapazes de voar porque não possuem asas.”

Tem muito mais sobre isso no fantástico livro “What a Fish Knows” (“O Que um Peixe Sabe”), do etólogo (especialista em comportamento animal) Jonathan Balcombe. Ficou curioso? Minha resenha do livro saiu na Folha não faz muito tempo.

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