Um dino na floresta

Reinaldo José Lopes

Passo rapidamente por aqui para compartilhar com vocês algumas imagens muito bacanas. Saiu nesta semana o que talvez seja a reconstrução artística mais precisa já feita de um dinossauro, retratando o pequeno e profundamente simpático Psittacosaurus, espécie asiática que viveu no Cretáceo, lá se vão 100 milhões de anos. Olha ele lá na imagem no topo do post.

O padrão de áreas claras e escuras não tem nada de chute. Foi rigorosamente baseado nos restos de células com pigmentos achadas num fóssil bem preservado da espécie, estudado pelo paleontólogo Jakob Vinther e seus colegas da Universidade de Bristol, Reino Unido.

Eis o fóssil de que falo:

As áreas escuras são as que contêm restos de pigmentos (Crédito: Divulgação)
As áreas escuras são as que contêm restos de pigmentos (Crédito: Divulgação)

O mais bacana da reconstrução são as implicações que elas trazem para o ambiente onde o bicho provavelmente vivia. A coloração é muito parecida com a de espécies de herbívoros de porte médio a pequeno de hoje que vivem em florestas e, pelo visto, ajudava o animal a ficar menos visível na luz difusa do interior da mata — como as corças, uma espécie eurasiática moderna:

As corças, um bicho moderno com padrão de coloração bem parecido, também vivem em florestas (Crédito: Creative Commons)
As corças, um bicho moderno com padrão de coloração bem parecido, também vivem em florestas (Crédito: Creative Commons)

De fato, outros indícios já mostravam que ele vivia em regiões florestais.

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