Paulo inventou o mito de Jesus?

Reinaldo José Lopes

Será que os textos mais antigos do Novo Testamento, como as cartas do apóstolo Paulo e o Evangelho de Marcos, indicam que Jesus não foi um ser humano real, mas simplesmente um mito criado pelos primeiros cristãos como base para uma nova seita mística? Essa, em resumo, é a tese do livro “Nailed” (um trocadilho com as palavras em inglês para “pregado” e “resolvido”), escrito pelo historiador e ativista ateu americano David Fitzgerald. Confira o vídeo sobre a obra.

A obra de Fitzgerald é a primeira da corrente miticista (ou seja, dos historiadores que defendem que Jesus não foi uma pessoa real, mas apenas uma figura mítica) a chegar ao Brasil. Uma reportagem minha na edição deste domingo de Páscoa da Folha aborda o livro. No vídeo, explico os principais argumentos de Fitzgerald e conto por que, embora o autor tenha tentado fazer um trabalho sério, a tese dele não se sustenta nem de longe, na minha opinião — e na opinião da imensa maioria dos historiadores do cristianismo primitivo.

Você pode saber mais sobre os temas discutidos no vídeo lendo o meu livro “Deus: Como Ele Nasceu”, cuja versão ebook custa apenas R$ 9,90 e está entre os mais vendidos da Amazon.

Para os que se interessaram pela versão brasileira do livro “Nailed”, de David Fitzgerald, basta clicar aqui para conferir o ebook.

Para quem não viu, esta é a parte 1 dos nossos vídeos especiais de Semana Santa:

E esta é a parte 2:

Este post mais antigo traz um resumão dos argumentos pró e contra a historicidade de Jesus Cristo numa série de textos do blog.

Em síntese, os principais argumentos de Fitzgerald para defender a tese do Cristo mítico são:

1)A falta de documentação sobre Jesus nos historiadores antigos não cristãos;

2)Contradições nos relatos cristãos dentro e fora do Novo Testamento;

3)O “silêncio de Paulo”, termo usado para designar o fato de que o apóstolo, autor dos mais antigos textos cristãos, não fala quase nada da vida e dos ensinamentos de Jesus, enfatizando apenas a crucificação e a ressurreição;

4)Elementos do Evangelho de Marcos, o mais antigo, que indicariam que ele seria uma alegoria baseada no Antigo Testamento.

Na verdade, nada disso é conclusivo, como explico no vídeo.

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