O lado bom do fogo no cerrado

Reinaldo José Lopes

Nunca tinha ouvido falar da chamada regra 30/30/30 antes de entrevistar a pesquisadora Giselda Durigan, do Instituto Florestal do Estado, sobre a importância do fogo como mantenedor da biodiversidade no cerrado (você pode ler sobre a pesquisa da Giselda neste link). Em suma, ela e seus colegas defendem que não seria nenhum absurdo queimar ativamente a vegetação do bioma, de forma controlada, para que as espécies de plantas que dependem do fogo continuem vigorosas.

Mas como saber quando se deve iniciar o fogo e quando se deve evitá-lo? Foi então que ela me contou da regra usada na savana africana: se a temperatura está acima de 30 graus Celsius, com umidade do ar abaixo de 30% e ventos mais rápidos do que 30 km/h, esqueça o uso do fogo — vai dar problema. Do contrário, dá pra pensar em usá-lo no manejo da nossa savana sul-americana. Não vai ser fácil, mas vale a pena tentar.

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