Mais uma perspectiva sobre a pandemia e os 200 mil mortos no Brasil
Conforme avisei num post recente, continuo por aqui com algumas perspectivas sobre a morte de 200 mil brasileiros por Covid-19 desde março de 2020. Desta vez, gostaria de compartilhar com o leitor do blog o depoimento curtíssimo, mas demolidor (com razão) do professor Paulo Andrade Lotufo, epidemiologista da USP. Ei-lo:
Reinaldo, eu vi mais influência negativa dos governantes premidos pelas eleições sobre o relaxamento [das restrições à circulação de pessoas] do que entre a população. A característica principal da mortalidade foi ser generalizada, sem uma sequência temporal iniciada em São Paulo e no Rio de Janeiro. As mortes sempre foram entre os mais pobres, os negros e naqueles com necessidade de se locomover, como os profissionais de saúde. Eu não consigo avaliar as variantes virais [que estão surgindo agora] e nem quantificar se há ou não reinfecção. Somente afirmo que a proposta de imunidade de rebanho se mostrou equivocada e perigosa porque incentivou a redução do isolamento social e, agora, contra a vacina.
Estamos vendo a prova dos nove sobre os riscos de deixar a coisa rolar em nome da imunidade de rebanho: o desastre que está, mais uma vez, acometendo a cidade de Manaus.
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