Projeto da USP aborda evolução humana com enfoque plural e inclusivo
É um imenso prazer chamar a atenção do leitor do blog para um projeto de divulgação científica muito interessante criado pelo pessoal do LAAAE-USP (Laboratório de Arqueologia, Antropologia Ambiental e Evolutiva da USP). Trata-se do Evolução para Todes, sob a batuta de três pós-graduandas do laboratório: Mariana Inglez, Lisiane Müller e Eliane Chim.
O trio chama a atenção para um problema óbvio da comunidade acadêmica e de divulgação científica brasileira (e mundial): somos muito pouco diversos. A participação e a representação de profissionais que não sejam brancos e do sexo masculino nessas áreas ainda são baixíssimas. E isso talvez seja especialmente grave em áreas como a arqueologia e paleoantropologia, que possuem uma relação histórica com o colonialismo e o racismo — a qual, óbvio, precisa ser discutida e criticada. A grande ironia, claro, é que a grande maioria dos eventos cruciais da evolução humana ocorreram na África e em outras regiões distantes da Europa, envolvendo populações que hoje classificaríamos como negras.
Por isso, fica aqui o convite para conhecer o trabalho competente das moças. Você pode acessar o Instagram do projeto, por exemplo. E, para quem tem pequenos cientistas em casa, está sendo produzida uma fofíssima série de vídeos sobre os temas aos quais o grupo se dedica. Você pode conferir os dois primeiros aqui:
E aqui:
(Quem conhece a Cidade Universitária na capital paulista certamente reconhecerá o prédio do Instituto de Biociências da USP logo no primeiro quadro do segundo vídeo. Bateu até uma saudade.)
Parabéns pela iniciativa e longa vida ao projeto!
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