Fantasia, maturidade e como crescer ou não com os personagens de uma história

Reinaldo José Lopes

Uma passada rápida por aqui apenas para compartilhar uma pepita de ouro da sabedoria da maga-escritora Ursula K. Guin (1929-2018), autora da série Earthsea/Terramar, de “A Mão Esquerda da Escuridão” e de tantos outros clássicos da fantasia e da ficção científica:

“A ideia de que a fantasia é apenas para os imaturos surge de uma incompreensão obstinada tanto da maturidade quanto da imaginação. Assim, conforme meus protagonistas ficavam mais velhos, tive a confiança de que meus leitores mais jovens iriam acompanhá-los, ou não, como e quando o escolhessem. Num mundo editorial guiado pela publicidade, isso representava um risco real, e sou muito grata aos editores que assumiram esse risco comigo.”

Se o leitor me permite, aqui vai mais uma frase lapidar de nossa feiticeira sobre o tema:

“Quanto à acusação de escapismo, o que o escape significa? O escape da vida real, da responsabilidade, da ordem, do dever, da reverência – é isso o que a acusação implica. Mas ninguém, exceto os mais criminalmente irresponsáveis ou pateticamente incompetentes, escapa para a prisão. A direção do escape é rumo à liberdade.”

Volto em breve com posts mais substanciais, espero.

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