Preto no branco

Reinaldo José Lopes
Representação idealizada do quilombo dos Palmares

As comunidades quilombolas são, por bons motivos, locais simbólicos para o movimento negro brasileiro. A transformação cultural sofrida pela figura de Zumbi — de inimigo público número 1 do século 17 a herói mítico no Brasil do século 21 — é algo a ser comemorado, creio. O que significa para esse caldeirão histórico e político complicado, então, descobrir que, do ponto de vista genômico, os atuais quilombolas são quase tão europeus quanto africanos, além de terem relevante contribuição indígena em seu DNA?

Vestindo o meu “chapéu” de repórter, não pude explorar diretamente essa questão na reportagem que fiz sobre o tema recentemente nesta Folha. Por isso, decidi voltar ao tema por aqui, ainda que de modo breve.

Deu pra sentir, ao conversar com as pesquisadoras que assinam o estudo com esses resultados (média de 40% de ascendência africana, 40% de ascendência europeia e 20% de ascendência indígena em quilombolas do Estado de São Paulo), que a coisa é algo tensa do ponto de vista político por natureza. Ambas se mostraram preocupadas que eu usasse os resultados para dar a entender que os quilombolas “não eram negros” ou que, dependendo da maneira que eu abordasse a pesquisa, os membros dessas comunidades ficassem chateados e não quisessem mais trabalhar com elas. (Sinceramente torço para que isso não aconteça.)

Minha primeira observação, ainda que um tanto óbvia, é que uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. A posse de um pedaço de terra tradicional não deveria estar atrelada a um fenótipo, a uma aparência “padrão”, e muito menos a um “RG genético”, um certificado genômico de negritude (ou de “indianidade”).

Coisas como a posse da terra são essencialmente fenômenos históricos — quando se consegue comprovar a continuidade de dada população num local por muito tempo, e a chegada posterior de outros grupos, a lógica (e a decência, em especial) ditam que o grupo que chegou depois não pode simplesmente tomar as terras do que chegou primeiro. Isso vale para indígenas, para ribeirinhos e para quilombolas, por mais casamentos mistos que tenham acontecido no passado remoto ou recente.

Beleza. Mas é preciso ressaltar que os dados genéticos também indicam que as porcentagens que eu citei acima não foram parar no núcleo das células dos quilombolas de forma fofinha, romântica, igualitária. Quando se olha não para o total do genoma, mas para o mtDNA (DNA mitocondrial), só transmitido pelo lado materno, e para o cromossomo Y, só transmitido pelo lado paterno, o que fica claro é uma assimetria fundamental, indiscutível.

Vejamos: de um lado, do lado materno, cerca metade dos quilombolas tem mtDNA tipicamente africano, e a outra metade, mtDNA “ameríndio” (o de origem europeia gira em torno de 1% a 2%). Do paterno, o cromossomo Y dos homens dessas comunidades é, em sua maioria (61%) europeu, 30% africano e 9% indígena.

O problema aí, claro, é o seguinte: em populações humanas naturais, cada sexo corresponde a mais ou menos 50% da população (embora nasçam e morram mais homens, um tiquinho a mais). Essa desigualdade, em termos chãos e despidos dos adornos da retórica, só pode significar uma coisa: homens negros e, principalmente, indígenas, estavam sendo direta ou indiretamente impedidos de se reproduzir pelos homens europeus quando os quilombos se formaram, seja por regimes de trabalho desumanos, seja por serem segregados das mulheres de sua etnia (e, com certeza, das mulheres de origem europeia!).

É absurdamente significativo que mais da metade dos escravos fugidos ou abandonados que formaram o quilombo provavelmente tivessem pai branco — embora, é claro, outros brancos possam ter se incorporado às comunidades quilombolas ao longo dos séculos. E a situação indígena, claro, é ainda mais severa.

É por isso, em resumo, que não cola o uso dos dados genéticos para pintar um Brasil “mestiço”, “igualitário”.

——

Um rápido adendo. Nos comentários e no Facebook, alguns leitores me questionaram sobre a proporção original de homens e mulheres nas populações originais (um geneticista diria “populações parentais”) do Brasil colonial. Sabemos que relativamente poucas mulheres de origem europeia aportaram por aqui nos primeiros séculos de colonização. Isso não desmontaria o meu raciocínio?

Nope, não desmonta. Pro resultado final a proporção de mulheres europeias é irrelevante. Ela pode ajudar a explicar a baixa presença de mtDNA europeu, mas não explica a baixa presença de Y ameríndio e africano. A lógica diz, que no caso dos indígenas, não havia assimetria entre os sexos, enquanto no caso dos africanos deveria haver mais homens do que mulheres (mais braços pra lavoura). Ou seja, a conta continua não batendo. Tem Y de negro e índio faltando aí, e muito. Se alguém acha que tem outra explicação pra isso sem postular o monopólio sexual de toda a mulherada pelos europeus, sou todo ouvidos.

Comentários

  1. Com todo o respeito, não é possível chegar à conclusão alegada apenas com base nos dados expostos.
    Para que a conclusão começasse a fazer algum sentido, seria necessário que as populações africanas, ameríndias e europeias fossem simétricas entre si na época relevante para a formação daquela população específica, ou seja, que todas estas populações tivessem proporções semelhantes de homens e mulheres.
    Caso você possua estes dados, seria interessante divulga-los. Entretanto, uma pesquisa rápida vai indicar que imigração de mulheres europeias era incipiente no Brasil colônia. Assim, simplesmente não havia DNA mitocondrial europeu em quantidades significativas.
    Então, a forma esmagadoramente majoritária de europeus se miscigenarem nestas terras naquela época era de homens europeus com mulheres nativas ou africanas. O que é compatível com os resultados e não serve para demonstrar a tese. Forçada ou não, violenta ou pacífica, em havendo miscigenação, o resultado não poderia ser outro.
    Lembro ainda que consta que Darwin ficou em dúvida sobre publicar suas conclusões posto que afrontavam sua crença. Hoje vejo que cientistas ainda são reféns, não de crenças, mas de suas inclinações ideológicas, como mostra a relatada relutância dos pesquisadores em divulgar suas conclusões.

    1. Pro resultado final a proporção de mulheres europeias é irrelevante. Ela pode ajudar a explicar a baixa presença de mtDNA europeu, mas não explica a baixa presença de Y ameríndio e africano. A lógica diz que no caso dos indígenas não havia assimetria entre os sexos, enquanto no caso dos africanos deveria haver mais homens do que mulheres (mais braços pra lavoura). Ou seja, a conta continua não batendo. Se você acha que tem outra explicação pra isso sem postular o monopólio sexual de toda a mulherada pelos europeus, sou todo ouvidos.

      1. Então peço licença para me estender um pouco mais.
        Sua tese agora se sustenta unicamente na proporção do cromossomo Y na população avaliada: 61% Europeu, 30% africano e 9% indígena. E a população avaliada é de quilombolas no estado de SP.
        Desculpe-me se entendi errado, mas você está sustentando que a miscigenação NO BRASIL não foi pacífica com base neste único dado. E isso porque você concluiu, com base neste dado, que os Europeus de alguma forma impediram Africanos e Nativos de procriarem com as mulheres de seus próprios grupos. Certo?
        Mas você acha que os índices de cromossomo Y e de ascendência “geral” afastam-se tanto assim para sustentar a tese? No caso dos Ameríndios talvez, mas não isoladamente.Apelo à sua própria ressalva que apenas entre estes a proporção mulheres/homens deveria ser 50-50. Foi portanto a população com maior número de mulheres disponíveis. No caso do Africanos, há um desvio, mas de 25% ((30/40)-1) abaixo da igualdade. Os números indicam predomínio dos Europeus, mas estão longe de provar um “Monopólio sexual de toda a mulherada” como você coloca.
        E você acha que a amostragem de quilombos no estado de SP é significativa da miscigenação no Brasil? O fato de que em São Paulo a população de escravos africanos ter sido desprezível nos primeiros séculos de colonização não deve ser considerada? Os fenômeno das Bandeiras, predominantemente paulista, não tornam a amostragem pobre para o propósito?
        E, finalmente, não se deveria levar em conta como essas proporções ocorreram ao longo do tempo? No início – e durante muito tempo em sp – a miscigenação se daria quase que obrigatoriamente entre Europeus homens e Ameríndias. Quando os africanos chegaram em sp, já deveria haver uma população mestiça. Nada disso deveria ser levado em conta?
        Finalmente, você diz que ‘não cola o uso de dados genéticos para pintar um Brasil “mestiço”, “igualitário”’. Mas é claro que dá para dizer que é mestiço! A não ser que agora a definição de mestiço exija que a população em questão tenha proporções igualitárias de DNA mitocondrial e cromossomo Y das populações originais que as formaram.
        E duvido que haja alguém de boa fé usando esses dados genéticos como mostra de igualdade. Os africanos eram originalmente escravos, é óbvio que não havia igualdade. Só se pode usá-los para provar que aquele povo examinado é mestiço. Refutar algo que ninguém afirma não tem lá muita validade. Ademais, entre usar os estes dados específicos para proclamar algum tipo de igualdade e usá-los para concluir que de forma geral os europeus se aproveitaram sexualmente de índias e africanas há um longo intervalo que comporta um monte coisas.

        1. Os dados de quilombos na Amazônia e no Nordeste são mais ou menos os mesmos dos quilombos de São Paulo. Então não se trata de considerar São Paulo um caso especial — não é. Sobre alguém usar a mestiçagem como suposta prova de igualdade, sugiro que você leia o que tem sido escrito recentemente em histórias “revisionistas” do Brasil pra você ver se “ninguém” mesmo defende esse argumento.

          1. Lopes, acho que vc está confundindo os dois termos, mestiçagem e igualdade.

            O levantamento genômico demonstra que a mestiçagem foi e ainda é assimétrica. Não poderia ser diferente por várias razões. As imigrações até 1850 foram basicamente de negros escravos (já cativos por guerras interétnicas em África) e posteriormente (portanto mais recentemente) de brancos que também chegaram aqui inicialmente para trabalhar na lavoura de café, num sistema igual ou pior que a escravidão. Houve protestos na Europa contra tal sistema (não muito diferente do que ainda ocorre no interior do Maranhão, Acre, Amazonas, etc.), como no caso da fazenda Ibicaba, do então senador Vergueiro, um escândalo na época que sofreu críticas da Itália e da Prússia. O fato é que até 1900 o negro era dominante termos númericos em relação à totalidade da população, só mais recentemente, aumentou a participação de populações brancas no conjunto populacional. Quanto ao indígena brasileiro, houve e ainda há um verdadeiro genocídio, doloso nas disputas por terras e culposo com as doenças trazidas por brancos e negros. O veloz declíneo destas populações já nos primeiros momentos da colonização devem se refletir na pequena participação genômica naquela amostragem (se existe um verdadeiro passivo na nossa história, este é com as populações indígenas, que são sim minoritárias).

            Por outro lado, não existem raças, existem variações fenotípicas que são, no melhor das hipóteses, diversidades superficiais, epidêrmicas, ao fim e ao cabo.

            Infelizmente, no meu entendimento, estamos racializando nossas discussões, quando deveríamos focar nossas desigualdades econômicas, de distribuição de terras e o forte preconceito de classe, a meu ver as principais chagas da sociedade brasileira. Isto sim seria debater a questão da igualdade. Estas três questões são muito mais complexas e menos reducionistas que os pressupostos da existência de uma polaridade de apartheid entre brancos e negros. No mais, alguns discursos ideológicos racializantes paracem imaginar que podemos dirigir um carro em alta velocidade, numa estrada sinuosa, olhando apenas para um ponto remoto do retrovisor do carro.

          2. Sobre revisionismo histórico, é uma certeza hoje que a maior parte das propriedades agrárias da economia açucareira tinham menos de quatro escravos, excluindo a possibilidade de um Harem para o proprietário europeu. Outro fator “novo” é o que demonstra que o tráfico negreiro e o comércio eram as maiores fontes de renda da economia colonial, mesmo porque até a vinda de D João VI, essas atividades eram monopólio dos nascidos em Portugal, mesmo brancos natos aqui não podiam exercer o comércio. Assim, há fartas evidências que formou-se no Brasil uma população miscigenada – negros, brancos pobres e mestiços- predominantemente formadora da mão de obra local. Logo, a idéia de um estupódromo não se fundamenta, pelo menos não numa visão moderna de nossa história econômica.

          1. Grande novidade. Fiquei pasmo agora.
            Quem não sabe que os europeus vieram e dominaram todos os povos indígenas. Além disso, quem não sabe que eles trouxeram os negros da África para o trabalho escravo.
            Quem não sabe que ocorreram estupros em massa.
            Quem não sabe? Só vocês mesmo.
            Agora só falta você construir uma nova tese sobre o imperialismo dos EUA e como ele prejudica os países em desenvolvimento.
            OOHHHHHHH, vai ser uma novidade.

        2. Você está dizendo que as mulheres escolheram os parceiros europeus? Sabe-se que as mulheres eram submetidas e violentadas, e as amas de dentro , as mais bonitas nem entravam na senzala, eram propriedade, como diziam as senhoras despeitadas- “as mulas dos seus maridos” dai o termo mulatos, que deveria ser abolido. portanto o articulista tem razão.

      2. Falar-se em “monopólio de toda a mulherada” corrobora um tanto com certos estereótipos – vejo um certo olhar sobre isso já na “Carta de Caminha” (vale muito a pena visitar a literatura seiscentista sob esse recorte!) quando descreve as mulheres desta terra. Mas, isso talvez esconda algo bem mais dramático, como a mortalidade infantil dos filhos de pais não brancos! Nesse ponto gostaria de saber se é possível se ter dados sobre isso…

    2. Bom dia Fábio,

      você tem razão. Os caras escravizaram, e tocaram o terror nas africanas e nas índias e temos que interpretar os dados única e exclusivamente através de vertentes estatísticas e matemáticas. Não podemos considerar o contexto e simplesmente cruzar esses dados com a História que conhecemos. Parabéns por sua crítica a comunidade científica que não analisa dados isolados.

    3. Parabéns Fabio, pela resposta. E ainda teria toda uma explicação antropológica, que passaria pelo controle do mercado matrimonial pelos homens, no processo de estabelecimento de alianças sociais. Mas esse Lopes é tão burro, mas tão burro, que eu não tenho saco pra explicar

      1. Sra Katia, acho que seus comentários ofensivos não agregam nada. Acho legal esse tipo de pesquisa. Mas é obvio que as negras eram usadas sexualmente pelos brancos, isso é histórico. E, claro que os homens, usados para o trabalho pesado, não sendo dado o direito ao sexo igualmente aos brancos. Essa pesquisa só vem comprovar isso biologicamente.

        1. Não existe o “óbvio” quando se trata de História. Enquanto instrumento político, a forma com que ela é contada muda muito de acordo com o tempo.

    4. Sem que eu tenha conhecimentos específicos sobre o tema, posso afirmar que a lógica do
      Sr. Fabio parece irrefutável.

      1. Meu caro, sem conhecimentos específicos, é claro que vc vai achar a lógica irrefutável. Vc não precisaria dizer isso.

    5. Fábio. A história mostra que o número de negros chegou a ser muito maior que de brancos no Brasil, considerando que que, praticamente, todo o trabalho numa economia agrária era feita por escravos, homens. Logo, considerado a presença majoritária do dna branco, homens negros, apesar de serem maioria, reproduziam menos com mulheres negras. A história não mente quando indica a prática da escravização sexual das escravas pelos brancos. É claro que os limites de um artigo não permitem que dados sejam expostos, mas não se pode negar a pertinência do que foi aqui exposto. De mais a mais, uma pesquisa antropológica foi citada e isso já fundamenta bem.

  2. Santa ignorância! Sugiro que leia outros estudos antes de chegar a conclusões apressadas superficiais e equivocadas da realidade. Dica: procure saber quantas mulheres brancas européias vieram para o Brasil…

    1. Pro resultado final a proporção de mulheres europeias é irrelevante. Ela pode ajudar a explicar a baixa presença de mtDNA europeu, mas não explica a baixa presença de Y ameríndio e africano. Se você acha que tem outra explicação pra isso sem postular o monopólio sexual de toda a mulherada pelos europeus, sou todo ouvidos.

  3. Excelente artigo. Temos que avançar mais na reflexão do sistema de cotas, revisão da história brasileira e na real definição de minorias e sua respectiva proteção.

    1. As ações afirmativas (cotas)são para corrigir um déficit de décadas, não quer dizer que o “negro” seja menos capaz por ser mais ou menos Europeu, essa lógica é racista. As minorias foram descriminadas pela cor da pele, pela classe social, ninguém olhou genética para subjugar. Os negros tem os piores empregos e os piores salários, não por que são menos capazes e sim porque foram descriminados por décadas, e isso não pode ser mudado por um estudo genético.

      1. E quem disse que o sistema de cotas está aí para beneficiar os negros? Quer dizer que uma fila preferencial não é cota? E uma vaga de deficiente não é cota? Não tem nada que ser revisto. Vc não pede um exame de DNA pra saber se alguém é negro. Você julga pela cor. Cor branca é branco! Cor negra é negro. O sistema de cotas é muito mais amplo do que apenas vagas para negros na universidade. Minha casa minha vida é cota e tem muita gente, branco, pardo, mulato, cafuso, negro, que usa. Da mesma forma que tem muita gente que não precisa. Revisem seus conceitos antes de, simplemente, falar de cotas.

      2. *discriminadas com “i” . Não considero a cota uma política inteligente e sim um atestado de incompetência das autoridades. O correto seria melhorar a qualidade das escolas públicas. Daqui a pouco vai ter cota mínima de negros em empresa privadas, o que irá gerar apenas mais discriminação! E outra o mais correto seria simplesmente não se falar de raça já que a diferença genética é mínima!

  4. Excelente texto. Agora, sugiro “filosofar” um pouco sobre como definir se alguém é “branco” ou “negro” no caso, por exemplo, da adoção de um regime de cotas que leva em conta o critério “racial”, como acontece no nosso país…

      1. Não, ao meu ver o critério “racial” não faz sentido numa sociedade miscigenada como a nossa. Não, se atermos ao aspecto puramente físico/biológico. Se um indivíduo de “cor branca” poder ter mais genes de origem africana do que um indivíduo de “cor parda ou negra’, acredito que a cor da pele não seja o critério definidor de “raça”, ainda que historicamente as características físicas sejam a base da classificação “racial”. Mas com a descoberta do DNA, as coisas não são mais tão simples como pensávamos. Então, o melhor critério definidor de “raça” seria cultural. Um indivíduo criado num ambiente cultural “branco” seria “branco”; o criado num ambiente cultural “negro” seria “negro” e assim por diante (o mesmo valeria para descendentes de índios, japoneses, árabes, indianos, etc). De fato, isto já ocorre na prática, ainda que raramente. Por exemplo, quando uma criança de cor “negra” é adotada por um casal “branco” ou vice-versa, em que contexto cultural crescerá esta criança? Acredito que, dependendo do caso, a criança “negra” não se identificará com o patrimônio cultural da sua respectiva “raça”, pelo simples fato, óbvio, de ter crescido entre pessoas “brancas”. Mas se adotarmos esse critério cultural, não acho correto falar em “raça”, pois nesse caso estamos extrapolando a mera biologia. Essa discussão toda só serve para demonstrar algumas coisas: a) que cor da pele não define “raça”; b) que talvez nem haja mais, de fato, algo q

        1. ….talvez nem haja mais algo a ser chamado de “raça”; c) na verdade, somos todos descendentes de africanos; d) que a melhor forma de distribuir cotas é levar em conta o aspecto sócio-econômico ($), bastando que se evite fraude (ora, o próprio Bolsa família, o maior programa social do governo não leve em conta o critério “racial”, mas a renda). Obs.: obviamente, não sou racista, inclusive acho que esse negócio de “raça” ultrapassado. E quando falo em “cultura branca” e “cultura negra” falo em termos bastante genéricos e não hierarquizado. Importante constar isso para evitar problemas na época da, às vezes idiota, ideologia do politicamente correto.

          1. Realmente o resgate que alguns políticos tentam fazer com legado dos negros é interessante. Contudo entendo que a discriminação além da raça é econômica, é óbvio que os negros na sua maioria enfrenta condição econômica desfavorável, mas façam uma reflexão que a quetão financeira e tão cruel qto.

          2. Vocês são ingênuos. No Brasil de hoje o traço definidor de direitos é a filiação partidária e a índice de participação em protestos, ocupações etc. Vejam as últimas notícias sobre o programa habitacional oficial.

    1. é só dar uma olhadinha nas favelas gaúchas e ver quantas crianças de olhos claros iremos encontrar..MUITAS !!!!

      1. OLÁ!

        Prezado Amaragy,

        A Etnia reinante na região é Europeia, pois o Nativo Brasileiro(Indígena) que la Reinava antes foram dizimados por colonos e emigrantes que aqui chegaram no século 19, não havendo uma grande presença de descendentes Afros. Mas mesmo assim, o que vejo nas Vilas(favelas) da Região metropolitana da Capital Gaucha, são descendentes do povo Nativo da região e aqueles que pra cá vieram escravizados. Olhos claros! É uma busca do Povo pobre, pela estética “Eurodominante”, através do Estupro consentido e o não consentido, praticado muito durante a Escravidão. A busca da imagem e semelhança do Eurodominante aqui no Sul, não obteve grande êxito, pois o Emigrante Fechou-se em suas Colonias, reprimindo a miscigenação. Hoje já ocorre com mais frequência, pois os Nativo da Terra(Indígenas) e os Afrodescendentes(Negros, Pardos e Mulatos). No Século Passado a Igreja Colonial, já passou aos seus Membros
        que os Nativos e Afros, eram Humanos com Almas. Sugiro aos que aqui expuseram suas idéias, buscarem as HISTÓRIA de FATO. ou permaneçam nas ESTÓRIAS. As Guerras e Revoluções em suas maioria de vezes, ocorrem por esta busca da IMAGEM E SEMELHANÇA. VIDE MASSACRE DE RUANDA, SUNITAS X XIITAS, SERVIOS E CROATAS, ETC.

        1. Quando os imigrantes chegaram (veja bem: quem chega é imigrante) os paulistas já haviam exterminado as reduções e vendido os índios no nordeste. Do nordeste vieram para o Rio Grande do Sul os brancos que instalaram as charqueadas e trouxeram escravos africanos para o serviço pesadíssimo de abate e salga. A história do RS tem o antes e o depois da colonização com italianos e alemães. É preciso ler mais um pouco para não fazer esta sua mistureba, capaz de deixar qualquer crioulo doido.

    2. É fácil. Basta por a polícia na porta do local de inscrição. O que chegar de olho roxo tem direito a cota.

  5. aprecio textos que nos fazem pensar na diversidade cultural ainda tão presente no Brasil, que estão do nosso lado e não nos damos conta de sua existência e de seu legado na formação de nossa identidade. esse trabalho aqui relatado contribui para nos conscientizar um pouco mais sobre quem somos.

    1. QUEM SOMOS ?? originalmente criaturas de Deus e.. ao longo da vida …. conforme as opções … candidatos a filhos do Deus Altissimo …

  6. Agora, se há pouco mDNA europeu e muito Y europeu dentre quilombolas, o que vemos é o seguinte:

    A taxa de meninas branquinhas que se miscigenaram devia ser baixa.

    A taxa de meninos branquinhos pegando índiazinhas e negrinhas era alta.

    Indios foram exterminados, pois homens foram guerrear e houve bandeiras de caça ao índio que os escravizaram e os mataram, sendo as mulheres levadas como cativas.

    Negros vieram para a lavoura e na maioria eram homens, enquanto mulheres eram mucamas e iam para a cama com o senhor e seus capatazes.

    E é aquela coisa: homem sozinho faz “besteira”. Sem contar que para transar com uma branca tinham de casar com todos os sacramentos da santa igreja e, com negras e indias, rolavam orgias, pois sequer eram considerados pessoas, mas coisas.

    Creio que o estudo tem uma conclusão lógica se considerados aspectos geneticos.

    No mais, essa é a maior prova que raças não existem. Por essa razão, em vez de ficarem cohorando por um sistema de cotas raciais, deveriam sim reclamar por uma escola de nível médio e fundamental com qualidade, a ponto de fazer todos concorrerem em pé de igualdade.

    Sou a favor sim de cotas sociais, mas temporariamente.

    O problema aqui é que inventam essas coisas e ai ningu´pém tem culhão para tirar, pois prejudicaria o candidato e o partido nas eleições, além de ser um paliativo para a deficiência de nosso ensino médio e fundamental.

    Sou a favor de uma unificação curricular, não nivelada por baixo como tudo no Brasil; mas nivelada por cima. Para isso professores devem ter bons salárias, as salas de aula devem ter menos alunos, as escolas devem ser bem equipadas e as provas devem ser unificadas em nível municipal, estadual e federal, sendo o histórico do aluno devidamente considerado para disputar vagas em universidades.

    No mais, a realidade é que universidade não é para todos. É para quem é capacitado.

    Não adianta por um cara que não sabe nada para fazer um curso de exatas ou biológicas, pois ele tem grandes possibilidades de abandonar o curso. E, nivelar o curso por baixo, não formará profissionais adequados.

    É ai que vemos o cara formado em direito, engenharia, administração, odontologia, virando balconista de loja, vendedor de remédios, segurança e funcionário público de baixo escalão.

    Nosso problema é que adoramos criar “fantasias” da realidade e vender essas ideias à população.

    1. Maravilhoso comentário Elyson!
      Delírio Tropical, pode levar ao delito social, nosso passado esta repleto de exemplos, temos que clarear o consciente coletivo com realidades concretas e justas, evidenciar o lado luminoso da generosidade tropical.

    2. Discordo de você quando diz que não existem raças. Existe, pelo menos, uma raca: a humana.
      E gente graduada virando balconista não é apenas um fado de cotistas despreparados. Tem muita gente que não participa do sistema de cotas, se forma e não sabe o que fazer. Isso é falta de empreendedorismo ou alto-estima baixa, excluindo-se, claro, a condição de merda em que o país tem se encontrado e que ruma para baixo vertiginosamente. O cara não vai pra a faculdade preparado. É lá que ele se prepara e, amigo, quer você queira ou não, aí não cabem filosofias, pois tem muita gente que vivia na miséria que tá se dando bem porque teve a chance de cursar a faculdade e, “de repente”, mudou seu destino.

    3. Na primeira parte, a dos relacionamentos da época da colonização, foste perfeito, mas na segunda, quando desqualificas algumas funções exercidas por pessoas de bem, exagerantes na ignorância.

    4. o sistema de cotas insulta a todos porque pressupõe que não estamos vendo que o problema real é a péssima qualidade da educação “básica”. enquanto isso os professores apanham em suas manifestações por salários justos face aos nossos impostos que acabam enchendo a piscina de alguém.

    5. Elyson, além de pedófilo, seu discurso é racista… o preconceito imiscuído é tão grotesco que sinto até preguiça de contestar…

  7. Esse estudo talvez sirva para demonstrar como pode ser furada a tese sociológica de que o brasileiro é um homem cordial…

  8. levo em conta as explicações lógicas, mas com o percentual de informações que partem de uma luta pela sobrevivencia indígena, onde o indio é egoista ,em defesa de seus padrões fixados geneticamente e dificil é aceitação dp cpmvivio sexual com o mesmo, hava visto as experiências que temos com os remanescentes indígenas.

  9. Coisa triste o analfabetismo funcional… O autor do artigo teve que repetir várias vezes suas considerações…

  10. Finalmente uma opinião alheia às convenções impostas pela sociedade ridícula.Saibam pois, que minha singela opinião sobre essa ‘mistura” brasileira. Não é necessário ir muito longe. Nossa população não é mesmo uma “raça”. Essa mistura deu-se como resultado uma outra categoria (não especificada ). Somos sim brasileiros como um todo.Devido ao racismo nós não conseguimos evoluir como uma nação em todos os sentidos. Fico triste de ver por conta disso, surgir comunidades, levantando bandeiras ( lógico tire o fato de que é direito deles e apoio)com nomes estranhos e esquisitos que não tem nada à ver com nosso povo. E vejo isso nos veículos de comunicação dando então corpo à tudo isso, partindo mais ainda um povo que só quer trabalhar viver com liberfade de direitos. Não somos negros, não somos branco, nem amarelos ou vermelhos. Somos brasileiros. Um brasileiro hoje que tem a pele parda , não negro, a meu ver, por favor! é um brasileiro, com todo o seu charme e direitos.Tudo isso parte cada vez mais nossa gente! Sou à favor do reconhecimento está aí, por parte do governo para reparar o erro de uma Nação. Porém sou contra essas “organizações” que andam se espalhando por aí, para piorar mais ainda. Somos brasileiros ora essa com muito orgulho e amo meu povo por isso! “Raça Brasil”!

  11. Este estudo só demonstra, de forma irretocável, que as africanas eram sistematicamente estupradas e eram, por assim dizer, um prato “virgem “para o europeu. Satisfeito, ele até a levava para ser “dama” de companhia da esposa( se fosse um pouquinho humano) mas o filho era criado na senzala, embora, através da sua esposa, a criada recebesse um pouquinho mais de ajuda. As esposas normalmente sabiam das incursões do marido mas, aboletadas na condição de esposas, não ligavam. Outros que violavam frequentemente as escravas eram os capangas do senhor feudal e os capitães do mato. Assim, este foi um dos tantos motivos para que os negros , explorados sem piedade, fugissem e formassem os quilombos.Simples assim.

  12. UMA HERANÇA SOB O ESTiGMA DO “APARTHEID”.
    Poucos deles conseguiram reverter o quadro do “estado em ser separado”. Figuras esparsas despontam, aqui, ali, pálidas como um rosto em que o sangue teima em se ausentar. Poucas expressões, quase nada de mudanças, desde que navios negreiros aportaram estas terras, quando levas de submissos ao jugo da pele clara, eram despejadas para suprir a mão de obra que o silvícula recusara a submeter-se.
    Sim, eles, poucos como um Barbosa, ou antes dele, alguns em seus levantes infrutíferos, nada conseguiram que mudasse o panorama da separação, da segregação.
    Séculos de ausência, de reconhecimentos do sangue da mesma cor que corre nas veias, tem sido o sinal que teima em excluir uma parte do mundo que, uma simples coloração é sinônimo de pessoa não grata à sociedade. Tentativas acanhadas, mais por fatores políticos que propriamente fraternal, tem sido empreendidas. Contudo, mesmo tendo passado meio milênio de vida, o verde e amarelo da bandeira não tiveram força em fazer dispersar esse estigma. Continua, prossegue, até quando não se sabe. Mesmo um pária do passado e herói de hoje, ter se desdobrado, a consciência negra perde em todos os sentidos. Dos quilombos às favelas, a cor da pele continua em desvantagem. Até em obras cinematográficas essa cor recebe o símbolo do crime, da separação, ficando sob o gatilho dos gendarmes motorizados.
    O quilombo de outrora; a favela de hoje, por muito tempo continuará a ser o dístico das diferenças criadas pelos que se julgam a nata da raça humana.

    1. Apenas considerações, vale buscar como os negros eram capturados e quem os capturavam. Infelizmente a busca pelo poder escraviza quem não faz parte do poder dominante, sendo ele negro, branco, vermelho ou amarelo. Na África do Sul onde os negros foram massacrados, hoje pós Apartheid os papéis se inverteram e os brancos é que são massacrados, portanto na minha opinião é tudo uma questão de poder.

  13. Podemos notar que sempre a classe dominante, seja qual for a sua origem, se sobrepõe à outra. Nesse caso os brancos, que eram mais ricos, tomaram a posse de tudo em nome da ‘coroa’, exploravam e continuam explorando os outros. A questão é mais grave que raça ou cor, se trata de poder econômico. Os ricos exploram os pobres, consequentemente ignorantes, através da política desonesta e mentirosa. Exploram através do sexo, pagando ou não. Isso não está perto de acabar. Antes só eram os negros, hoje são todos os pobres, negros, índios e mestiços.

  14. Aco que sua pesquisa faz muito sentido, ainda que talvez tenhamos que esclarecer uma ou outra coisa deste contexto.
    Agora, o que mais me impressiona, já se inicia pelo título da reportagem e continua no desenvolver de sua intenção ao expôr sua pesquisa… O que mais me impressiona, é pensar que alguém (digo alguém de modo geral no Brasil) possa imaginar que a mestiçagem no Brasil, se deu de maneira pacífica. A mestiçagem feita de maneira violenta, é histórica entre povos não apenas aqui no Brasil e ainda hoje em tempos modernos, isto continua acontecendo em menor escala do que na época da escravatura legalizada e das explorações colonizadoras… É preciso apenas se informar um pouco! Ainda assim, acho sua reportagem bastante válida.

  15. O autor do artigo parece querer nossa Pátria dividida em grupos hostis.
    O que aconteceu é apenas História. O que interessa é o que faremos acontecer
    SÓ A UNIÃO FAZ A FORÇA!
    É tempo de parar de usar a antropologia contra o próprio País. GF

  16. gostei do texto, ele de fato é bom, discute um assunto interessante e o melhor termômetro são os comentários, concordando ou não eles (os comentários) são estruturados, inteligentes e direcionado ao assunto, diferente da maioria de bobagens que diariamente vemos na rede..

    sds

  17. Quem ainda fala em miscigenação PACÍFICA? Só algum retardado! Os brancos mataram os índios e seus filhos e pegaram as índias. Compraram muitos escravos homens e a maioria morreu de tanto trabalhar! Compraram também escravas, que tiveram filhos com negros reprodutores selecionados, e esses filhos morreram de tanto trabalhar! Elas tiveram também filhos com brancos e é justa a suspeita que esses talvez não tenham morrido tanto… MAS: COMO ERA O DNA dos negros escravizados que vieram para cá? Sabe-se que o DNA não é “puramente negro” nem nos confins das florestas africanas. Sem saber o percentual de DNA branco nos índios capturados e escravizados, não dá quantificar a miscigenação!

  18. No frigir dos ovos,o resultado é que predominou o desumano instinto de conquista,imposto pelos espanhóis,cobrados pelos ingleses,acatado pelos portugueses e abençoado pela igreja.
    Depois disso, buscou-se uma nova identidade nacional,uma bandeira que espelhasse um pensamento,um objetivo,uma história.
    A elite em formação, encontrou referencias nos intelectuais franceses, os principais inspiradores da “ordem e do progresso” estampados no mais importante símbolo da nação.
    O Brasil não conhece o Brasil…

  19. Precisava de um estudo complexo deste para saber disso? Quem nao sabe que as escrvas eram estupradas por seus “donos”? Nos EUA também foi assim. Hoje, nos EUA grande parte dos negros também tem DNA de europeus, Obama inclusive. O Neguinho da Beija.Flor também fez o teste e ele tem mais gens europeu que africano! Somos todos frutos da mesma árvore, uns mais claros e outros mais escuros. Pena que alguns desses frutos pensem ser a própria árvore!

  20. POIS…ZÉ…..O BRASIL É…O MELHOR …OU DIGO …PIOR PORTO PIRATA DO PLANETA, TODOS OS NATIVOS SÃO LARANJAS DOS NOVOS MERCENÁRIOS QUE ENTRAM 24 HORAS DIA 7 DIAS SEMANA, PARA DEVASTAR O ECOSSISTEMA, EM TROCA DE FILHOS CARTÃO AMARELO…..COM PATERNIDADE ESTATAL…VER ARTIGO 12 DO ATUAL COD. CIVIL E ARTIGO 12 CAP. 3 CONST.1988 E ANTERIORES.
    O GOLBERY DEIXOU UMA HERANÇA PARA OS BRASILEIROS,NATOS …E RATOS. VER DEBAIXO DO PISO DOS PALACIOS.

  21. Muiat bobagem científica para apenas atestar que os brancos europeus eram exímios em estuprar mulheres de outras raças.

    como eram detentores da maioria das armas realmente efetivas o contrário não acontecia com frequência.

    Além disso levando para o cunho histórico e o processo de estupro verificado pelas populações brancas durantes a II guerra mundial ( pesquisas atestam que o exército vermelho estuprou entre 1.000.000 a 2.000.000 de mulheres polonesas e alemãs) fica palpável a utilização dessa arma como modelo de conquista.

  22. Na realidade a população branca do mundo é sim responsável pela maioria dos atos criminosos desde que tiveram contato com a pólvora.

    Outras civilizações estiveram em diversos momentos com tecnologia superior mas nunca levaram esse processo de supremacia racial tão a fundo quanto a antiga Europa. O processo que transformou o a Europa no que ela é hoje passou por cima da carcaça de dezenas e dezenas de milhões de mulheres, crianças e homens asiáticos, africanos, ameríndios, etc.

    claro que tiveram uma excelente ajuda da religião inventada por eles.

    1. Não necessariamente. Aqui na América as tribos de índios mais fortes subjulgavam as mais fracas, vide os astecas no México. Na África acontecia exatamente o mesmo. Como você acha que os escravos eram trazidos pelos Portugueses, Ingleses?, eles simplesmente os caçavam lá como animais e os traziam? Não. As tribos africanas mais fortes subjulgavam os membros de tribos mais fracas e os vendiam aos europeus. A escravidão na África era perpetrada primeiramente pelos próprios africanos e depois pelos brancos. Na Oceania e Ásia também acontecia a mesma coisa. Tribos mais fortes dizimavam as mais fracas. Sendo assim, não é o homem branco o responsável único pelas barbáries e atrocidades que aconteceram no planeta, mas simplesmente o ser humano, independentemente de sua cor, cultura ou valor.

  23. O preconceito vem agora de sua parte, meu caro autor. O fato de homens europeus terem procriado com negras ou índias não significa necessariamente que tenha havido violência. Ao contrário, no caso dos índios, o branco foi recebido amistosamente pelos índios em muitos pontos do litoral e, noblesse oblige, com oferta de mulheres para entreter os recém chegados. Muitas negras, por sua vez, aceitavam, até facilitavam as coisas para o patrão para obter vantagens. Essa imagem do senhor de escravo estuprador não foi de forma alguma a regra. Em muitos casos, o senhor era tão pobre quanto o próprio escravo.

    1. Já ouviu falar da expressão “santa ingenuidade”? Pois é o caso do amigo aqui. Como se a negra escrava tivesse escolha entre facilitar ou dificultar. Só falta dizer que a a escrava seduziu e ludibriou seu pobre proprietário. Tadinho! Em tempo: leia alguma coisa como “O Povo Brasileiro”, Darcy Ribeiro.

  24. Por esta teoria o mapa mundi deveria ser todo modificado. Quem chegou primeiro? que invadiu a terra de quem? A tese não é científica. É forçada. Não se pode impor direitos por ter chegado primeiro. Há muitos outros fatores. E a Europa, como ficaria se aplicada sua tese?

  25. Sugiro ao autor reler Darcy Ribeiro em ” O Povo Brasileiro”, onde ele já explica que a matriz da raça brasileira desde o descobrimento foi a mulher indígena, e depois a mestiça,que “servia” a negros, europeus e indios.

  26. Gostei de todos os comentários.
    O assunto é bom e o nível dos participantes também.
    É difícil, hoje em dia, encontrar comentários sem que se ofenda os comentaristas que pensam diferente.
    Essa questão de raça deve ser estudada em termos teóricos, mas a prática é como já escreveram, somos todos brasileiros e isso é muito bom.

  27. Aliás, lendo os comentários nesse post, fico admirado de ver como as pessoas sofrem de complexo de vira-latas. Para elas nossa história é uma vergonha, nosso presente uma abominação, somos descendentes de estupradores, de bandidos e sem-vergonhas. Só que a história humana é escrita pelos vencedores, aos perdedores é dado o poder de ficar bem quietinho e sair de cena de fininho. Sempre foi assim e sempre será em todos os povos. Será que é tão difícil enxergar os pontos positivos que herdamos dessa miscigenação, como nossa diversidade cultural, a riqueza dos costumes, a cordialidade do nosso espírito?

  28. Só vou dizer parte da canção “CALDEIRÃO-BR”:
    Sou Brasil, berço da raça morena
    Rumo ao mundo sem fronteiras
    À nova civilização
    Eu sou Brasil
    Euro-Afro-Ameríndio
    Yorubá-Tupi-Latino
    Oxalá-Cristo-Tupã

  29. Em relação à inclinação ideológica de um cientista, lembro que Ciência não é apenas um método, mas também um Discurso, e, como tal, sempre ideologicamente orientado. Quanto à lógica e à decência, infelizmente a História e os movimentos populacionais não são orientados por tais fatores, e sim por necessidade e Poder.

  30. As ações afirmativas (cotas)são para corrigir um déficit de décadas, não quer dizer que o “negro” seja menos capaz por ser mais ou menos Europeu, essa lógica é racista. As minorias foram descriminadas pela cor da pele, pela classe social, ninguém olhou genética para subjugar. Os negros tem os piores empregos e os piores salários, não por que são menos capazes e sim porque foram descriminados por décadas, e isso não pode ser mudado por um estudo genético.

  31. Sera que e nescessario “contar”DNA pra confirmar o obvio?
    So com um pouco de historia a questao e solucionada!
    Quantas mulheres vieram com Pedro Alvarez Cabral?
    Vou chutar…acho que zero!
    Com quem eles teriam que ter relacoes forcosamente?
    Indias e depois negras.
    Que tipo de relacao ?
    Maioria estupro.
    Talves sejamos menos intransigentes em relacao a miscigenacao de um seculo para ca ou menos ,e continuamos menos intransigentes do que a maioria dos outros paises.
    O racismo e inerente ao ser humano,existe em todos os paises!
    Hoje isso nao cabe mais em nossa sociedade e temos que erradica-lo!
    Pra comecar somos todos da RACA humana!

  32. Duas outras situações podem ter colaborado para esse “desequilibrio” que favoreceu os homens europeus.

    1- Homem europeu seria geralmente mais rico. Atrairia mais mulheres e teria melhor condição de criar seus filhos. Seus filhos homens, mesmo mulatos, teriam também mais chances de prosperar financeiramente.

    2- As próprias mulheres negras e indígenas estariam mais propensas a se reproduzir com um homem europeu devido as suas condições financeiras e status social.

    Darwin já deu as dicas da seleção sexual na primeira versão da “Origem das espécias”. Não precisamos partir para o bom mocismo ou politicamente correto para tratar a diversidade étnica no Brasil.

  33. Independente de conlcusões numa ou outra direção , pela primeira vez vejo uma discussão inteligente e “nao partidária”…..
    que bom se todas as reportagens levassem a comentários assim….

  34. Que (H)história é essa de culparem o europeu de ser estuprador e violento? Homens de QUALQUER raça são assim. Homens estupram quando querem e sabem que não haverá nenhuma consequência negativa, em qualquer época, em qualquer raça.

  35. Interessante, mas pra mim só prova a bobagem que é toda essa história de raça e toda essa conversa. O fato é que de uma geração para a outra tem gente que “vira” branco, ou negro, ou índio. Tua mãe é negra e teu pai é branco, vc nasceu branquelo? Então é branco, nada de cotas pra vc. Teu irmão nasceu moreninho? Ele é negro, cotas pra ele. Toda a política de cotas e a criação de raças pelo governo está mais baseada em ideais políticos do que de igualdade entre os homens. Fato.
    Mesmo assim entendo a necessidade de cotas, feita de outra maneira, não como essa que é feita hoje. Porque é impressionante como alguém em uma ou duas gerações vira ou desvira negro, impressionante.

  36. “Nope” diz o comentarista. Um lapso Freudiano? O conceito de nacionalismo étnico é algo foi fabricado nos EUA e importado para cá. Algo totalmente anti-brasileiro. A idéia de que as diferentes “raças” precisam ser “protegidas” é algo que remonta do racismo (pseudo)científico do século XIX e que é parte da cultura americana. Nada temos com isso. Apesar da evidência clara o autor decide simplesmente ignorar a lógica. Como é possível deduzir que não houve miscigenação pacífica? Aliás, miscigenação continua ocorrendo até nos dias de hoje. As pessoas são obrigadas a se casar por um acaso? Esse é artigo é ótimo para ilustrar uma coisa, como alguns manipulam os dados para suportar uma agenda racista. Isso também é muito comum nos EUA diga-se de passagem, onde o movimento negro de lá luta para que não se reconheça “mestiços” como um grupo separado que inflar os cálculos de quota. É uma vergonha essa corrupção americana ser importada para cá.

  37. Sinceramente, para que estudar estes quilomboloas que são resquícios de uma sociedade falida e assim continuam no marasmo da preguiça? (ou vai dizer que são comunidades voltadas para a produção de alguma riqueza?) porque não estudar as segundas e terceiras levas de imigrantes europeus e asiáticos das duas eras pós guerra (italianos, alemães, japoneses e etc) que aterrizaram por aqui e trouxeram, por fim, a garra e força de trabalho para desenvolver esta que era anteriormente uma grande e ineficiente fazenda de açúcar? sem estes novos “genes” nosso país hoje sem dúvida seria muito mais similar a uma Angola, Moçambique, Bolívia ou Paraguai, alías, em alguns locais onde ainda não se vê estas etnias, o desenvolvimento é paralelo à época dos moinhos de engenho – com a deficiência de que os ignorantes agora votam e elegem governantes.

  38. O texto do Fábio está ótimo e os comentários, uma delícia. Refletir sem ofender , é um MBA online. Parabéns a todos.

  39. Gente, quanta masturbação ego-racista!! Entendo que a ciência geneticista desde as origens se justifica no propósito da saúde e cura de doenças. Agora essa merda de usar estudos genéticos para escolher “vítimas” do passado, agora candidatos a privilegiados num estado de direito é, MERDA MESMO! O raciocínio discriminante desde a masturbação aí praticada, se racional, vai criar privilégios aos descendentes dos escravos dos faraós no Egito, dos descedentes dos escravos desde a Roma antiga e assim por diante. O passado deve ser inspiração para o justo, para a sabedoria no sentido de entender que não existem brancos, negros, amarelos, indios, e sim a raça humana, desde os versos de Jonh Lennon em Imagine. O caminho?? Escola de qualidade em tempo integral, franqueada a todos, independente de castas e cotas, verdadeira forja para o homem entender seu real destino na terra: viver em paz e ser feliz, sem a prática de masturbações convenientes e vingativas do passado.
    Sou descendente de europeus, indio e negro. Graças a todos eles SOU, EXISTO, ai o meu privilégio, não direito de cotas desde onde qualquer das minhas ascendências possa me privilegiar, em detrimento de um humano como eu, e minha relação com qualquer outro humano deve ser cooperativo e não de submissão desde privilégios fictos. Tenho dito!!!

  40. Um fato a ser levado em consideração é o seguinte: ainda que bastardos, não existiria uma certa proteção a seus descendentes por parte dos europeus, mesmo que tenham sido concebidos à força? É natural do ser humano, ainda que por meios tortos, proteger de alguma forma a sua prole em detrimento das demais. Isso justificaria o fato de existirem mais quilombolas com DNA europeu – os poucos de filhos negros que existissem teriam que se virar sozinhos, sem o suporte (ainda que mínimo) dos “pais” europeus. Os com DNA africano e indígena minguariam e dificilmente conseguiriam vingar.

  41. Eu creio que podemos resumir a intrepetação destes dados estatísticos assim de forma que todos concordem:
    nos primeiros três ou quatro séculos de colonização no Brasil, os europeus do sexo masculino tiveram de forma bastante acentuada muitos mais descendentes do que seria esperado dada a sua proporção numérica naquela época. Isto provavelmente ocorreu devido a sua superioridade econômica, política e militar e sua posição dominante naquela sociedade.

  42. Efetivamente, não houve qualquer “mestiçagem pacífica” no Brasil. O que houve foi um estupro generalizado. Gilberto Freyre em Casa Grande e Senzala diz que os degredados que chegavam ao Brasil eram estimulados pelos governos portugueses a emprenhar as índias e escravas africanas ao máximo, para multiplicar a população. Freyre então diz : “Eram meninos que cresciam à toa pelo mato”.

  43. Reinaldo, eu achei bom o texto, mas gostaria de fazer algumas considerações:

    1 – Essa sua pesquisa baseia-se no fato de que alguém foi até às comunidades quilombolas e perguntou aos cidadãos que lá moravam se eles eram descendentes dos antigos quilombolas. E eles, é claro, disseram que sim.

    Tudo muito bom, mas como é que nós podemos saber, atualmente, se um indivíduo que se declara quilombola REALMENTE é um quilombola? Trata-se de uma autodeclaração!

    Não existe a possibilidade de que muitos dos integrantes atuais das comunidades quilombolas sejam apenas mestiços que decidiram se enfiar lá para ganhar um pedaço de terra?

    2 – Você parece querer fazer crer que, em 100% dos casos em que houve sexo entre um homem branco e uma mulher negra ou índia, houve violência. Me corrija se eu estiver enganado.

    Mas será que foi isso mesmo que ocorreu?

    Será que não houve muitos casos de meninas negras ou índias que simplesmente decidiram fazer sexo com o homem branco para obter benefícios – estratégia feminina essa existente em todas as ‘raças’ desde que o mundo é mundo?

    3 – Você observou que os homens negros procriavam pouco, e afirma que a culpa disso era toda dos senhores de escravos, que deliberadamente os impediram de procriar.

    Mas é possível que outros fatores tenham concorrido para que isso acontecesse.

    Dou um exemplo: os senhores de escravos não faziam quase nada além de manejar um chicote o dia inteiro. É evidente que podiam chegar à noite com energia para dar uma, duas ou três.

    Enquanto isso, os escravos passavam 10, 12 ou 14 horas por dia trabalhando no pesado, sob a fiscalização do feitor – então era difícil dar uma ‘escapadinha’ durante o dia-.

    À noite os escravos eram trancados na senzala, provavelmente esgotados físicamente – até porque a alimentação deles não era abundante e variada -.

    É lógico que, vivendo da forma como viviam, os escravos não tinham nem tempo, nem oportunidade – já que passavam o tempo todo sob vigilância – e muito menos energia para fazer sexo!

    Agora, imaginar que tal situação tenha sido criada deliberadamente por algum senhor de escravos psicopata que não queria que os negros proliferassem exige, com toda a vênia, uma grande dose de criatividade!

    Concluindo, eu gostaria de dizer uma coisa: a escravidão foi uma coisa horrível por si mesma. Não é necessário criar uma Teoria do Estupro Generalizado de Escravas para fazer com que esse capítulo da história fique mais carregado.

    1. Oi Samuel,

      Desculpe se o texto ficou com cara pouco nuançada. Não foi esse o objetivo. Respondendo suas perguntas:

      1)Possível em alguns casos, mas como a vida em comunidades quilombolas não é exatamente um mar de rosas e a obtenção da posse reconhecida em lei é um fenômeno recente, acho que a maioria dos casos é de quilombolas “legítimos”;

      2)Claro que 100% é muito e errado. Em muitos casos esses relacionamentos devem ter sido consensuais ou, no mínimo, não violentos. A questão, de novo, é a proporção. Não faz sentido que os homens brancos fossem sexualmente tão mais atraentes para mulheres africanas e indígenas. É isso que deixa a coisa suspeita.

      2)Exaustão e saúde ruim com certeza também eram fatores. Mas não os únicos nem, suspeito, os mais importantes.

      Abraço!

      1. A situação no período escravagista era que os escravos não estavam muito disponíveis para as mulheres (qualquer mulher). Os homens livres, sim, e esses eram majoritariamente mestiços ou brancos. O escravo era tratado como coisa, bem de produção que deveria ser usado ao máximo para o retorno do capital e substituído quando não mais pudesse trabalhar, isto é, morresse. De qualquer maneira, parabéns pelo excelente debate suscitado pela sua matéria.

  44. Com todo respeito,acho que ficar insistindo em detalhes raciais pode acabar levando o Brasil à pior das consequências: a discriminação ostensiva.Definitivamente, endosso as palavras de meu avô materno, ao apontar para os portões do cemitério,para os filhos:-“Além desses portões,ficamos todos iguais.De uma cor só.”
    DETESTO essa mentalidade que -de repente- começou a fazer parecer que as pessoas de origem MESTIÇA precisassem de coisas como cotas,etc.Sim, porque basta morar em Brasília e deparar-se com diplomatas africanos fazendo compras, para vermos que negro puro,já não os há no Brasil e há muito tempo.Portanto, esse negócio de começar a falar “negro,negro”, “branco,branco” começa a forçar a barra para ficarmos iguais aos anglo-saxônicos ou sul-africanos da era do “apartheid”,ou pior, nazistas, comn seus mitos sobre raça pura.Uns imbecis começaram até a discriminar o termo “mulato,mulata”.”Ah, não, isto ORGINALMENTE era sinônimo de cruzamento de jumento com cavalo”.Que besteira! E surgiu essa de “afro-descendente”. Já imaginaram? Aquele samba do Ataulfo: “Ô afro-descendente assanhada que passa com graça, fazendo pirraça,fingindo inocente”…Ridículo.O termo “negro” ,ou “nigger” em inglês tem conotação fortemente pejorativa, coisa que não acontece no Brasil.”Meu nego”,”minha nega”, “meu preto” (Maranhão) e etc. Portanto pouco me importa se foi miscigenação à força ou pacífica. O produto final está aí e cá pra nós, de primeira.Esse “sfumato” racial que é nosso país, deveria nos encher de orgulho.Se há racismo residual, vamos limpá-lo.Mas não fazer o cavalo de batalha que passaram a fazer com a discirminação, como se estivéssemos no Alabama dos anos 50,era de ônibus, banheiros, alas de cinema só para negros.Graças a Deus isto é impensável.Foi impensável, desde a proclamação da República.A ordenação do primeiro bispo na República foi de um negro mineiro, Dom Silvério Gomes Pimenta.Trajetória muito parecida com a de Joaquim Barbosa,por sinal.Diferença:não era “metido”.Sua biografia é um primor.
    O que temos de fazer é proporcionar à nossa população mestiça tanto condições materais desde cedo, como consciência,vontade de progredir para que subam nos padrões sociais.
    Portanto, expresso meu receio,quanto a dar-se muita corda nesses promenores raciais.Que fique nas academias, em estudos para quem estudou muito.Mas jogar tal informação de forma superficial em mentes despreparadas, pode dar…vide aquele segundo vídeo da Cris Nicolotti.

  45. Acho interessante o estudo realizado, por que corrobora com o que foi visto na prática e confirmado através da história. Estes estudos são fascinantes para a academia que não consegue enxergar méritos em trabalhos que se destacam em alguns lugares, contados pela oralidade, com raras exceções.

  46. Evidentemente que essa pesquisa não precisa ficar restrita aos dados biológicos, genéticos e estatísticos. Esses só corroboram os fatos. Quem conhece um pouquinho da história do nosso Brasil colonial sabe que muitos escravos foram castrados, por interesse dos senhores. Por exemplo, os escravos das minas, necessitavam homens baixos para o trabalho. Os fortes e altos eram castrados para impedir sua herança genética. Ao contrário ocorria nos canaviais: os mais frágeis também eram impedidos de procriar. Fechar os olhos para esse triste capítulo é o mesmo que negar a trágica atuação nazista na 2ª guerra mundial. A memória deve ser sempre mantida, para que fatos lamentáveis como esses não mais se repitam.

  47. Gostei muito dos comentários (embora discorde de alguns). Raramente se vê um debate surgir e prosperar assim… Naturalmente… Com várias posições sendo reveladas de forma inteligente e ordeira. Parabéns a todos…

  48. Bom dia. Ao autor é recomendável reescrever o artigo com base nos estudos antropológicos e históricos constantes em O POVO BRASILEIRO, de DARCY RIBEIRO. Obrigado. Alexandre Coutinho Pagliarini

  49. Explica miscigenação até a página 2. Imaginemos o desembarque de 50 europeus para colonizar SP. Os 50 se aliam as tribos próximas por sobrevivência. Ou vc acha que 50 europeus subjugam centenas de milhares de índios. Os índios oferecem suas esposas – tática até hj existente no polo norte, com o intuito de diversificar o DNA.
    Nascem os filhos. O que seriam??? Europeus estupradores? Ou mestiços?? Provavelmente, falantes da língua geral. Muito provavelmente gozam de poderes superiores dentro da aldeia, acesso a tecnologia, politico (com os sucessivos desembarques e etc)..com maior probabilidade não só de ter filhos, MAS QUE SEUS FILHOS TBM SOBREVIVESSEM, devido a alimentação, mulheres saudáveis etc….
    Não foi o europeu originário o unico a se miscigenar, ele apenas deu o “start”, isto é óbvio. Os filhos mestiços, geração após geração, continuaram o serviço, e dificilmente foi pela força..

  50. Como é bom ver a nossa cultura sendo discutida.

    Parabéns a todos pelos comentários de altíssimo nível!

    Gostaria apenas de corroborar algumas falas apresentadas.

    SOMOS DA RAÇA HUMANA! PONTO FINAL.

    1. A raça pode ser única, mas as etnias não. E os resultados que cada etnia conquistou também não deixam dúvidas.

  51. Alguém que compra escravos vai querer que eles se reproduzam entre si, criando famílias, laços afetivos e fazendo os escravos ficarem mais unidos e fortes para enfrentar os senhores e seus capatazes? Acho que não, principalmente por que os europeus que tinham dinheiro para comprar escravos se sentiam desamparados pelo governo colonial para enfrentar revoltas e também eles tinham a consciência de que um povo unido pela raça poderia expulsá-los da colônia e o Brasil deixaria de ser colônia de Portugal rapidamente. Então a estratégia dos senhores era simples, não deixar os escravos homens se reproduzirem de uma forma ou outra e, unindo o útil ao agradável, reproduzir-se com as escravas índias ou negras, fazendo elas terem laços com os senhores. Os mais fiéis viravam capatazes e jagunços e os outros, mão-de-obra escrava. Logicamente, no início da colonização, os senhores contavam com mais mão-de-obra não escrava e sua própria família branca que ajudava na escravidão, no manejo e na mestiçagem. E no estudo de reprodução de populações humanas e suas culturas, qualquer coisa pode acontecer, pois certamente haviam senhores que eliminavam com total sucesso a reprodução dos escravos homens, bem como haviam aqueles que os deixavam se reproduzirem livremente para quaisquer fins, com qualquer grau de reprodução entre escravos entre estes extremos.

  52. o rlopes está de parabéns. a principal relevância do artigo/pesquisa é proporcionar essa conversa tão importante em torno das relações sociais no brasil; considero lamentável o racismo e a discriminação racial no brasil: cotas para afro-descendentes nas universidades são necessárias e oxalá não precisem durar para sempre! duraremos nós? alta qualidade no ensino público, desde a creche/escola maternal até às escolas técnicas e à universidade é o que melhor combateria o racismo!

  53. Isso tudo é uma grande besteira, e pra ajudar vem este zé ruela escrever este artigo sem pé nem cabeça usando dados sobre DNA para querer dizer que os negros foram oprimidos pelos europeus… blablabla… Existe negro pobre do mesmo jeito q existe branco pobre, o que vemos hoje é esta palhaçada de “ai coitados dos escravos, foram judiados pelos europeus”, “ai da cota pra eles”… PARA TUDO! quem aqui já teve escravo? quem aqui já foi escravo? Eu nunca tive um escravo e agora meu filho branco e pobre vai levar desvantagem porque ele é branco e pra ele não tem cotas… o filho do meu vizinho que é negro tá bem na fita, pq pra ele tem cota, mas o pai dele nunca foi escravo… Não sei se é só comigo mas isso tudo me parece muito errado.

  54. Será que esse título está correto : “Darwin e Deus: DNA…”. ? Embora a evolução decorra de mutações genéticas favoráveis, Darwin nada sabia sobre genética. Sua obra – Origem das Espécies – que fundamenta a Teoria da Evolução, foi publicada em 1859, enquanto a genética só foi anunciada seis anos depois, em 1865, por Mendel.

    1. E os darwinistas fundamentalistas também não apreciam nadinha nadinha a sequencia titulatória Darwin e Deus …. preferiam algo mais cartorial do tipo Darwin e Darwin…

  55. A conclusão da manchete é totalmente errada. Na verdade as negras se sentem e se sentiam atraidas por homens brancos porque os acham bonitos e sempre tiveram condição socioeconomica mais elevada. Não houve, nunca, homens brancos impedindo negros de se reproduzirem.

    1. E estes homens brancos inventaram o fim de semana livre, para estimular os namoro entre os negros que não duravam 10 anos apanhando brutalmene nos engenhos.

  56. Gosto do autor e de seu espaço na Folha. Levanta debates interessantes.

    Mas o leitor Fábio simplesmente destruiu toda argumentação (nesse caso furada) do autor.

    Amostra pequena. Tese óbvia. E claro, negros eram escravos. Mulheres européias eram da elite. Que surpresa que no mundo machista do século XVIII e XIX era raro o cruzamento de fêmeas de elite com machos da mais baixa classe social.

    Isso ocorre até hoje.

    O autor quer concluir algo politicamente correto (a miscigenação não foi pacífica e igualitária), o que é totalmente óbvio (como haver miscigenação “igualitária” quando as populações eram absolutamente distintas socialmente, economicamente e politicamente), tenta usar ciência para isso mas esquece de ser minimamente científico.

    Entao populações quilombolas de SP agora são representativas do processo de miscigenação de um país de 200 milhões? Não servem nem para provar falácias racistas.. mas também não servem para provar conclusões bonitinhas.

    E o pressuposto de que a miscigenação teria sido pacífica caso houvesse IGUALDADE entre descendentes de pais e maes africanos é absolutamente falso, tosco e ilógico.

  57. Emocionante a discussão! Minha apreciação para quem afirmou que faculdade não é para todos! Entendamos que o “todos” inclui resultado da junção de todas as origens ! Entendo que a faculdade não é mesmo para todos no Brasil e não o será enquanto a educação continuar como está! Enquanto não tivermos uma formação melhor para os educadores. Enquanto a família brasileira não abraçar a ideia que a educação informal ministrada no cotidiano da vida doméstica é a base de tudo, não teremos uma boa escola mesmo que o sistema se aproxime do melhor sistema do mundo.
    Não gostei da”incuntura” do leitor que qualificou de “MALA”, alguém que se referiu levemente à questões religiosas!
    Creio com firmeza que todos viemos de uma só origem!
    Felizmente temos o direito de expressão!
    E baseada neste direito , citarei uma expressão apocalíptica que diz que “Jesus comprou para Deus, os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação”. Assim que se não houvesse outra razão para a aceitação de todas as raças, teríamos esta informação que mostra a consideração do céu sobre as diferenças raciais. Somos brasileiros ! Somos objeto dos planos de Deus! APOCALÍPSE 5:9

    1. Perfeito Odete… TODOS fomos comprados por ALTO PREÇO , porém trata-se de uma venda ligeiramente diferente das demais …existe a necessidade da ANUENCIA do objeto adquirido ( cada pessoa ) para a concretização efetiva do negócio …

      infelizmente , pelo que vemos aqui no blog … e veremos no dia D também … muitos ou a maioria não concordará em ser objeto do negócio … preferindo o antigo proprietário…amém

    1. Foi um total extermínio pela exclusão, pobreza e fome em menos de 50 anos (1850-1900), na época da imigração europeia. Os negros que existem no país vieram como marinheiros de Cabo Verde já no século 20 e não tem relação nenhuma com os escravos dos séculos anteriores.

  58. Amei ver que há tantas pessoas inteligentes neste país. O texto serviu para despertar opiniões diversas, de mta gente capaz. Onde estão vcs quando o governo tem feito, ATUALMENTE, o que faz com esse país?????? Obrigada gente culta e inteligente.

  59. Fico “impressionado” como os europeus eram assim “tão maus” e mais ainda como melhoraram sua personalidade e caráter atualmente. E por outro lado como os africanos eram passivos aos maus tratos e não se revoltavam. Olha que naquele tempo as garruchas só tinham uma bala e os africanos eram muito fortes do que os europeus. Tem alguma coisa de errado nestas avaliações. Quanto ao Reinaldo, deve ter passado uma noite mal dormida antes de chegar a estas conclusões.

  60. Emanuel é contra as cotas raciais, conforme escreve no Livro “O consolador” psicografado por Chico Xavier, pergunta 61:”Como devemos encarar a política do racismo?Emanuel: Se é justo observarmos nas pátrias o agrupamento de múltiplas coletividades, pelos laços afins da educação e do sentimento, a política do racismo deve ser encarada como erro grave, que pretexto algum justifica, porquanto não pode apresentar base séria nas suas alegações, que mal encobrem o propósito nefasto da tirania e separatividade”. O grande ator Morgan Freeman diz semelhante a Emanuel, porém com outras palavras, basta digitar no youtube:”Morgan Freeman ensina o que é racismo de verdade em 40 segundos.”Morgan Freeman é um ator negro ganhador do oscar.Ou digita no Youtube: Cotas racias? Opiniões divergentes. “Hélio do casseta.

  61. “Raça humana” é um termo comumente usado em comunicação, mas totalmente errado no aspecto biológico. O ser humano atual no planeta pertence à ESPÉCIE Homo sapiens, após a extinção das outras espécies do gênero Homo. Somos, portanto, da ESPÉCIE HUMANA.

    Já “RAÇAS” são subdivisões dentro de uma espécie. Mas existe um problema de quanta variação biológica entre grupos de indivíduos seria necessária para criar a qualificação de “raças” dentro de uma mesma espécie.

    Na nossa espécie, a migração dos ancestrais africanos para localidades geográficas distantes – que tem condições climáticas muito diferentes da original, selecionou características adaptadas àquelas novas condições. Por exemplo, a cor escura da pele, que na África protegia a pele da radiação ultravioleta (UV) do sol intenso, foi seletivamente eliminada no clima de pouco sol da Europa, para que a pele pudesse aproveitar o pouco UV disponível para produzir a [agora se sabe] importantíssima Vitamina D – essencial à sobrevivência nas altas latitudes. Assim, as “raças” dentro da nossa espécies são ECÓTIPOS, ou seja, são variedades cuja diferenciação ocorreu guiada pelo processo de adaptação às condições ambientais específicas dos locais nas quais elas se estabeleceram.

    Por isso, MORFOLOGICAMENTE, é mínima a variação entre as “raças” no ser humano, em comparação com outros animais. As diferenças são tão sutis que se baseiam num caráter gradativo como a cor da pele, ou em diminutos marcadores genéticos. Uma variação tão sutil leva à questão sempre fascinante de se a população humana é composta por “raças” consistentes ou “variedades”.

  62. Para mim a pesquisa está alinhada com a história. Cabe lembrar que Portugal era um reino pequeno na Europa com um população da mesma proporção do seu território. A lógica de incentivar a miscigenação no inicio da colonização era uma questão de segurança e de ocupação territorial das colônias. Quanto a segunda parte da miscigenação sugiro a leitura do livro PRETO NO BRANCO – Raça e nacionalidade no pensamento brasileiro (1870-1930) de Thomas E. Skidmore. Ele explica com dados a razão da escolha. Reinaldo, parabéns pelo texto.

  63. Prezado Reinaldo, a sua interpretação dos dados é pertinente pelo que sabemos sobre os costumes dos senhores de escravos terem “amantes” negras. Sabemos que o indivíduo branco da época usava de força nas relações com outras etnias. Minha pergunta é: e os negros reprodutores que os registros históricos falam? Já seriam eles filhos de homens brancos com mulheres negras e por isso perpetuaram o DNA branco Y? Ou sendo filhos de negros o seu papel nas populações quilombolas foi pouco influente? A interpretação dos dados é mais difícil porque se referem a um ambiente livre, pelo menos é o que pensamos dos quilombolas. Eu poderia dizer que existiam mais mulheres negras e mais homens brancos nos quilombolas e poucos homens negros e índios, de forma às mulheres quilombolas era mais fácil terem companheiros brancos do que negros. Este é um viés aceitável?

  64. O problema não é o genótipo e sim o fenótipo.
    Nas políticas afirmativas de cotas se examina o fenótipo do cidadão ou cidadã, não os gens …
    A polícia, quando aterroriza na periferia não examina o genótipo e sim o fenótipo do indivíduo que vai receber a política de segurança pública no couro através dos cacetetes desses cães ferozes …
    Questão antropológica e sociológica muito séria para se reduzir a um microscópio!

    1. Rubens,
      O problema é que um MESMO genótipo pode resultar em fenótipos diferentes. Inclusive em irmãos gêmeos, como no famoso caso dos universitários da UnB.

      O tema deste post é inteiramente genético – abrangendo tão somente o genótipo. Desviar o assunto com “cacetetes” e “cotas” é se deixar levar por preferência ideológica. Análise genética nos dias de hoje é exata (vide teste de paternidade), o que varia são as interpretações dadas ao achado genético. E a cosquinha de introduzir ideologia na discussão invariavemente mina a credibilidade da interpretação.

  65. Eu acho que tem muito por que?Sera?Blá,blá…
    A pesquisa é interessante,foi bem colocada e ainda gerou um belo debate.OK
    Na minha humilde opnião esse tipo de pesquisa jamais vai concluir qualquer tipo tese ou muito menos veracidade nessa questão.
    É obvio que na maioria dos casos as negras eram “obrigadas” a terem relações com seus senhores mas isso não significa
    que seria algum tipo de estupro ou que a a miscigenação não foi pacífica e igualitária,na época era muito comum os senhores manterem relações
    com escravas,pois elas não passavam de objetos para eles e elas não tinham noção de que eram simplesmente iguais a eles,achavam que era obrigação,Lembrando que relações de senhores com escravas e não o contrário,pois na época como sabem os costumes eram muito diferentes dos de hoje e as mulheres eram praticamente “santas” não generalizando simplesmente não era comum.
    Porem em muitos casos elas estavam menos “expostas” a receberem punições por exemplo se “servissem” ao seu senhor dessa forma.
    E mais uma vez,sem generalizar,a historia já nos mostrou muitas vezes o quanto mulheres gostam de conveniencia desde os primordios,então por que não colocar em questão
    que seria mais conveniente para elas materem relações gerando assim mestiços bastardos e manterem um tipo de padrão de vida melhor para a época do que arriscar a sofrer
    ainda mais como escravas que eram.Só mais uma opnião.
    Pois bem,a questão é que este tipo de assunto deveria ser exterminado do planeta,não se deve levantar questões que já nos dividiram por seculos e que ainda divide,a melhor
    forma de acabar com qualquer tipo de racismo é não falar dele,não debater e muito menos criar qualquer tipo de facilidade,cotas,divisão e afins para nos diferenciar como raças.
    O preconceito só vai acabar quando pararmos de falar sobre ele,esse tipo de colocação vai gerar mais raiva em que não deveria sentir e por pessoas que não tem absolutamente nada a ver com qualquer coisa que tenha acontecido,foi um passado horrivel,despresivel e devemos superar sem magoas,vamos olhar pra frente e cuidar das criaças que estão por vir e ensina-las a igualdade que é o mais importante.

    1. O preconceito racial só acabará quando houver o APROPRIAMENTO das sãs palavras do Novo Testamento, o homem tomar consciencia de sua MEGALOMANIA congenita e iniciar o processo de debelá-la através da herança de Cristo…

      enquanto se encarar os escritos como historia da carochinha seguiremos enxugando gelo

      1. Jura?!

        Em nome do NT se matou muita gente nas cruzadas (árabes e judeus), negors foram escravizados, ameríndios tiveram sua cultura aniquilada, pagãos da Europa foram mortos, pessoas foram queimadas por suposta bruxaria.

        Hj em nome do NT faz-se lavagem cerebral nas igrejas e se engana aqueles coitados roubando-se deles e … fazendo-se na sequência uma belíssima lavagem de dinheiro.

        1. não… em nome da igreja romana meu sr … vá estudar Edward \macnall Burns …

          lavagem cerebral ?? lavagem da alma é o termo + apropriado pois ela vem pra igreja carregada de whisky, caipiroska, cervejada , cachaçada , cachimbada , comprismo , ateismo , farináceas ecannabis em geral … portanto tem + q lavar essa toda … lavou … tá limpo ..

  66. Beleza de discussão. Voltando ao artigo inicial, acho que para termos uma contraprova seria interessante a mesma pesquisa ser feita em regiões em que os negros não eram tão segregados brutalmente no eito, isto é, na produção enquanto as mulheres ficavam em atividades próximas às habitações dos senhores. Além disso, nos piores e longos períodos a vida do ecravo era curta. Morria de trabalhar.
    Já na área de mineração e na zona de influencia da Capital muitos negros podiam ter uma vida mais doméstica, menos massacrante, o que pode ter lhes permitido a constituição de familias e portanto um legado genético masculino maior.
    Quanto a cotas nas universidades públicas, assunto completamente fora do tema inicial, sou mesmo a favor de SORTEAR as vagas. Duvido que piorasse o plantel de alunos.

  67. Boa tarde

    Ótima discussão.
    No que se refere à época da colonização, é bastante óbvio que os negros não tinham direitos respeitados, tinham apenas deveres. Com relação à miscigenação, evidentemente, houve abusos ou violência, mas não em 100% dos casos, já que as escravas, quer fossem índias ou negras, perceberam que era uma boa estratégia de sobrevivência facilitarem as coisas ou serem mais cordatas para com os desejos e vontades de seus senhores, de modo, que nem sempre houve violência da maneira como imaginamos que ocorra num estupro.
    Claro que devemos conhecer o nosso passado para melhor compreender o presente e planejar o futuro, o racismo é um mal enorme que ainda se faz presente em muitas sociedades modernas e quando nos deparamos com questões como ‘cotas’ para negros, isso apenas faz com que a discriminação seja mais evidente, algo como dizer que os negros precisam de cotas, caso contrário, não teriam a capacidade para adentrar às universidades por méritos próprios. Isso é um absurdo por parte do governo, pois deveria prover condições de igualdade desde a infância, não apenas no que se refere à educação, mas a todos os pontos que se refiram à cidadania propriamente dita. Pois se formos analisar do modo como é hoje, então as cotas deveriam ser estabelecidas por critérios de ordem econômica e não racial, pois é sabido que também há pobres brancos que não tem condições de estudar de modo a competir para entrar nas universidades em situação de igualdade com alunos cujos pais possuem maior poder aquisitivo.
    Espero ainda ver o meu país agindo de maneira realmente justa e solidária.

    Abraços a todos

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